Capítulo Sessenta e Dois

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Após acabarmos de nos arrumarmos, saímos do SPA, entramos na Limusine e o motorista começou a dirigir em direção a igreja

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Após acabarmos de nos arrumarmos, saímos do SPA, entramos na Limusine e o motorista começou a dirigir em direção a igreja. A todo momento a minha avó tentava conversar comigo e com a Abi sobre o que a Natacha falou, mas a ignoramos.

Ela teve dezenove anos para nos contar a minha história, dezenove anos para se explicar e nunca pensou em fazer isso. Agora que a verdade veio a tona ela quer dar a sua versão, mas não quero escutá-la.

Graças a Deus o percurso até a igreja foi rápido, pois eu já não aguentava mais estar perto da minha avó. Eu não a odeio e jamais poderia sentir algo assim por ela, mas no momento não estou em condições de ter a conversa que ela quer.

A cada segundo que passo presa dentro desse maldito carro, mais a sensação de estar me sufocando aumenta. Eu sei que se a vovó continuar insistindo e me pressionando acabarei tendo um maldito ataque de pânico por causa da minha ansiedade, e tudo que não quero deixá-los preocupados com meus problemas de autocontrole.

Assim que o motorista estaciona em frente a igreja, eu saio do carro sendo seguida pela Enna e vejo o Dom a alguns metros de distância de onde estávamos. Ele se afasta do Breno e vem até onde estamos,  às lágrimas ameaçam descer por minha face a qualquer  e mordo meus lábios.

Meu marido me olha e desvio meu olhar, tenta me tocar e também me afasto, pois sei que se olha-lo ou tocá-lo irei desabar e não quero estragar o dia da Abi.

Quero que tudo seja perfeito, a Abi sonha com esse dia desde que conheceu o Brendon. E também não quero preocupa-la ela já se estressou de mais hoje e isso pode fazer mal ao bebê.

— Sei que ele errou ao não te contar a história por trás do seu nascimento, mas tenho certeza que só fez isso a pedido da Allyra. O Dom te ama e jamais mentiria para você deliberadamente, lembre-se disso. — A Enna fala em meu ouvido e aceno em concordância.

Tomamos nossos lugares e entramos na igreja, logo em seguida as daminhas entraram jogando rosas brancas pelo chão e atrás delas vinha a Abi e a minha avó.

A cerimônia começou,  mas eu não conseguia prestar atenção ao que o padre falava. A única coisa que eu pensava é no segredo que acabei de descobrir, e em tudo que ele implicava em minha vida.

Uma parte minha está desolada por descobri que a minha mãe biológica foi amorosa com a Abi,  mas me doou como se eu fosse um objeto e a outra parte está feliz por ter uma irmã mais velha que me ama e é minha melhor amiga.

Me sinto traída pela minha avó e estou magoada com o Dom por não ter me contado assim que descobriu, mas não o culpo a Allyra consegue ser bem manipuladora quando os seus interesses estão em jogo.

A cerimônia finalmente acaba, assinamos os papéis para a certidão de casamento, pousamos para algumas fotos e me obrigo a sorrir. Em seguida saímos da igreja e fomos para o local salão acontecerá a recepção do casamento. 

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