Impiedoso

Capítulo Trinta e Nove

Após a breve conversa com o Dom sobre o filho dele com a Yelena, ele me leva em casa. Quando chegamos ao quarto ele se despede de mim e sai em seguida.

Retiro meus sapatos e me deito em nossa cama, abraço o travesseiro dele e volto a chorar. Estou com medo de perde-lo, estou morrendo de medo dele ainda ama-la e me deixar agora que eles terão um filho.

Fui uma idiota imatura, ao invés de enfrentar a situação de frente eu fugi como sempre faço e praticamente o entreguei de bandeja para aquela vaca.

Chateada e estressada comigo mesma por ter deixado aquela maldita mulher me afetar tanto, desisto de ficar parada e me levanto para fazer algo produtivo até o Dom voltar e podermos conversar sobre tudo que está acontecendo.

Me levanto, retiro as minhas roupas, vou até o banheiro, tomo um banho quentinho, me seco, vou até o closet, passo alguns cosméticos e me visto e saio do quarto.

Passo na lavanderia pego o caramelo e o levo comigo até a cozinha, abro a geladeira e encontro bolo de chocolate. Pego o taboleiro coloco em cima da mesa, encho um copo com leite, pego um pires e corto um imenso pedaço de bolo para mim.

Me sento com o caramelo em meu colo  em uma das banquetas ao redor da ilha e começo a comer, enquanto faço carinho nos pelos do meu cachorrinho.

Quando acabo de me alimentar percebo que meu companheiro havia dormido, então o levo de volta para a lavanderia e o coloco em sua caminha

Volto para a cozinha, guardo o bolo e lavo todos os talheres sujos sem deixar rastros que comi algo que não deveria. Se o Dom descobre que ao invés de almoçar me entupi de bolo irá me dá uma bronca enorme.

Sei que estou sendo negligente e deveria cuidar melhor da minha saúde conforme as exigências e recomendações do medico, mas poxa quem resiste a um bolo de chocolate.

Depois de arrumar a bagunça que fiz, vou até a biblioteca, pego o livro que preciso ler para fazer um trabalho universitário. Saio e vou até a área externa, me sento em um grande diva que ficava em baixo de um pergolado,  coloco meu óculos e começo a ler a matéria que preciso aprender.

Acordo um pouco área em nosso quarto, o Dom deve ter me encontrado e trago para cá. Percebo que ele estou deitada em cima do seu peito, o abraço bem apertado e acabo chorando outra vez.

Conversamos brevemente sobre o que aconteceu mais cedo e nos entendemos,  ele também me conta que o julgamento do Sean foi marcado para a próxima semana.

Mudo de assunto o chamando para irmos comer, pelo menos por enquanto eu não queria falar sobre nossos ex-relacionamentos.

Nos levantamos vou até o banheiro escovo meus dentes, volto para o quarto e saímos do carro. Fomos até a cozinha e o Dom preparou omeletes para nós que estavam uma delícia, meu homem cozinha muito bem.

Depois nos alimentarmos, fomos para a sala de estar e  enquanto eu fui  alimentar o caramelo o Dom  ficou encarregado de escolher um filme ou série para assistirmos.

Quando acabei de cuidar do Caramelo, voltei para sala,  nos deitamos no sofá e começamos a assistir o filme como se fosse a primeira vez, uma comédia romântica que eu adoro.

Após o fim do filme o Dom me perguntou se ainda está disposta a ir conhecer o homem que ele contratou para administrar a empresa que foi dos meus pais.

Eu concordo e peço para levar a Enna, ele aceita, me levanto e vou até a cozinha pegar meu celular para ligar para ela. E após convida-la para ir ao jantar conosco, encerro a chamada e vou atrás do Dom.

Encontro ele no banheiro do nosso quarto, vestido com apenas uma cueca box preta. Meu homem é todo lindo e gostoso, e só meu.

— Eu preparei um banho relaxante para nós. — Ele diz e me beija.

Começo a retirar as minhas roupas com impaciência e quando acabo, seguro a sua mão e entramos na banheira.

Me sento em seu colo e o beijo apaixonadamente, beijo e mordo seu pescoço. Toco seus ombros, seu peitoral malhado e cheio de músculos, passo pelo abdômen trincado até chegar ao seu pênis, grande,  grosso e excitado demostrando o quanto o Dom me deseja.

— Vamos acabar logo nosso banho, se não desisto desse jantar e te fodo a noite inteira.— Ele diz e sorrio. 

— Eu iria adorar isso. — Lhe respondo e ele me beija.

— Quando chegarmos do jantar e isso que irei fazer amor. — Ele diz baixinho ao pé do meu ouvido e morde levemente o lóbulo da minha orelha me fazendo arrepiar.

Acabamos nosso banho, nos secamos,  escovamos nossos dentes e saímos do banheiro. Fomos até o closet e começamos nos arrumar, o Dom como sempre acabou primeiro do que eu e saiu para me dar privacidade.

Acabo de fazer a minha maquiagem,  me visto, calço meus sapatos, coloco alguns acessórios, pego a minha clutch, passo meu perfume e saio do quarto indo a procura do Dom o encontrando na sala de estar.

— Está ainda mais linda do que já é amor. — Ele diz e me abraça.

— Você também está muito lindo. — Lhe respondo.

— Vamos que a Enna acabou de me ligar para avisar que já saiu de casa, se nós atrasarmos iremos levar uma bronca dela. — Ele diz e sorrio.

Seguro a sua mão e saímos de casa, entramos no elevador que segundos depois parou na garagem. Entramos em seu carro, e o Dom saiu dirigindo, estranhei o fato de nenhum dos seguranças dele estar nos seguindo ou até mesmo dirigindo mas não comentei nada.

O percurso foi rápido e em menos de meia hora o Dom estacionou em frente a um lindo prédio de apartamentos, saímos do carro e fomos até o da Enna que estava estacionado um pouco mais a frente de onde paramos.

Ao nos ver ela saiu do carro e veio ao nosso encontro, abraçou e beijou o Dom na bochecha e depois veio até mim e fez o mesmo.

— Seu desnaturado, esqueceu que eu existo Dominique? — Ela lhe pergunta e da um tapa no braço dela.

— Não vovó, não lhe visitei antes porque foram dias difíceis com muito trabalho. — Ele lhe responde.

— Não acredito em você seu menino ingrato, está sempre usando as mesmas desculpas para me enganar. — Ela diz e sorrio.

— Vamos entrar,  os nossos anfitriões estão nos esperando e se continuarmos discutindo aqui fora acabaremos nos atrasando. — Ele lhe responde e fazemos o que ele falou.