Capítulo Doze

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Acordo com todo o meu corpo dolorido, principalmente meu ventre e minha vagina

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Acordo com todo o meu corpo dolorido, principalmente meu ventre e minha vagina. Olho meu corpo nú e me cubro rapidamente com vergonha do Dominique me ver assim.

Me lembro de tudo que aconteceu ontem a noite e coro envergonhada, de repente meu dou conta de um fato. A primeira vez que dormimos juntos eu não acordei sentindo dor, olho para a cama onde eu estava deitada e vejo uma enorme mancha de sangue.

Então eu ainda era virgem, só não percebi isso antes pois não me lembrava de nada do que aconteceu naquela maldita noite e achei que a dor que senti ontem durante a penetração era normal por ser a segunda vez que fazia sexo.

Interrogo o Dominique sobre o por que dele ter escondido de mim que nunca havíamos transado antes da nossa noite de núpcias,  ele me acusa de tê-lo drogado e vai para o banheiro me deixando possessa de raiva dele.

Minutos depois ele sai do banheiro e vai para o closet, me levanto com dificuldade por conta da dor que estou sentindo.

Vou até o banheiro e começo o meu banho, choro quando a água e o sabonete entra em contato com a minha vagina machucada.

Não sei como algumas mulheres podem dizer que não sentiram incômodo algum na primeira vez. Perder a virgindade é horrível tudo bem que eu senti prazer, mas também senti muita dor.

Acabo meu banho, me seco, visto um roupão, escovo meu dentes, saio do banheiro e vou até o closet. Percebo que o senhor dono da razão já saiu e respiro aliviada.

Escolho uma calcinha, um vestido e uma sapatilha, passo alguns cosméticos, me visto, amarro meu cabelo em um rabo e saio do quarto.

Desço as escadas lentamente pois às minhas pernas também estavam muito doloridas, vou até a sala de jantar cumprimento a Enna e me sento a mesa ao lado do Dominique.

Comemos em silêncio pois era visível o mal humor dele, quando acabamos me despedi da Enna  e saímos da casa dela.

— Robert, nos leve até a clínica da doutora Grace.  — O Dominique fala para o segurança após entramos no carro.

O percurso foi feito em silêncio, nenhum de nós queria conversar e fiquei olhando pela janela o tempo todo.

Ao chegarmos na clínica da médica que o Dominique falou, ele abre a porta do carro, me ajuda a sair e entramos no prédio de mãos dadas.

Fomos até a recepção ele falou meu nome e fomos guiados até o consultório da médica, entramos e nos sentamos em frente a mesa.

Ela me fez algumas perguntas, me examinou, receitou remédios para dor e pomada para aliviar a ardência. A agradeci saímos do consultório, compramos os medicamentos  na própria clínica pois havia uma farmácia lá e voltamos para o carro.

Quarenta minutos depois chegamos no apartamento dele, entramos vou até a sala de estar e me sento no sofá da sala.

— Senhor será que podemos conversar? — Lhe pergunto temerosa.

— Para de me chamar de senhor, eu sou seu marido agora, então me chame pelo meu nome. — Ele me responde falando alto comigo.

— Dominique você disse que eu te droguei, mas eu juro que nunca fiz isso. — Lhe digo.

— Para Ecatherine, admite seu erro de uma vez por todas, pois isso não irá mudar nada. — Ele me responde.

— Eu juro que não fiz nada disso que me acusa. — Lhe digo.

— Você nega, mas eu tenho como provar o seu ato vergonhoso. — Ele me responde.

— Qual prova você tem então? Eu quero saber. — Lhe pergunto.

— A garçonete da boate que você subornou contou tudo para meu segurança, ela falou que a garota ruiva a pagou para que colocasse a droga em minha bebida, e olha que coincidência você é ruiva porra. — Ele me responde.

— Isso não prova nada, não existe somente eu de ruiva no mundo. — Lhe digo.

— Você ainda tem coragem de negar o que fez? Pela quantidade de droga que você pediu para ela usar eu tenho é muita sorte de ainda estar vivo. — Ele me responde.

— Já disse que não fui eu, se não quer acreditar em mim é problema seu.  — Lhe digo e saio da sala.

Entro em meu quarto e fecho a porta sem querer mais discutir, não adianta falar com ele sobre a minha inocência,  Dominique é mais teimoso que uma mula.

Fecho meus olhos frustrada com toda essa situação, mal nos casamos e já estamos nos desentendendo.

Alguns minutos depois ele bate na porta e após eu autorizar ele entra em meu quarto e se senta na cama.

— A empresa da sua avó já voltou para ela, e você já pode voltar para a faculdade. — Ele diz fazendo eu sentir como se tivesse me vendido.

— Obrigado. — Lhe respondo com a voz embargada.

— Estou indo viajar a trabalho, caso precise de alguma coisa fale com o Robert. — Ele diz.

— Quando você volta? — Lhe pergunto.

— Não sei, talvez em uma semana. Depende muita da quantidade de trabalho que terei nas filiais que preciso visitar. — Ele me responde.

— Você está indo para onde? Eu posso saber? — Lhe pergunto, me sentindo triste por ele me deixar aqui sozinha logo após o nosso casamento.

— Estou indo para os Estados Unidos, mas específicamente para a Califórnia e depois irei para Miami. — Ele me responde.

— Faça uma boa viagem. — Lhe digo.

— Você quer ir comigo? — Ele pergunta me pegando de surpresa.

— Acho melhor não, eu não quero te atrapalhar. — Lhe respondo.

— Você não irá me atrapalhar, tem quarenta minutos para arrumar a sua mala, coloque roupas mais frescas e confortáveis para onde vamos é bem quente e está em pleno verão. — Ele diz e sai do quarto.

Me levanto rapidamente e vou até meu closet e rapidamente faço a minha mala me certificando de não esquecer nada. Quando acabo vou até o banheiro tomo um banho rápido, me seco escovo meu dentes, volto para o closet e me arrumo.

Pego a minha bolsa, a mala e saio do quarto, ao chegar no topo da escada o Dominique  vem até mim pega a minha mala e saímos do apartamento.

O percurso até o aeroporto foi rápido, quando chegamos passamos pela a alfândega e fomos diretamente para o jatinho particular dele.

Entramos, nos sentamos em nossas poltronas e minutos depois o piloto decolou.

— Você está com fome? — Ele me pergunta.

— Não, comi muito no café da manhã. — Lhe respondo.

— Se quiser dormir e descansar fique a vontade, tem uma suíte no fim do corredor.
Eu irei adiantar um pouco do meu trabalho, caso precise de alguma coisa é só pedir para a Claire. — Ele fala, se levanta e sai em seguida.

Me acomodo melhor na poltrona e fecho meus olhos, ainda estou muito chateada com ele por me acusar injustamente de algo que eu não fiz. Por enquanto irei me calar, mas assim que tiver provas da minha inocência irei esfrega-las em sua cara.

Irei tentar cumprir a promessa que fiz a Enna, tentarei fazer com que esse casamento de certo. Por que não me arriscar ao menos uma vez na vida e viver um pouco, não tenho mais nada a perder.

ImpiedosoOnde histórias criam vida. Descubra agora