Call Girl | Nikki Sixx

Without You

Nikki Sixx

FLASHBACK ON

— Chupa devagar... — murmurei com dificuldade, sentindo-a abocanhar meu pau.

Afundei os dedos na imensidão dos fios loiros da sua cabeça e gemi de olhos fechados, respiração falha. Amava vê-la no meio das minhas pernas sugando, lambendo aquela pele sensível com cara de tesão. Seu boquete me fazia delirar.

— Eu... Ah... Vou gozar...

Ela riu e beijou minha boca.

— Caralho... Docinho... Não faz isso comigo...

— Meu amor, não se preocupa, ainda não acabou... — Shan subiu em mim e me colocou dentro dela. — Oh... Nik... — rebolou. — Cacete, Nikki...

— Gostosa do caralho... Você é... Você é sensacional!

Amava sentir o suor que escorria do seu corpo delicioso e suas contrações desesperadas, amava ouvir seus murmúrios, arquejos, berros, gemidos... Shannon ansiava por mais, longe de se cansar, intensificando a cavalgada. No início rápido, no final lento. Após um bom tempo, gozamos forte e grunhimos, com o oxigênio faltando nos pulmões. Toquei seus seios, esfreguei os polegares nos mamilos rígidos e sorri... Sorri até o rosto doer. Tentávamos regularizar as respirações descompassadas, um preso ao corpo quente do outro.

— Amo quando geme meu nome... — sussurrei.

— Amo quando implora...

— Amo quando rebola no meu pau...

— Amo seus bilhetinhos de manhã, Nikki. — ela soltou uma risadinha. — Ainda mais quando você diz neles que ama minha bunda ou que quer transar comigo o dia todo...

— Falando nisso... Vamos trepar o dia todo?

Shannon gargalhou e me deu um abraço, aninhando-se em meu peito como se eu fosse seu travesseiro.

— Gosto de ficar assim com você...

— Também gosto de ficar assim com você... — bocejou. — Preciso dormir agora, baby. Faremos amor mais tarde.

— Faremos o quê?

— Sou uma mulher, idiota. Não uso termos grosseiros. — rolou os olhos, brincando com uma mecha do meu cabelo. — Boa noite?

— Boa noite. Quando acordarmos, você já sabe! — também bocejei e beijei sua testa.

— Já sei, querido. — seus olhos azuis brilharam.

FLASHBACK OFF

Duff McKagan

Milhares de exames depois, Shan encontrou comigo, pálida e fraca, na recepção do hospital. Lia-se em seu rosto que morrer ou não, estar com alguma merda grave ou não, àquela altura era o que menos importava para ela. Sua doença era uma das piores que existem: a doença da alma. 

— Shannon, pelo amor de Deus, já saiu algum resultado?!

— Calma, Ffud. — eu conhecia sua mania irritante... E meiga... De me chamar pelo nome ao contrário. — Os médicos estão achando que...

— Estão achando que...?

— Estão achando que... Eu não sei que porra estão achando! — cerrou os dentes. — Vou morrer, McKagan! Sei que vou morrer! Eles só querem que eu alimente uma falsa esperança de que não tenho nada!