Uchiha Sasuke *AU fantasia*

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Para leviroses, aquela pessoa que me faz os pedidos mais divertidos de se escrever! Espero que você goste.
Aos demais, espero que apressiem a leitura e fiquem à vontade para comentar e fazer pedidos, se quiserem.
É isto, sem enrolação hahaha.
Fiquem com o hot e beijinhos da Lyla 💓

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E quando suas fantasias se tornarem
seu legado, prometa-me um lugar em sua casa de memórias.
--- House of memories.

Escarlate é a cor mais quente

Os humanos fantasiam há muito tempo sobre vampiros, lobisomens e todo tipo de criaturas místicas que expliquem aquilo que suas pobres cabeçinhas não são capazes. Há uma necessidade primitiva de racionalizar tudo e o que os pensamentos não alcançam é preenchido com especulações, teorias e lendas. Do sobrenatural ao mais bobo argumento, os mistérios do mundo são falsamente resolvidos. Ainda assim existe aquela fagulha de razão dentro da maioria dos seres humanos que lhes lembra sempre num sussurro de que todas as histórias não passam de apenas isso: histórias, de que todos aqueles seres lúdicos não existem para mais do que assustar em uma noite na roda de amigos ou fazer rir das crenças toscas dos mais velhos. Ou ao menos é assim que eles gostam que pensem. Afinal o mundo está bem equilibrado com os vampiros vivendo escondidos nas névoas negras da noite e os humanos à mostra, iluminados.

Contudo, os vampiros são diferentes do que os livros e relatos contam. Eles não são góticos, cheios de piercings pelo corpo, presas que mal cabem dentro da boca, minando sangue do canto dos lábios com um cadáver aos pés. Também não são adolescentes ictéricos e incestuosos, individualistas e arrogantes. Eles são na verdade, muito mais parecidos com um humano normal do que o aceitável para o Vale da Estranheza.
Como comunidades antigas, são divididos em quatro clãs, os quais respectivamente dominam os quatro elementos da natureza, podendo fazerem alianças políticas firmadas com contratos de sangue. São mais organizados do que muitas sociedades, chegando bem perto do esteriótipo de conde Drácula. Isso se estende até um antigo e supostamente perdido castelo de pedras no fundo de uma floresta pouco explorada pelo homem, a qual se tornou um internato para as novas gerações, e é lá onde esta história começa.

Eles poderiam ser considerados polos opostos, eram incompatíveis como água e óleo, até mesmo suas famílias tinham um histórico de rivalidade milenar, embora nos últimos  séculos tenham firmado uma trégua em nome da proteção do segredo de sua existência, a qual foi selada com a fundação da escola interna. Uchiha Sasuke e Senju Maya, ela, filha mais velha do chefe do clã que detém controle da água e ele, segundo filho do imponente clã do fogo, os dois maiores e mais poderosos, e também, aqueles cujos elos das correntes que mantém a guerra afastada eram relativamente fracos. Talvez por isso eles se dessem tão mal. A regra de atração e repulsão funciona melhor na física, afinal.
Apesar disso, andavam com o mesmo grupo de amigos, tinham quase todas as aulas juntos e sentavam-se lado a lado, tanto nas salas de aula, quanto no refeitório e faziam dupla nos treinos. A frieza com a qual se tratavam, a indiferença, não era surpresa para os amigos, afinal Sasuke estava ali mais pela amizade de longa data com Naruto que qualquer outra razão, o Uchiha nunca gostou muito da barulheira que eram os intervalos junto do grupo, das competições bestas e da conversa fiada, por ele, ficaria sentado em um canto, mãos cruzadas sob o queixo e cotovelos apoiados nos joelhos, como se sentava, olhando para o nada. Porém Uzumaki nunca permitiria, então Sasuke permanecia. Por outro lado, Maya era extrovertida e faladora, embora fosse seletiva com quem se aproximava. Eles se falavam pouco, trocavam um olhar ou outro e talvez se alfinetariam aqui e ali.
O grande porém disso está justamente aqui: nem mesmo Naruto, Sakura ou qualquer um dos colegas, os pais também não e menos ainda os professores poderiam imaginar que tudo isso não passava de encenação.
Quando a aurora rompesse os céus e todos estivessem dormindo nas próprias camas, Sasuke e Maya estariam protegidos do sol, escondidos na torre mais alta do palacete onde ninguém os alcansaria. O silêncio do encontro só seria cortado pelo tic tac dos relógios e os sons estalados dos beijos deles, das roupas escorregando pelo corpo até o chão e eventualmente, os gemidos abafados. O porquê de tudo isso? Muito símples. A complicação. Os boatos, as regras, a incerteza e o receio de um fim. Ali, escondidos nada poderia dar errado. Sem brigas, sem dramas, sem lágrimas. Ali era seguro, não haviam lutas, nem mortes, nem sangue. Era um combinado justo e mutuamente vantajoso. Ao menos era no começo, nos primeiros meses, no primeiro ano. Agora era quase insuportável.

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