CAPÍTULO 56

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Lorenzo

Após  a Maria voltar para o quarto resolvi ir logo para casa, então ela organizou as nossas coisas que estavam no quarto.

Pedi ao meus soldados que levassem as malas para o carro, o Maique e a Maria levaram meus filhos e eu levei a Anna, ela estava não cansada que não acordou durante o percurso até nossa casa.

Ao chegarmos a levei para um dos quartos de hóspedes pois sabia que ela não iria se sentir bem ao acordar e ver que estava em nossa antiga suíte. E depois de coloca-la na cama e ligar o ar-condicionado, saio silenciosamente para não incomoda-la.

Vou até o quarto dos meus filhos e os vejo dormindo serenamente, eles são tão bonzinhos e raramente choram.

Fico alguns minutos com eles mas depois saio do quartinho deles e vou para meu escritório, ligo meu notebook  e fico revisando relatórios tanto do trabalho quanto da Famiglia.

As horas passaram voando, então resolvi dar uma pausa no trabalho e ir até a cozinha comer algo.

Quando chego encontro a Anna e a Ester na cozinha as apresento, conto um pouco sobre a história da garotinha e das outras meninas que estavam em cativeiro com ela e ela ficou chocada e triste por elas.

Tentei falar sobre nós com ela mas ela se exaltou muito, não a julgo por isso. Entendo que a machuquei e a fiz sofrer, e tudo que ela passou durante o cativeiro é culpa minha.

Após desabafar tudo que estava sentindo ela saiu da cozinha me deixando sozinho, volto para meu escritório e me concentro em fazer o trabalho acumulado e só paro na hora de cuidarmos dos nossos filhos e do jantar.

Depois do jantar volto outra vez para o meu escritório, trabalhei praticamente o dia inteiro e ainda tenho muito o que fazer. Havia inúmeros relatórios das empresas para revisar e assinar, outros da Famiglia.

Alguém bate na porta e após eu autorizar a entrada o Fernando passa por ela, ele serve dois copos com whisky e gelo,  e se senta em uma das poltronas em frente a nossa mesa.

― O Marco acabou de me ligar para avisar que o território americano está limpo, todos os que eram contra a Famiglia e a favor do Jhordy foram mortos. ― Ele diz. 

― Isso é muito bom. ― Lhe respondo.

― A máfia Americana é tão podre, eles escravizavam sexualmente  mulheres e homens de todas as idades e até crianças, sequestraram pessoas para retirar os órgãos e vender no mercado negro. Cometiam todo tipo de atrocidade que você possa imaginar e será muito difícil para nós fazermos com que os envolvidos e associados que ficaram sigam as nossas regras. ― Ele diz.

― No momento o foco é fazê-los respeitar a   Famiglia, garanto que todos eles eram leais ao Jhordy e ao Jon por medo, iremos mostrar que somos líderes justos e teremos a lealdade e confiança deles. ― Lhe respondo.

― Sim, e os que não forem leais nos eliminamos. ―Ele diz.

― Temos que encontrar alguém para ser o capo dos capos na América, eu não posso viajar sempre para lá e não abro mão de você, do Lorenzo, do Marco e muito menos do Maique. São meus homens de confiança, e agora mais que nunca preciso de vocês aqui comigo. ― Lhe respondo.

Eles são os únicos em quem confio para proteger a minha esposa e filhos caso venha a acontecer algo comigo, sei que darão a vida pela minha família se for preciso.

― Vamos pensar nisso depois, por enquanto o Marco ficará cuidando de tudo. E você precisa ir para a América o mais rápido possível, tem que se apresentar como o novo Boss deles. ― Ele diz.

― Entendo, irei viajar para lá no fim da noite ou de madrugada. ― Lhe respondo.

― Nossos soldados encontraram um homen chamado Bryan preso em uma das celas subterrâneas na casa do Jhordy, ele é um dos nossos e foi  enviado para a América logo após a Anna nascer. Foi preso pelo Jon logo após o seu casamento, pois descobriram que ele era um infiltrado. ― Ele diz.

― Bryan Shangri? ― Lhe pergunto.

― Esse mesmo, você o conhece.  ― Ele me responde com outra pergunta.

― Sim, ele é cerca de dez ou doze anos mais velho do que eu, era o conselheiro do meu pai quando ele era Boss, mas sumiu pouco tempo após a morte da minha mãe. O papai falou que ele estava em missão,  conforme os anos foram passando e não tivemos notícias dele achei até que estava já  morto agora sei qual era a missão dele e por que nunca acabava. ― Lhe respondo.

― Ele está muito mal, estava praticamente morto quando foi encontrado. Só descobriram seu nome por causa de um outro soldado que estava preso também. ― Ele diz.

― Iremos trazer ele para casa. ― Lhe respondo.

―  A alguns minutos e durante um interrogatório de um dos capos o Marco descobriu que o Jhordy vem tendo a ajuda de pessoas poderosas associadas a máfia americana, são dois senadores da Califórnia e o terceiro é o assistente do embaixador da embaixada americana dentro do nosso território. ― Ele diz.

― Interessante isso, já tem os nomes deles?― Lhe pergunto.

― Sim. ― Ele me responde.

― Ótimo, mate os três. ― Lhe digo.

― Tem certeza disso Lorenzo?  São três pessoas importantes na sociedade, e isso pode atrair atenção indesejada para nós. ― Ele me pergunta.

― Eles são responsáveis pela morte de vários dos nossos soldados, eles são responsáveis pela Ceci quase ter morrido e mante-los vivos coloca em risco as nossas famílias, então sim eu tenho certeza.  Quero-os mortos antes do fim do dia de amanhã. ― Lhe respondo.

― Será feito, agora vou ir ver a minha esposa e filhote. ― Ele diz e sai em seguida.

Fecho meu notebook, guardo os papéis, estalo meu pescoço dolorido de tanto ficar na mesma posição, me levanto encho meu copo outra vez com whisky e bebo um gole.

Após acabar de tomar a minha bebida, pego meu celular e saio do escritório, apago as luzes da sala e subo as escadas, passo no quarto dos meus filhos para vê-los antes de ir dormir e encontro a Anna dormindo em uma poltrona.

A pego em meus braços e a levo até seu quarto, a deito cuidadosamente para não acordar, cubro seu corpo, beijo a sua testa e saio.

Volto para o quarto dos nossos filhos  ao mesmo tempo que o Bruce acorda, o pego em meus braços e começo a nina-lo mas parece que meu menininho não quer dormir pois abre seus lindos olhos e fica me encarando.

― Você tem os olhos da sua mamãe.  ― Lhe digo e beijo a sua testa.

Fico por cerca de meia horas com o Bruce em meus braços até que ele volte a dormir, o coloco cuidadosamente em seu berço e saio do quarto.

Vou até meu quarto arrumo a minha mala para a viagem, tomo um banho, escovo meus dentes e me deito em nossa antiga cama com a intenção de descansar até a hora da viagem.

Abraço o travesseiro dela que ainda tem seu cheiro e me lembro do dia que a machuquei, ela estava tão linda e radiante antes de eu saber da história de nossos pais e a condenar por algo que ela não teve culpa. 

Lágrimas de arrependimento rolam por meus rosto, pois sei que mesmo que ela algum dia me perdoe nada nunca mais será como antes.

Hellou Baby's, voltei e peço muitas  desculpas por ter me ausentado por tanto tempo.

O livro já está chegando ao fim, não será tão longo como os outros.

De agora em diante terá capítulos dele todos os dias até ser concluído.

Beijinhos de luz 😙😚

O preço de um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora