I'm always right, sweetheart

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Shannon Blythe

Vanity ignorou minha existência e entrou na mansão rapidamente, batendo os saltos finos no piso frio. Ela saltitou à roda dos meninos, encontrando uma brecha e abraçou meu namorado, esfregou os seios nele, que sorriu e a abraçou de volta, íntimos até demais.

Como ele pode ser tão descarado?!

Indignada, assisti àquela cena durante alguns segundos, uma puta falta de respeito, não aguentei me segurar mais e a puxei pelos cabelos, tirando-a do colo de Nikki.

— Quem você pensa que é?! — a empurrei na poltrona de massagem e ela caiu sentada.

Tentei avançar em Vanity, apertar seu pescoço, mas fui segurada pela cintura e imobilizada pelos braços definidos de Sixx.

— Sai, Denise! — berrou com todo ar dos pulmões.

Agora é pra sair, né?

A garota, que tinha ficado estática, deu as costas e sumiu num piscar de olhos. Todos me olhavam de olhos arregalados.

— Ficou louca, Shannon?! — o moreno, com um toque bruto, me virou para me encarar. — Por que fez isso?

— Não sou obrigada a tolerar essa falta de respeito na minha frente! — o afastei. — Me fala, idiota, o que você tem com ela?!

— Nada, porra! — esbravejou. — Não tenho absolutamente nada com Vanity! Para de ser neurótica!

Silêncio...

Me odiei por ser tão apaixonada a ponto de não conseguir desferir um tapa bem dado e merecido na sua cara.

— Você é ridículo! — lancei um olhar de asco e saí.

Chegando no quintal, a brisa noturna de Los Angeles me envolveu. Estava um pouco frio. Alisei meus braços, soltei um suspiro e me deixei levar pelo choro. Repentinamente, Tommy me abraçou por trás e apoiou o queixo no topo da minha cabeça.

— O que quer? — indaguei com a voz embargada.

— Te ajudar, Shan.

— Me ajudar como?

— Primeiramente, quero que saiba que Nikki não se envolve mais com ela desde o dia que você apareceu na vida dele!

— Não importa! — grunhi. — Estou com muito ódio, Tom! Tanto ódio, mas tanto ódio, que se me dessem uma faca, eu esfaqueava Nikki Sixx!

— Fácil colocar tudo da boca pra fora, huh? — ele riu e se afastou um pouco, deixando-me livre para virar para trás e olhá-lo. — Mesmo que não seja uma solução muito adequada... Já sei o que vai te fazer relaxar.

— Odeio soluções adequadas.

— Ótimo! — Tommy sorriu, tirou dois baseados do bolso e me entregou um deles. Ri, negativando com a cabeça. — Gosta de maconha?

— Gosto... — devolvi o sorriso. — Gosto de tudo.

Coloquei o cigarro na boca, Tom repetiu meu gesto e os acendeu em sincronia, usando um isqueiro.

— Sabe... — exalou a fumaça e se aproximou. — Eu queria ser um beck pra nascer na sua mão, viver na sua mente e morrer na sua boca. — assim que terminei de ouvir a frase, desatei a gargalhar, fazendo-o gargalhar também. — Ei, que foi?! Achou meio cafona?

— Totalmente cafona!

— Mas mereço um beijo pela tentativa?

— Você só pode estar muito, tipo muito chapado! — franzi o cenho e traguei mais uma vez. — Espero que seja só uma brincadeira, Tommy. Sou a namorada do seu gêmeo do terror, esqueceu?

Call Girl | Nikki SixxOnde histórias criam vida. Descubra agora