CAPÍTULO 20

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Lorenzo

Acordei com muita preguiça, os últimos dias tem sido exaustivos, me levantei em silêncio para não acordar a minha bebê, hoje está bem frio e prefiro que ela acorde mais tarde.

Me arrumei e fui para o meu escritório, hoje não irei para as empresas somente para a Cede da Famiglia, estamos bolando um plano para pegarmos os traidores, tenho absoluta certeza de que é alguém bem próximo.

Trabalhei por quase duas horas em alguns projetos, estava tão distraído que não vi as horas passarem.  Me levanto e vou até a cozinha saber vê se a minha esposa já desceu para tomar o café da manhã, mas encontro somente a enfermeira.

— Cadê a Maria? — Lhe pergunto.

—  Ela saiu para fazer compras. — Ela me responde.

— A Anna já veio tomar café? — Lhe pergunto.

— Não senhor Vittilo, na verdade a sua esposa quase nunca toma café da manhã. — Ela me responde.

Saio da cozinho possesso de raiva e vou diretamente para meu quarto. Ao chegar  meu coração quase amolece diante da cena dela dormindo toda encolhida com a mão na barriga, onde os nossos bebês crescem.

Mas eu não podia fraquejar, ela tinha que entender que não podia passar a manhã toda na cama e pular refeições.

Acorda Anna, você não pode passar o dia todo na cama. Anda já passou da hora de você se levantar. — Digo a balançando.

Por favor não seja chato e me deixa dormir, estou tão cansada e o meu corpo está dolorido. —Ela me responde.

Você não está se cuidando e muito menos cuidando dos nossos bebês, cresce Anna, não vê que suas decisões fazem mal a eles. — Digo gritando com ela.

Eu não acredito que você está falando assim comigo. — Me responde chateada.

Queria que eu falasse como? Você age como se fosse uma criança, eu tenho que ficar falando com você o que deve fazer. Eu não sou a porra do teu pai para te ensinar como se comportar, não sei onde o meu pai estava com a cabeça quando decidiu me casar com a merda de uma menina mimada. — Lhe digo.

Ela não me responde, simplesmente se levanta e vai para o banheiro. Passado uns vinte minutos ela sai e vai para o closet, se arruma e desce sem me esperar.

E eu a sigo para conversarmos, ela tem que me escutar não pode se descuidar assim, chego na sala e a vejo deitada no sofá.

Anna eu estou falando com você porra, será que dá para me responder? — Digo, segurando seu braço.

Eu escutei, o que você quer que eu responda hem? Chega Lorenzo eu não quero discutir, não hoje. Então vá para a merda da sua empresa, ou para a Cede da Famiglia, mas me deixe em paz, ou será que é pedir muito. — Ela me responde.

Você vai acabar matando os nossos filhos com sua teimosia. — Lhe digo e me arrependo no mesmo momento ao ver seu olhar magoado.

Ela me ignora e se deita no sofá, pega o controle da TV e coloca em um filme qualquer. E eu vendo que não adianta nada discutir mais, me retiro e vou para o escritório morrendo de raiva da minha esposa.

As horas passaram voando e quando vejo a Maria já está batendo na minha porta me chamando para almoçar. Me levanto, saio do escritório e vou até a cozinha.

Ao chegar na sala de jantar vejo minha esposa sentada a mesa me esperando, me sento ao seu lado e almoçamos em um silêncio desconfortável, nenhum de nós quis conversar.

O preço de um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora