Capítulo Dezesseis

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Acordo  ao escutar meu celular tocar, me sento na cama e atendo a ligação

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Acordo  ao escutar meu celular tocar, me sento na cama e atendo a ligação.  Era a Enna me convidando para ir almoçar com ela, aceito o convite e encerro a chamada.

Me levanto sentindo meu corpo protestar por causa da longa viagem e dos efeitos do fuso horário e vou para o banheiro. Após duas semanas maravilhosas  na Califórnia e em Miami voltamos para casa, chegamos em Moscou  por volta das duas da madrugada.

Depois de tomar um banho demorado, me seco, escovo meus dentes e visto um roupão. Saio e vou até o closet, passo alguns cosméticos pelo meu corpo que finalmente está com uma coloração normal, e nada parecido com um camarão como eu estava a uns dias  atrás.

Me visto, penteio meus cabelos, os amarro em um rabo de cavalo e calço o meus tênis. Arrumo a minha mochila com meu material escolar pois hoje voltarei para a faculdade, e saio do quarto.

Vou até a cozinha pego uma maçã e saio do apartamento, entro no elevador e paro na garagem. O Robert ao me ver vai até o carro e abre a porta para mim, agradeço e entro, ele também entra e começa a conduzir em direção a casa da minha nova avó-sogra.

Ao chegarmos a casa da Enna ela já me esperava do lado de fora com seu costumeiro sorriso, corro até ela e a abraço bem apertado. Entramos, fomos até a sala de estar e nos sentamos no sofá.

— Você está ainda mais linda minha querida,  esse bronzeado deixou a sua pele com um tom dourado perfeito. — Ela diz e sorrio.

— Se tivesse me visto a doze dias atrás não diria isso, eu estava igual a um camarão. — Lhe respondo e ela sorri.

— Foi tão ruim assim? — Ela me pergunta.

Pego meu celular e mostro para ela uma foto que o Dom tirou de nós dois deitados na cama no terceiro dia após eu contrair a insolação, meu rosto estava muito vermelho e soltando a pele queimada.

— Eu fiquei horrível, nunca mais irei me expor ao sol da forma que fiz na Califórnia. — Lhe respondo.

— Vocês são tão lindos juntos. — Ela diz, ainda olhando para a foto minha e do Dom.

— Também acho que somos lindos juntos, estou com tanto medo Enna, medo de me apaixonar por ele e de ama-lo. — Lhe respondo.

— Calma minha menina, deixa as coisas acontecerem naturalmente, ele não  é imune a você e isso já é um começo. — Ela diz me tranquilizando.

— O tempo que passamos juntos fora de Moscou foi perfeito, mas não sei como será daqui para a frente. Tem o trabalho dele que o consome, a minha faculdade e  tem também a ex-namorada maluca e obsessiva  que não irá nos deixar em paz tão facilmente. — Lhe respondo.

— Não se preocupe com Yelena, ela já é carta fora do baralho. — Ela diz.

— Ela apareceu na Califórnia, invadiu o nosso quarto em um horário que o Dom não estava, me ofendeu e eu bati nela dando um tapa em seu rosto. — Lhe respondo.

— Uau, eu já sabia que tinha escolhido a mulher certa para meu menino, agora tenho certeza. — Ela diz e sorri.

— Confesso que eu achei que ela iria correr até ele e contar que eu bati nela, mas não o fez. — Lhe respondo.

— Não esquente essa cabecinha linda com isso, agora vamos almoçar pois você precisa ficar forte para me dar bisnetinhos lindos. — Ela diz me fazendo ficar muito envergonhada.

Nos levantamos e fomos até a sala de jantar, minutos depois a Vanda serve o almoço e comemos conversando sobre assuntos aleatórias.

Passo o dia com a Enna, ela me mostra alguns quartos da sua mansão que deseja restaurar e redecorar e combinamos de sair para escolhermos a decoração juntas.

Fui até o quarto que ela diz ser meu e do Dominique, tomei um banho e me arrumei para ir pra faculdade.

Depois de pronta me despedi da Enna e da Vanda, entrei no carro  e o Robert me levou para a faculdade. Ao chegar fui até a secretária solicitar  uma mudança de turno,  quero estudar a tarde ou de manhã para ter as noites livres, pois esse é o único horário que o Dom está em casa.

Consigo mudar meu horário acadêmico para de manhã, agradeço a diretora e ao reitor e vou para minha sala sendo o motivo de olhares de nojo e comentários maldosos.

Minutos depois o primeiro professor entra e me concentro em meus estudos,  quando chega a hora do intervalo praticamente fugi da sala de aula.

Vou até a cantina, compro uma vitamina de morangos e me sento em uma das mesas afastada dos outros alunos. Após o fim do intervalo, volto para a sala de aula, contando os minutos para poder ir para casa.

Graças a Deus o tempo realmente voou e a última aula acabou, espero todos os alunos saírem, arrumo a minha mochila e também saio.

Já do lado de fora procuro pelo o Robert e não o encontro em lugar algum, pego meu celular para ligar para ele mas antes de fazer isso sou jogada contra a parede por alguém.

Olho para  o meu agressor e me assusto ao dar de cara com um Sean transtornado. Ele segura meu pescoço e me suspende, me fazendo ficar com ainda mais medo.

— Me solta Sean. — Digo com a voz falha por conta do aperto em minha garganta.

— Vim aqui tomar o que você me negou por dois anos, mas deu em menos de um mês para outro. — Ele responde e acerta a minha cabeça na parede me deixando tonta.

Depois me arrasta para um parque que tem um pouco mais a frente da faculdade, e tremo de medo pois a essa hora o lugar é deserto e ninguém aparecerá para me salvar.

— Para Sean, me solta por favor.  — Lhe digo e ele acerta um tapa em meu rosto.

— Você me largou na véspera do nosso casamento, me humilhando perante toda a sociedade e poucos dias depois você casa com outro sua cadela. Você irá me pagar muito caro pela humilhação que me fez passar. — Ele responde e bate outra vez em meu rosto me fazendo cair.

Ele chuta a minha barriga, eu  grito e gemo com a dor que irradia por meu corpo, ele satisfeito com isso me chuta várias vezes, algumas no mesmo lugar.

Ele se deita por cima de mim me fazendo chorar, tento empurra-lo com a pouca força que ainda me resta, mas ele segura as minhas mãos por cima da minha cabeça me prendendo.

Ele toca meus seios e isso me causa repulsa,
fecho meus olhos sabendo quê o que irá acontecer é inevitável, só espero que seja rápido.

Escuto alguns barulhos estranhos mas não abro os meus olhos, o medo me consome de tal forma que sinto a minha respiração sumir e ofego por ar.

— Cath.  — Escuto a voz do Dom gritar por mim,  mas balanço a cabeça, isso não é real  é só uma alucinação da minha mente criada pelo meu desespero.

— Fala comigo bebê, preciso saber se você está bem. — Ele diz e me abraça.

Aspiro o perfume que tanto amo,  sorrio feliz e aliviada.  O Dom está mesmo aqui, é real, meu homem me salvou.

Ele me pega em seus braços e gemo de dor, fecho meus olhos sem forças para mante-los abertos por mais tempo.

ImpiedosoOnde histórias criam vida. Descubra agora