CAPÍTULO 04

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Anna Klara


Acordo com o canto dos pássaros e me levanto angustiada, hoje é o dia do meu casamento.

Há três dias atrás foi decidido que eu me casaria com o Lorenzo, ele não precisava fazer um pedido formalmente até por que eu fui vendida antes de nascer para a família dele.

Mas mesmo assim ele se ajoelhou e me pediu em casamento, e eu aceitei primeiro eu não tinha escolha e segundo por que talvez essa fosse a minha única chance de me livrar do meu passado e começar uma vida nova.

O casamento com o senhor Lorenzo é minha passagem para uma vida sem fome, abusos, dor e humilhação.

Após me arrumar saio do porão e subo as escadas para ir até a cozinha me encontrar com a minha babá. Ao chegar ela me pede que leve alguma toalhas de banho para os quartos de hóspedes, pois alguns parentes do meu pai irão vir para o meu casamento.

Pego as toalhas na lavanderia e faço o que ela me pediu, ao passar pelo quarto da Sofhy escuto ela e a mãe dela falar do meu noivo e paro para escutar. Sei que isso é falta de educação e se for pega serei castigada, mas não consegui resistir.

―  Ódio mamãe, ódio é tudo que eu sinto nesse momento, como ela vai casar com ele e eu não. Por que o Jhordy fez isso comigo ele sempre me dá tudo que peço, mas se negou a me dar o homem que eu quero. ― Escuto ela dizer para a Mary.

―  Filha isso não é culpa do Jhordy, e sim do maldito pai do Lorenzo. Foi ele que não aceitou a troca de noivas. ―  Ela lhe responde.

―  Quando você me contou do acordo entre as nossas famílias eu fiquei doida de curiosidade e então pesquisei na internet sobre o Lorenzo, e confesso que me apaixonei só de vê as suas fotos. Você jurou que iria conseguir ele para mim e que aquela songa monga da Anne não se casaria com meu homem, que eu seria a rainha das duas máfias. ―  Ela diz e chora angustiada.

―  Ele iria ser seu, mas nossos planos não saíram da forma que queríamos. ―  Ela responde.

―  Pois é mamãe nada do que planejamos aconteceu, e eu tive que ver o homem que eu amo noivar com outra e o pior de tudo foi que ele nem me olhou, ele só tinha olhos para aquela pestilenta, a minha vontade é de mata-la. ―  Ela fala e joga um objeto no chão.

―  Calma minha filha, você tem que ter paciência, eu esperei treze anos para o Jhordy ser meu, assim que o Jon voltar ele vai nos ajudar a acabar com a felicidade daquela maldita. ―  Ela lhe responde.

―  Era para ele tê-la fodido, assim agora eu teria o meu homem. ―  A Sofhy diz e tremo de medo.

―  O casamento já está todo arrumado, a vadia da tia dela foi que cuidou de tudo relacionado a cerimônia. Que ódio da Helise, o Jhordy nunca superou a morte da esposa e ter a cópia dela em casa mexeu com ele. ― A Mary fala.

―  Ainda bem que não serei uma das madrinhas dela, odeio a Anna tanto ou mais do que a senhora odeia a mãe e a tia dela. ―  A Sofhy lhe responde.

―  A Anna sempre foi um empecilho em nossas vidas, e ela só está respirando ainda por causa da maldita obsessão que o Jon tem por ela. ―  A Mary fala

―  Não vejo a hora de poder eu mesma acabar coma vida dessa maldita garota, destruí-la de todas as formas possíveis. Vou me vingar dela por ter roubado meu homem, quando isso acontecer ela chorará lágrimas de sangue. ―  Ela lhe responde e as duas sorriem.

Saio dali antes que elas percebam a minha presença, desço as escadas quase correndo de tanto medo.

Chego a cozinha e começo a ajudar a cozinheira a preparar o almoço, e depois que todos almoçaram comecei a lavar as louças.

O preço de um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora