Uma garota doce e inocente, cheia de traumas causados por quem deveria protegê-la
Um homem forte e destemido, herdeiro da organização criminosa mais poderosa e temida do mundo
Um segredo capaz de destruí-los
Um casal que terá altos e baixos, mas que...
E chegou o dia do meu casamento, não vi mais a Anne desde o jantar de noivado. Me lembro de quando peguei na mão dela para colocar o anel de noivado, senti suas mãos trêmulas e quando olhei para ela pude ver que ela estava com medo, queria poder ter dito para ela que não precisava ter medo que eu não a machucaria.
Apesar de ser criado na máfia o meu pai me ensinou a honrar o meu lar, ele dizia que a esposa de um homem e seus filhos tem que ser a sua base, que devemos respeitar nossas mulheres.
Ele conta que o pai da minha madrasta foi um dos piores homens que ele conheceu, ele não teve filhos homens só teve a Helise e Helisa, e ele as odiava tanto por isso, ele matou a mãe delas quando elas ainda eram crianças.
E quando a minha madrasta tinha quase dezoito anos foi feito um acordo com meu pai e pouco tempo depois outro com o pai da Anna. Quando o meu pai se casou eu tinha seis anos, a minha mãe era a primeira esposa do meu pai, ela morreu em um acidente de carro comigo, não me lembro do que aconteceu a única coisa que sei foi que tive sorte de sair com vida.
Estava me arrumando para meu casamento quando a porta se abre e meus dois melhores amigos entram.
― Achou que nós iríamos perder o casamento do ano. ― O Vicenzo fala e ri da minha cara.
― Vá se foder seu arrombado. ― Lhe respondo e o abraço.
― Mas nunca que eu iria perder a oportunidade de pegar o buquê do noivo. ― O Fernando diz me zuando.
― Se continuar me infernizando, juro que quando me tornar o Boss te caso com uma das viúvas da Famiglia seu puto. ― Lhe respondo.
Esses dois são como irmãos para mim, mas se eles continuarem a me encher o saco sobre meu casamento vou ser obrigado a dar um tiro neles.
― Encontramos mais um rato em nosso território. ― O Vicenzo diz mudando o assunto.
― Ele falou alguma coisa? ― Lhe pergunto.
― Não, cortamos pedaço por pedaço dele e mesmo assim ele não abriu a boca. ― Ele me responde.
― Temos que descobri quem é que está nos atacando, já tomamos prejuízos demais. Fora que esses ataques podem prejudicar a nossa credibilidade e liderança perante a Famiglia. ― Digo estressado.
A anos atrás nossos maiores inimigos eram os russos, mas graças ao acordo que fizemos com o novo Boss deles não tivemos mais problemas.
― Concordo com você, mas o rato parece está sempre a um passo em moça frente. ― O Vicenzo me responde.
Eu desconfio que o inimigo é de dentro da nossa organização, tem alguém querendo ocupar a nossa cadeira mas esse rato vai se foder comigo.
Conversamos mais um pouco sobre o faturamento desse mês e depois ele foram para seus quartos se arrumarem pois está perto da hora marcada para o casamento.
Eu não consigo parar de pensar na minha noiva, não poderei no momento dar a ela uma lua de mel. Após o casamento tenho que assumir meu posto de Boss, mas assim que tudo passar irei leva-la para viajar onde ela quiser.
Fico pensando como será a noite de núpcias, a minha madrasta comentou que reservou a suíte presidencial do Hotel S&V, que o meu pai é sócio com o pai da Anna.
Por mais que eu queira esperar o tempo dela se entregar para mim, não posso fazer isso os velhos do conselho estão em cima de mim e do meu pai, qualquer passe em falso e eles acabam conosco.
Me casar e não consumar a união iria me rotular como um fraco, e isso seria motivo suficiente para eles tentarem foder comigo.
Olho as horas e vejo que está quase na hora dom meu casamento, paro de pensar em meus problemas e vou para o banheiro, aparo a minha barba, tomo um banho, me seco e visto o roupão, escovo meus dentes e saio do banheiro.
Volto para o quarto, passo alguns cosméticos e visto o Smoking que a minha madrasta trouxe para mim horas atrás, pego a caixinha com as alianças e coloco em meu bolso, acabo de me arrumar e saio do quarto.
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Me encontro com meus familiares no saguão do hotel e saímos indo diretamente para a igreja onde será celebrado o casamento.
― Cuida bem da minha menina Lorenzo, foi muito difícil passar os últimos anos longe dela. ― A Helise diz quando o carro para em frente a igreja e me abraça.
― Prometo que irei cuidar dela, a protegerei com a minha vida. ― Lhe respondo.
― Obrigado. ― Ela diz emocionada.
― Por que você nunca a procurou antes? ― Lhe pergunto.
― Por medo do Jhordy, ele era obcecado por minha irmã e eu tinha medo que ele transferisse essa obsessão para mim. ― Ela responde, mas sua explicação não me convenceu.
― Espero que você seja tão feliz em seu casamento quanto eu e a Helise somos, e queremos muitos netos. ― O meu pai diz e rimos.
― Nem me casei ainda e já está querendo netos. ― Lhe respondo.
O percurso foi tranquilo e rapidamente chegamos, a igreja estava linda a minha madrasta caprichou na decoração.
Ela me guia até o altar, me abraça mais uma vez e beija meu rosto, Helise foi uma mãe para mim nos últimos anos, a amo e respeito muito.
Ela se retira e vai para seu lugar ao lado do meu pai, e eu fico esperando por minha noiva. Só falta a minha pequena chegar para nos casarmos.
Não demora muito e a Anna aparece na porta, ela está tão linda vestida de noiva. A marcha nupcial começa, o Jhordy segura o braço dela e a guia até o altar.
Ele me entrega ela, e o padre começa a celebrar o nosso casamento. Percebo que ela está triste e assustada, parecendo perdida em sua mente.
Fizemos nossos votos, trocamos nossas alianças e o padre nós declarou casados. Me aproximo dela e beijo de leve seus lábios para não assusta-la ainda mais.
Esse pequeno contato fez meu coração bater acelerado, acho que estou fodido nas mãos dessa pequena.
