Capítulo Oitenta e Seis

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Observo a minha esposa dormir serena em meus braços após mais um dia de internação, hoje faz três semanas que estamos no hospital e graças a Deus tudo tem ocorrido muito bem, mas não vou negar que  foram dias extremamente estressantes

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Observo a minha esposa dormir serena em meus braços após mais um dia de internação, hoje faz três semanas que estamos no hospital e graças a Deus tudo tem ocorrido muito bem, mas não vou negar que  foram dias extremamente estressantes.

É impossível não se estressar em casos como o que eu e minha família estamos vivendo, ter bebês prematuros internados é  muito preocupante agora acrescente a isso uma esposa passando pelo período puerpério, cheio de mudanças hormonais e ansiedade.

A Cath tem estado muito frágil nos  últimos dias, está sempre chorando e se culpando principalmente por não conseguir produzir uma quantidade de leite materno que seja suficiente para alimentar nossos filhos e isso tem me preocupado muito, tenho medo de que ela desenvolva um depressão pós parto.

Não vejo a hora de tanto ela quanto nossos filhos receberem alta médica para que  finalmente possamos ir para nossa casa, minha avó e nossos amigos também estão ansiosos por isso e até já fizeram adaptações para quando esse momento acontecer.

Minha avó também ja entrou em contato com a equipe de arquitetura e designer de interiores que fez o quarto dos nossos bebês e pediu a eles que fizessem as  alterações no quarto, agora ao invez de tudo em dobro temos tudo em triplo e pronto para recebê-los.

Beijo mais uma vez a testa da Cath, fecho meus olhos e tento descansar por algumas horas, acordo no outro dia com a claridade invadindo o quarto.  Abro meus olhos, olho para minha esposa e vejo que a sua blusa está molhada, pela primeira vez desde o parto os seios dela estão cheios do alimento para nossos filhos e estão vazando.

— Bebê acorda, precisamos retirar o leite — Lhe digo. 

— Já acordei — Ela me responde e boceja.

Pego a bombinha para que ela possa começar a retirar o leite, mas antes que eu entregue para minha esposa alguém bate na porta, e após eu autorizar a entrada a médica da minha esposa e pediatra dos nossos filhos entra no quarto.

— Bom dia. — Eu e a Cath dizemos em uníssono.

— Bom dia, como vocês estão? — A doutora Ane nós pergunta.

— Estamos bem. — Lhe respondemos.

— Estamos aqui assim tão cedo pois já está na hora dos bebês se alimentarem, e hoje queremos tentar analisar se eles já conseguem fazer isso diretamente do seu seio ao invez da sonda. — A pediatra diz e isso me anima muito.

— Isso é maravilhoso. — A Cath lhe responde e sorri.

— Nós já vamos,  nos encontramos em quinze minutos na pediatria. — Ela diz e sai em seguida junto com a Ane.

Ajudo a minha esposa a descer da cama, deixei ela usar o banheiro primeiro e assim que ela saiu eu entrei. Escovo meus dentes rapidamente,lá o meu rosto, penteio meus cabelos com os dedos e saio do banheiro.

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