L. Lawliet

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Pedido de Lorena2736, espero que você goste, eu realmente amei a ideia!! Aproveitando a oportunidade, eu queria comentar que foi ótimo voltar a escrever para Death Note, a última vez foi uma fanfic que fiz à mão, uns três anos atrás...
Eu espero ter atendido suas expectativas e já peço desculpas por qualquer erro.
É isto, obrigada pela atenção e até a próxima! Beijinhos da Lyla ❣️

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--- Só pode ser brincadeira... --- Lorena murmurou quando sua visão periférica associou a imagem de L ainda a encarando. Ele já o estava fazendo há pelo menos cinco minutos e seus olhos esbugalhados sequer piscavam. Ela prendeu os cabelos num coque, firmando o penteado com uma caneta, esperando que seus movimentos alertassem o homem de péssima postura, o que não aconteceu, levando-a a pensar se L não estaria dormindo de olhos abertos naquela posição esquisita com os joelhos dobrados na frente do peito e de cócoras.

--- Disse alguma coisa, Lorena? --- Sua voz suave ecoou pela sala vazia, àquele horário todos os outros detetives já tinham ido para suas casas dormirem, até mesmo Light tinha se entregado ao sono. Lorena só estava ali ainda porque era seu turno de vigiar o QG.

--- Se estiver me secando, vou acabar desidratada, L. --- Resmungou ela ao estalar os dedos e o pescoço, amassando o músculo dolorido com a própria mão.

--- Por favor, eu já pedi que me chame de Ryuuzaki. --- A cadeira daquele com os cabelos pretos desgrenhados e profundas olheiras sob os olhos rangeu quando ele a girou para olhar diretamente para a detetive brasileira.

--- E eu já te pedi para dizer de uma vez o que pensa quando me encara assim. --- Retrucou. Apesar do pedido, Lorena tinha uma boa ideia de para onde iam os pensamentos daquele dito como o melhor detetive do mundo. Não era boba, notara como L olhava para seus peitos voluptuosos quando achava que estava distraída ou como sempre tinha uma desculpa para tocá-la, fosse na mão, no cabelo, no braço, em fim. No começo era inconveniente e pouco profissional na visão dela, mas depois acabou por deixar seu ego inflado.

--- Com base em tudo o que tem feito a respeito do caso Kira para nos ajudar e as descobertas sobre mim, estou realmente surpreso que não saiba o que ando pensando. --- Foi a vez de Lorena arrastar os pés no chão, girando a cadeira para encarar a figura pálida de L. Parte do motivo pelo qual ele não confiava muito nela era justamente suas altas habilidades dedutivas que culminaram em pressuposições certeiras demais sobre o assassino que se considerava um Deus, para o gosto do detetive, além do fato de que uma simples investigadora foi capaz de invadir os sistemas eletrônicos de Watari e descobrir mais do que deveria. O homem fanático por açucar sentia que devia ficar de olho na pessoa que superasse as habilidades com eletrônicos daquele que estava em terceiro lugar na linha de sucessão ao L.

--- Eu nunca disse que não sabia, e sim para que vocalizasse. --- Lorena piscou um dos olhos, as pupilas dos olhos cor de mel ajustando-se aos poucos à diferença entre a claridade do computador e o escuro da sala.

--- Por que?

--- Por que, o quê?

--- Por que está interessada em ouvir meus pensamentos a seu respeito, Lorena? --- L apertou a borda da mesa para impulsionar a cadeira de rodinhas mais para perto da mulher de cabelos pretos.

--- Em meu lugar você não estaria? --- Ela mordeu o lábio inferior, recostando-se mais na cadeira. --- Quero dizer, você escondeu câmeras por todo o meu apartamento, até no banheiro. Vai saber o que você não viu. --- O detetive procurou pelo prato de docinhos açucarados que comia, ocupando a boca com dois de uma vez.

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