A vida nem sempre é justa veja bem:
Josh é um bom garoto, mora em uma das casas mais luxuosas de Vancouver. Seus pais são grandes advogados e provavelmente Josh também será.
Beca mora em uma casa simples nos subúrbios da cidade, graças à noites...
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- Francamente, vocês pareciam dois marginais e tudo isto por conta de uma garota!
Rebeca escara a moldura grossa do gesso acima de sua cabeça, analisando o desenho no teto e a posição dos lustres, ignorando o olhar decepcionante do diretor e mal conseguindo encarar por muito tempo, qualquer um dos garotos. Depois que apartaram a confusão, o Sr. Ambrósio pediu para um dos funcionários uma sala reservada para conversar, uma distante dos quartos para não incomodar os hóspedes. Embora Rebeca tenha quase certeza que os gritos do diretor pudessem ser ouvidos em Vancouver.
- Foi esse maluco que veio me bater. - Dylan se defende.
- Não se faça de inocente. - Joshua vocifera. - Você sabe muito bem o que fez!
Beca fecha os olhos por um tempo, tentando se concentrar em uma realidade distante da que enfrenta agora, sabia que era a causadora de toda a confusão e todos os outros presentes na sala também sabiam disto. Não conseguia entender como depois de um dia perfeito com os amigos e namorado as coisas acabariam daquela forma, encrencada e brigada com uma das pessoas que ama.
- Falar com vocês não vai adiantar, pelo menos não agora. - Rebeca abre os olhos surpresa. - Pelo menos não com vocês dois, então podem ir.
Por mais que tivesse entendido bem o que o diretor quis dizer, Beca se levanta junto com os garotos na expectativa de respirar bem longe daquela sala com o clima pesado.
- Joshua, vá para o seu quarto vou pedir que algum dos professores leve gelo e analgésicos, claro logo depois de falar com seus pais.
Rebeca olha para o namorado, procurando por uma feição que entregasse qualquer sentimento que pudesse estar sentindo, em seus olhos vazios pareceu passar espanto e tristeza mas foi rápido demais para ela poder afirmar. No fim, ele deu de ombros e disparou para a saída.
Sentiu necessidade de correr e abraça-lo, seu corpo parecia ter a mesma necessidade mas mesmo impulsionando suas pernas para segui-lo não saiu do lugar, isto graças a mãos firmes em um aperto forte o bastante para para-la.
- Você fica Srta. Parker. - Ela concordou com a cabeça, frustrada e aos poucos a mão em seu braço foi se afrouxando.
Dylan que até então assistia a cena se dirigiu até a saída. Rebeca sentiu um frio na espinha ao imaginar o namorado e o irmão sozinhos no corredor, será que eles brigariam novamente? O diretor não pareceu considerar essa hipótese, permanecendo estático quando a porta se fechou.
- O que eu faço com você? - O Sr. Ambrósio cruza os braços e fecha o rosto, ela nota seu esforço em parecer durão mas as linhas na testa e o olhar baixo, mostram que ele só está cansado.
- Eu sinto muito Dire...
- Olha Rebeca, suas notas sempre foram promissoras e recebemos ótimas indicações das suas antigas escolas mas não sei o que te aconteceu no caminho, é a segunda vez que tenho problemas com a senhorita e se continuar assim, boas notas não serão suficientes para manter sua bolsa.
