A vida nem sempre é justa veja bem:
Josh é um bom garoto, mora em uma das casas mais luxuosas de Vancouver. Seus pais são grandes advogados e provavelmente Josh também será.
Beca mora em uma casa simples nos subúrbios da cidade, graças à noites...
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Rebeca não tinha certeza se já passara por este caminho embora sua intuição gritasse que sim. Estava zangada, passando pela margem do parque procurando por algum som que denunciasse onde Joshua estava, sentindo patética por não conseguir passar de duas colunas de árvores à dentro do parque.
Os sons indecifráveis vindos da imensa floresta a assustava, quantos animais deveriam habitar ali? Talvez ursos? Certamente haviam animais noturnos que agora saiam em busca de uma presa fácil. Pensou em Josh e em como sua atitude infantil poderia o colocar em risco, seu coração gelou com a possibilidade de ele estar ferido, algo pior do que Dylan fez com seu rosto.
Foi o som de algumas risadas que a tiraram de seus pensamentos, seguiu o som que agora era acompanha por palavras indecifráveis e mais risos. Agora conseguia ver a silhueta de três garotos, encostados em um árvore, suspirou aliviada.
- Josh. - Sua voz saiu rouca.
As risadas cessaram, como se só então sua presença tivesse sido notada. Sentiu como se não houve oxigênio suficiente, mesmo estando em um campo aberto. Matt e Luke devem ter sentido algo parecido pois se despediram do amigo, cumprimentando Beca baixinho antes de desaparecerem na escuridão.
Joshua começou a caminhar para longe da relva, onde deveria ser o caminho de volta para o hotel.
- Ei Joshua. - Beca teve que acelerar os passos para alcançá-lo. - O que foi aquilo?
Eles já estavam livre dos gigantes pinheiros quando Joshua parou, ele se virou para ela, seus olhos estavam carregados de sentimentos, Rebeca tentava decifrar cada um deles na esperança de encontrar sua resposta.
- A qual parte você se refere? Eu vendo minha namorada toda contente com o galinha do meu irmão ou a parte que ele acabou comigo na frente de todo mundo? Seja qual for, estou me sentindo igualmente idiota.
Rebeca riu, irritada ao repassar os acontecimentos da noite em sua mente.
- É sério isto? - Ela podia sentir seu tom de voz aumentar, mas não se importava. - Você estava tão fissurado no papinho de Luna, a garota da qual você arrastou para a festa, que não mede palavras para mostrar o abismo de diferença que existe entre nossas classes, só para me humilhar! A mesma garota da qual você um dia nutriu sentimento e que claramente está tentando algo com você e eu não falei nada, nem mesmo quando você ficou encantado com as historinhas de suas viagens e nem notou quando eu saí. Quando Dylan se aproximou de mim eu pensei que fosse você! Pensei que tinha vindo ao meu encontro ao notar meu desconforto mas não era, estava mais entretido.
- O que mais me irrita nesta situação é que essas suas feridas. - Disse apontado para seu rosto. - Não são por tentar me defender da inconveniência de Dylan, mas sim pela rixa idiota de vocês, por brigarem como duas crianças e me colocarem no meio disto como um brinquedo.
