CAPÍTULO 17

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Lorenzo

Após ver que a minha menina estava bem me afastei da cama e me sentei em uma poltrona para velar seu sono.

Cerca de duas horas depois recebi uma ligação do Vicenzo, que me contou que ele e o Fernando já começaram a interrogar o prisioneiro mas não conseguiram extrair nada de útil dele.

O agradeci e deixei ordens claras para que não o matem, mas que podem chutar o inferno fora dele. Após isso ele perguntou sobre o estado de saúde da minha bebê, e em seguida encerrou a ligação

Fiquei horas observando a minha bebê dormindo tão serena, que nem vi quando peguei no sono. Acordei assustado com um movimento no quarto, e acabei apontando a minha arma para o Carlos.

- Porra Carlos quase que te dou um tiro. - Lhe digo.

- Não foi minha intenção te assustar, só vim verificar como ela passou a noite. Ela tomou um sedativo na última medicação que foi a mais de oito horas atrás, agora vou lhe aplicar uma medicação para dor, ela irá precisar quando acordar. - Ele me responde.

- Tudo bem Carlos, mas toda essa medicação não faz mal para o bebê? - Lhe pergunto preocupado com bem estar do nosso filho.

- Não por que são medicamentos próprios para gestantes, e qualquer medicação que ela venha a tomar de agora em diante terá de ser receitado por mim ou pela obstetra. - Ele me responde.

- Ela vai sentir muita dor quando acordar? - Lhe pergunto.

- Infelizmente sim Lorenzo, as medições que gestantes podem tomar tem a composição mais fraca, justamente para não trazer riscos ao feto. - Ele me responde.

Após aplicar a medicação na Anna ele se retira, me deixando preocupado com o quanto de dor minha menina vai sentir.

Olho as horas no meu celular e já são cinco da manhã, pego uma roupa e vou para o banheiro tomar um banho para esperar minha bebê acordar.

Assim que acabo de fazer minha higiene volto para o quarto, ela continua dormindo serena.

Me sento na poltrona, pego meu notebook e começo a trabalhar um pouco na planta do meu novo Hotel que será construído na Rússia.

Pensar na Rússia me faz pensar na Katherine, minha prima filha do tio Guilhermo. Provavelmente ela irá me odiar quando souber que terá que se casar.

Estava a mais ou menos uma hora trabalhando, quando escutei um gemido de dor. Me levantei rapidamente e fui até a cama, a minha bebê estava assustada e tentava se levantar, e isso não era bom para ela.

- Calma amor você está bem, está segura minha menina. - Digo e beijo a sua testa.

- Dói muito, faz parar de doer Lorenzo, por favor. - Ela diz e chora me deixando preocupado e agoniado por ver seu sofrimento.

- Vou chamar o Carlos, tenta não se mexer pequena isso faz mau para vocês. - Lhe respondo.

- Vocês? - Pergunta me olhando confusa.

- Sim amor tem alguém aqui dentro. - Lhe respondo e beijo a sua barriga ainda lisa.

- Por isso você tem que aguentar firme e não se mexer até o médico chegar, você se machucou muito e o nosso frutinho também, ele é um pequeno milagre crescendo no seu ventre. - Lhe digo, segurando em sua mão.

- Lorenzo promete que não vai deixar ele nos pegar? - Ela pergunta me olhando com medo.

- Ele está preso amor, e assim que formos para nossa casa ele terá o que merece. - Lhe respondo.

- Quero ir para nossa casa, somente lá eu e nosso bebê estaremos seguros. - Ela diz e chora.

- Nós vamos pequena, assim que você e o nosso bebê estiverem mais fortes. Aqui você também está segura.- Lhe respondo.

Escuto baterem na porta e após eu autorizar, o Carlos abre a porta e entra no quarto porta se abre e o Carlos entra.

- Bom dia, como está a minha paciente mais linda? - Ele lhe pergunta.

- Carlos ela está com muita dor. - Lhe respondo.

- Bom dia doutor, por que o meu ventre dói tanto? - Ela lhe pergunta.

- Anna o seu caso é grave, não estou querendo te assustar mas para que o seu bebê sobreviva precisamos trabalhar juntos. - Ele lhe responde e ela assenti.

- Você precisa ficar em repouso absoluto, nada de ficar de pé, ou se abaixar, e descer ou subir escadas, a sua alimentação tem que ser o mais saudável possível, e tem que tomar a medicação de forma correta e nada de fazer artes estamos entendidos mocinha? - Ele lhe pergunta.

- Sim vou fazer tudo certo, eu quero muito meu bebê, já o amo e não quero que nada de ruim aconteça com ele. - Ela lhe responde me deixando muito orgulhoso da sua maturidade.

- Agora quanto a dor que está sentindo é perfeitamente normal após a agressão que sofreu, também irá sentir essa cólica por alguns dias ou até meses, irá persistir até a sua placenta se cicatrizar, daqui a pouco uma enfermeira irá vir te medicar. - Ele fala.

- Obrigado doutor. - Ela lhe responde.

- Não precisa agradecer, estamos aqui para isso. - Ele diz e sai em seguida.

Assim que ficamos sozinhos eu encho a minha pequena de beijos, confesso que fiquei com medo dela rejeitar a gravidez, afinal de contas ela ainda é uma bebê.

Mas a minha menina é guerreira, aceitou e já até ama nosso frutinho em seu ventre. Vou mima-la muito durante a gravidez, tenho certeza que ela será uma ótima mãe.

- Esqueci de perguntar ao doutor quanto tempo irei ficar aqui. - Ela diz.

- Ele já me falou, você precisar ficar aqui durante uma semana. - Lhe respondo.

- Eu não quero ficar aqui durante uma semana, aqui não é seguro para mim e meu bebê. - Ela fala me olhando com medo.

- Calma amor você está segura sim, tem muitos soldados espalhados pelo hospital. E essa semana que ficará internada é para o bem de você e do nosso bebê. - Lhe respondo.

- Como está a minha tia? - Ela pergunta e me olha temerosa.

- Ela torceu o tornozelo, mas está bem. - Lhe respondo.

- Estou com cede e com muita fome. - Ela
me diz.

- Quando a enfermeira vier te medicar perguntamos se você pode se alimentar. -Lhe respondo.

Decidi que assim que ela receber alta nos iremos tirar férias até passar o estado crítico da gravidez, vou levar minha mulher para meu refúgio, meu lugar de paz.

Iremos para um chalé no interior da Toscana, ninguém sabe que ele existe e é seguro. Ficaremos lá até que ela esteja no quarto mês de gestação, depois voltaremos para para Milão.

A Anna está assustada com o ataque que sofreu, minha bebê é sensível e todo esse estresse pode afetar a sua saúde frágil.

O preço de um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora