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Ai ai, o que posso dizer?
O nosso passeio no shopping terminou bem, apesar de eu ter recebido um tapão pela proposta de casamento. Mas mesmo assim consegui o número do Shinsou e só isso importa!
Depois que a gente comeu, o coitado se tornou um cabideiro humano pelo tanto de sacola minha que ele teve que carregar.
Fazer o que, não é mesmo? Ninguém mandou eu nascer com um lado consumista insaciável por roupas bonitas e materiais de arte.
Claro que ele se vingou, e até agora estou com dor no meu pescoço.
Mas depois desse rolê, se passou alguns poucos dias. E eu confesso, eu andei muito com Shinsou nesse tempo. Além que eu voltei para a minha rotina produtiva, claro. E por algum milagre, ele não me deu nenhuma ordem estranha, aleluia!
Bom, até hoje.
Cá estou eu, no meio da aula do Yamada olhando meu celular, lendo com muita atenção a mensagem do Shinsou.
Shinsou Hitoshi:
Quando terminar suas aulas, vá para o mercado do Hawks. Te encontrarei lá.O que, diabos, ele quer que eu faça naquele lugar amaldiçoado? Por algum acaso ele quer sugar mais sangue meu? Esse doido!
Eu até penso em argumentar, mas acabo me lembrando do contrato e blá blá blá. Bom, é melhor não irritá-lo, não é mesmo?
– Hey, Denki. — Escuto Hanta me chamar baixinho, do meu lado. Olho para ele. — O squad está pensando em ir comer fora depois da faculdade. Bora junto?
– Hum... sabe, é que não vai dar, sacou? — Sorrio sem graça, pensando em uma desculpa plausível. Mentir se tornou parte de minha rotina. — Tenho compromisso, foi mal.
– O compromisso se chama Shinsou Hitoshi? — Ele joga na minha cara, desfazendo aquele sorriso maroto dele e cruzando seus braços. — Denki, a gente já se ligou que você vem andando todos os dias com ele. Se não queria ir para ficar com ele, não precisava mentir.
– Ah... desculpa. — Desfaço meu sorriso, sem graça e triste. Poxa, essas sensações são terríveis. — Mas brô, a gente pode marcar outro dia! Ai eu posso ir junto e depois, a gente pode ir naquela lanchonete massa do centro!
– Tanto faz, Kaminari. — Sero volta sua atenção para a aula, visivelmente magoado.
Caraca, eu sou um idiota mesmo. Consegui deixar um dos meus melhores amigos visivelmente mal, e tudo isso por culpa minha.
Olho para o outro lado e percebo que Midoriya nos observava em silêncio. Ele sorri quase como se dissesse " Calma, você sabe que ele é assim mesmo. ". É incrível essa habilidade do Izuku de me acalmar apenas com um olhar.
Permanecemos em silêncio até o fim da aula. Eu até tento chegar em Hanta para me desculpar, mas ele simplesmente me ignora e vai embora sem nem olhar na minha cara. Fico triste, o Izuku até me consola um pouco antes de ter que ir para se encontrar com o seu próprio squad, e eu fico parecendo um cara na friendzone.
Bom, depois eu falo melhor com o Sero. Agora eu só tenho um objetivo e não posso falhar!
Vou o mais rápido possível em direção ao metrô, tentando me lembrar o caminho até o mercadinho — E quase falhando, visto que quase peguei o metrô na linha errada.
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Purplish Vampire
Fanfiction" Kaminari Denki é um universitário de vinte e um anos que cursa artes em uma faculdade pública. Um simples jovem adulto nerd que posa de artista e que é viciado em mitologias e crenças, que passa noites e mais noites em claro fazendo pinturas ou pe...