Katsuki Bakugo *AU*

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Eu conheci a Mirai num bar de frente a faculdade que eu curso, era noite de sexta-feira e eu tinha acabado de entregar uma prova fodidamente difícil. O Kirishima, mais conhecido como Cabelo de Merda me convenceu a beber umas antes de voltar para casa afinal era fim de semana. Eu sabia que minha velha iria reclamar, mas... problema dela, eu merecia. Logo que chegamos eu vi aquela ruiva gata para um caralho sentada no balcão bebendo algum drink azul numa taça com limão na borda. Duas cervejas depois e uma garota para o meu amigo, e eu me sentei do lado da ruiva baixinha com cara de brava.

--- Vai ficar só me olhando ou vai oferecer uma bebida? --- Ela perguntou pretenciosa.

--- Quem disse que estou te olhando? --- Devolvi disfarçando. Eu queria mandar no jogo e não que ela o fizesse. --- Convencida! --- Alfinetei com a risada que deixou escapar.

--- Sou convencida sim, e você está interessado em mim. --- Os lábios se repuxaram num sorriso. --- Viu? Até rimou.

--- Tsc. E se eu estiver, Cabelo de fogo? --- Mordi o lábio me virando totalmente para a garota e não disfarçei a boa olhada que dei em seu corpo, principalmente nos peitos bem escondidos pelo vestido preto sem decotes, imaginando qual seria a cor do sutiã que ela usava. As pernas bem definidas, porém estavam bem à mostra e o salto denunciava a falta de altura.

--- Aí depende de você. --- E deu de ombros. --- Vou deixar por sua conta.

--- Comece me dizendo seu nome e vamos ver no que dá. --- Pedi um whisky para mim e um cosmopolita para ela. --- Eu espero que seja tão boa quanto o drink que te paguei. --- Pisquei um olho e ela sorriu de lado.

--- me chame senhorita Miyazaki, meu nome você talvez descubra mais tarde. Se tiver sorte, é claro. --- Assim que teve o copo em mãos, ela deu o primeiro gole. --- Já vi que o loiro aí sabe escolher bebidas, mas tem nome?

--- Katsuki Bakugo. --- Dei um gole maior no meu whisky, essa garota com certeza era uma boa jogadora, sabia brincar com as palavras e guiar situações para onde queria. Eu não gostava disso, afinal o controle só era bom, quando era meu, mas nem se eu quisesse aqueles malditos olhos verdes penetrantes e as sardas que enfeitavam o rosto que, de longe parecia inocente me deixariam jogar a toalha e partir para uma mais fácil. Nunca corri de um desafio na vida.

Com mais tempo de conversa, descobri que a tal Miyazaki cursava direito, eu estava na academia de polícia na época, ela tomou mais alguns drinks ignorando meu alerta sobre a ressaca do dia seguinte por misturar as bebidas, o que me deu ainda mais vontade de vê-la acordar em minha cama pela manhã com os olhos semicerrados pela dor de cabeça infernal. E obviamente, as pernas bambas pelo que fez durante a noite. O que de fato aconteceu, e descobri na cama que o primeiro nome da ruiva fogosa é Mirai. A cena foi perfeita como imaginei, tirando a parte que aquela garota  sensível para um caralho a dor vomitou no meu tapete! Dei um café bem forte a ela e em troca, limpou a sujeira que fez. Pensei que não a veria mais, e até pedi ao Cabelo de Merda que me lembrasse de nunca mais oferecer bebidas alcóolicas para as mulheres que me interesso. Só que umas duas ou três semanas depois lá estava ela no mesmo bar, a ruiva dessa vez estava com uma amiga. Ótimo, ela está com alguém, assim não vou até ela, pensei. Mas a garota que mais parecia ter saído de um conto da Disney, estava se pegando com um cara pouco depois e saiu com ele, e pelo estado do batom dela, com certeza foram foder. A ruiva ficou sozinha. Kirishima até tentou me impedir de sentar do lado dela no balcão, até me lembrou do vômito na minha sala de estar, mas o mandei ir para a merda e me aproximei.

--- Mirai?! --- A chamei, ela se virou e sorriu.

--- Katsuki! --- Dessa vez estava vestida formalmente num terninho preto com camisa branca com os primeiros dois botões abertos e saltos ainda mais altos que na outra noite. --- Pensei que não falaria comigo denovo.

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