Shannon Blythe
Deitada na cama, deixei de encarar as paredes brancas do quarto para olhar minha tatuagem e uma tempestade de pensamentos invadiu minha mente. O nome da banda, as máscaras de "Theatre Of Pain", os traços delicados do tatuador, tudo lembrava Nikki, nosso primeiro encontro, nossa primeira vez, nosso primeiro beijo... Também meu trabalho como roadie e os meninos, Vince, Tommy e Mick, sempre tão amáveis.
Eu sabia que Sixx não desistiria de conversar comigo e o problema, dentre muitos, era meu autocontrole quase nulo com sua presença. Ainda o amava, era inevitável, me entregaria facilmente.
Fui tirada do transe por Steven, que entrou no cômodo de supetão. Eu vestia apenas uma lingerie preta, seus olhos se arregalaram.
— Desculpa!
— Para, Stee! Não se preocupa! — ri, débil. — Você acha mesmo que uma ex-prostituta sente vergonha de mostrar o corpo?
— Não sei...
Negativei com a cabeça, achando graça. Ele sentou ao meu lado na cama e soltou um suspiro.
— Promete que não vai se desesperar?
Desentendi a pergunta.
— Como assim?
— Promete?
— Não posso prometer se nem sei o que é!
— Nikki está aqui. Veio conversar com você. Avisou que não sai enquanto não te ver.
Meu coração, já inquieto, disparou.
— Devo chamar a polícia?
— Claro que não, Shan. Fugir do problema é pior.
— Porra... Não tô preparada...
Steven entortou a boca.
— Vista-se e desça. — disse.
— Ou talvez nem deva me vestir... — falei baixo, sorrindo maliciosa.
— Já vai ceder?
— Não! De jeito nenhum! — respondi com uma pontada de irritação. — Steven, é brincadeira!
Mesmo sem querer, sempre supunham que minhas ações estavam intimamente relacionadas ao passado na prostituição. Mas eu tenho caráter, amor próprio e nunca transaria com Nikki antes de ter total certeza de que as mágoas haviam ido embora.
— Ele te ama.
No momento em que atravessava a porta, petrifiquei. Tinha acabado de vestir uma camisola nada vulgar por cima da lingerie.
— Como?
— Você sabe que ele te ama.
Pois é, eu sabia. Sorri triste e caminhei em direção às escadas.
Nikki Sixx
Quando vi seu rosto delicado, os seios fartos apertados no sutiã, aquele lindo corpo curvilíneo, a cintura marcada na camisola, o par de pernas torneadas, eu perdi... Meu Deus do céu... Perdi todo fôlego e sanidade mental. Minha calça de couro rasgada nos joelhos ficou ainda mais apertada.
Oh... Shannon aparece e meu pau endurece.
Até rimou.
— Olá, Sixx. — sua voz, costumeiramente tão doce, estava áspera. Doeu; ela quase nunca me chamava pelo sobrenome. — Por que está aqui? Por que não cai fora e me esquece de uma vez por todas?! — na última palavra, berrou. E me doeu pela segunda vez, talvez até um pouco mais. — Não sou eu a "vagabunda"? — riu com ódio, aproximando-se. Shannon não desistiria de jogar as merdas na minha cara. — Não sou eu a maior decepção da sua vida?! Então vaza, babaca!
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Call Girl | Nikki Sixx
أدب الهواةShannon "Holly" Blythe, nos anos 80, era a stripper mais cobiçada do Seventh Veil. Dona de um incrível SEX APPEAL, a garota enlouquecia os clientes, mas não era enlouquecida por ninguém. A prostituição a fazia acreditar que pessoas como ela não podi...