Morfina

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Paola Kendrick
Manhattan, Nova York
18 de novembro de 1991 • 01:19

 Deitada sobre o asfalto apenas observo os carros passando de lá para cá. Warren parou um dos carros da nossa segurança que estavam atrás de nós e agora ele esta sentado no meio-fio esperando eu me levantar. Espera, e Michael?

— Onde esta Michael? Ainda esta no carro? — pergunto a ele que suspira e olha para o horizonte. Me sento e o encaro — Warren! Onde ele esta?

— Ele voltou para a cidade, esta no hotel a uma hora dessas senhora — ele não estava nada bem, não pode ficar sozinho. Me levanto de uma vez e corro para o carro. Apenas Warren esta comigo os demais seguranças estão com ele sem dúvida.

Hotel Hichello, Manhattan
01:32

 As portas do elevador se abrem. Os nossos seguranças estão apostos em frente a uma das portas. É para lá que eu vou. Wayne entra na minha frente antes que eu chegue na porta. Ele parece estar tentando me avisar algo, mas, sem usar palavras, ele acha que sou advinha?

— Olha só quem resolveu aparecer! — uma voz feminina diz assim que a porta se abre. Wayne sai do caminho. É Agnes. Ela está guardando um frasco e uma seringa em sua bolsa de mão — Chegou em péssima hora! Ele teve uma crise e eu fui obrigada a o acalmar da maneira mais carnal — ela morde o lábio

— O que você deu para ele agora? — pergunto a ela que da uma risadinha e da de ombros — Como você consegue essas coisas?

— Só dei alguns comprimidinhos! Uns sete! Só de os colocar na boca ele já se sentiu melhor. Eles são em capsulas que se dissolvem bem lentamente. O efeito demora, mas, ele esta tão viciado que só de colocar na boca é o suficiente coitadinho — ela faz um bico

— Some! — digo friamente para ela que cruza os braços e arqueia uma das sobrancelhas — Agnes, vá embora! — digo firmemente a ela que não se move um centímetro sequer — Agnes, você não tem ideia do quanto eu quero arrebentar essa sua carinha de boneca, vá embora!

— Vai bater na sua irmã por homem? É isso mesmo que eu estou ouvindo? — ela diz entre risos. Mas que porra ela esta falando? — Olha bem para mim! Não me acha parecida com alguém? — ela vai até o meio do corredor e da uma voltinha — Não acha que eu sou parecida com Petra ou Patrice? Não nota a energia que vem de mim? O poder? — ela arqueia uma das sobrancelhas

— Agnes, você é doente, vá embora! — digo o mais calma que eu consigo — Warren, chame por Daniel, agora! — digo firmemente para ele que se retira e chama alguém pelo rádio — Você não é e nunca vai ser minha irmã. Ser um pouco parecida não te torna da família delas, aliás, você errou de pessoa porque eu não sou da família Pritchett! Nunca vou ser sua irmã! — de onde essa maluca tirou isso 

— Pelo jeito você esta por fora de tudo não é Paola? Não acha estranho a família Kendrick ter feito questão de te criar ao lado dos Pritchett? E que seus irmãos sejam tão parecidos, mas, você não se pareça com nenhum deles? Monique e John são bem-parecidos já você parece que não veio do mesmo lugar — ela ri — Também tem a coincidência do nome, Patrice, Pietra, Petra e Pilar! Não é estranho que você se encaixa nisso?

— Que galinhada é essa aqui? Eu estava tendo meu sono da beleza! — Daniel diz enquanto se aproxima. Ele para ao meu lado — Por que eu fui solicitado? Trabalho amanhã sabiam? — ele faz graça

— Dane, você sabia que a princesinha Agnes é amante de Michael e ela tem o medicado? É, ela tem aplicado anestésicos e dado remédios a ele! Eu quero que você mande alguém em Neverland, quero que esse alguém olhe até na terra, quero que tirem de lá todo tipo de remédio! Ah, e me entregue sua arma! — estendo a mão para ele me entrega a arma que ele sempre leva para todos os cantos — Da próxima vez que você aparecer na minha frente, eu vou acertar um tiro em cada uma das suas mãos! — digo bem calma para ela e levo minha mão esquerda até a maçaneta e entro no quarto.

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