Capítulo Vinte e Quatro

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Acordo após ter outro pesadelo com o Sean, me agredindo

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Acordo após ter outro pesadelo com o Sean, me agredindo. Mas dessa vez era uma mistura do passado com o presente.

Uma parte do sonho foi com o dia que ele tentou me violentar naquele maldito porão quando fui sequestrada, e a outra parte foi o dia que ele me atacou em frente a faculdade.

Ontem eu havia acordado tão feliz e animada mesmo sentindo as dores insuportáveis dos últimos dias, mas isso só durou até o delegado me contar que  ele é o mesmo homem que tentou abusar de mim durante o meu sequestro.

Já não o amo é claro, mas mesmo assim não consegui deixar de me sentir traída, enganada, usada e machucada. Saber que durante dois anos eu namorei com o meu sequestrador dói tanto, ele sabia dos meus medos, dos pesadelos que tinha por culpa do ataque que sofri durante o cárcere, ele sabia da minha dor e de cada trauma que carrego.

Ele destruiu a minha vida, por culpa dele não tive uma adolescência normal e passei a metade dos últimos dois anos indo a consultas com a terapeuta e me entupindo de remédios antidepressivos.

E como se não bastasse tudo que me fez, ele volta e novamente transforma a minha vida em um pesadelo.

Me levanto com cuidado e um pouco de dificuldade, pego meu celular para ver as horas e ainda são quatro da manhã. Saio  silenciosamente do quarto para não acordar o Dominique, e desço às escadas bem devagar por causa da dor em meu abdômen.

Abro a porta que leva a área externa,  me sento em uma espreguiçadeira perto da piscina e fico observando a cidade que ainda dorme.

Fecho meus olhos e às lembranças da minha infância invadem a minha mente fazendo com que as lágrimas rolem por meu rosto, me pergunto por que não fui eu que morri no lugar do meu irmão.

Tudo seria diferente, meus pais seriam felizes e não me odiariam, eu não teria sofrido tanto nas mãos deles, da Natalya e do Sean.

     
— O que você está fazendo aqui fora bebê? — O Dom me pergunta,  se senta ao meu lado e me abraça.

— Perdi o sono. — Lhe respondo.

— Vamos entrar você está gelada, não deveria se esforçar tanto e se expor assim, pode acabar contraindo um resfriado. — Ele diz, segura minha mão e entramos em casa.

— Vou fazer um chá para mim, você quer também? — Lhe pergunto.

— Pode deixar que eu faço isso. — Ele me responde.

Me sento no sofá na sala de estar, ele me cobre com um cobertor, depois vai para a cozinha e volta minutos depois com duas xícaras, a minha com o chá e a dele com provavelmente café.

— Se você não tivesse se recuperando eu iria encher essa sua bunda gostosa de palmadas, seria seu castigo por se expor ao sair de casa em uma madrugada tão fria. — Ele diz e eu coro envergonhada. 

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