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Depois de eu finalmente conseguir ao menos saber o apelido do tal amigo famosinho do Hitoshi — Que e achei bem estranho, mas acabei aceitando — , me contentei com isso e o deixei em paz. Com isso, saímos daquela salinha que quase me fez desmaiar e seguimos até a portinha que nos deu acesso ao corredor, encontrando Hawks no balcãozinho que tinha ali atrás o mercado. Shinsou lhe entregou a cesta e Keigo a analisou com uma expressão de quem não entendeu nada.– Só isso vai te sustentar durante a semana da lua cheia? – Ele olha duvidoso para Hitoshi, provavelmente não sendo um tapado que nem eu e já tendo em mente as razões pela qual ele veio aqui.
Sério, eu sou muito burro.
– Outro dia apareço para pegar mais. – Shinsou acompanha Hawks com o olhar, que colocava as bolsas em sacolas nada suspeitas. Nossa, os caras tem toda uma metodologia! – Por enquanto está bom o suficiente.
– Se você diz... – Ele dá de ombros, terminando seu trabalho e entregando as diversas sacolas para nós dois, sorrindo. – Bom queridos, aqui está. Muito obrigado pela preferência e voltem sempre!
– Hawks... – Hitoshi suspira pela clara piada feita ali.
– Ué, os humanos vão suspeitar se eu não fizer isso, não é, Kaminari? – Ele pisca para mim, e eu dou uma leve risada. – Até mais, duplinha dinâmica.
– Até. – Nós dois o respondemos, saindo dali.
Acompanho Hitoshi até o metrô, e ele acaba me dispensando dizendo que não precisava mais da minha ajuda. Creio que isso ocorreu porque eu enchi o saco dele com o Gran Torino e ele deve ter ficado mal.
Enfim, eu só faço merda mesmo, e ‘tá tudo bem.
Me despeço de Shinsou, prometendo irritá-lo por mensagens mais tarde e vou para a minha linha, onde pego o metrô e vou para o meu apartamentozinho. Hoje eu vou fazer coisas de adulto: Tomar banho demorado, tomar refrigerante e pintar ‘pra esquecer os meus problemas.
Inclusive, eu poderia até mesmo ligar ‘pro Kirishima! Se meu squad está magoado comigo, quem vai ter peito para chegar em mim e me falar de maneira gentil o que eu fiz de errado vai ser ele.
Calma Denki, é muita coisa já!
Quando chego na minha estação, eu desço – Quase tropeçando e caindo em cima da idosa – e vou andando até meu prédio. Ao chegar lá, cumprimento o porteiro, entro no elevador e espero chegar no quinto andar, que é onde eu moro. Depois que a porta abriu, fui em direção à minha porta e a destranquei, entrando e fechando tudo bem bonitinho.
Olho para dentro da minha casa e reflito sobre o que exatamente eu deveria fazer primeiro. Acho que o banho é melhor, né? Eu tenho que ser um gatinho cheiroso!
Diferente do planejado, eu até que tomei um banho rápido e coloquei qualquer roupa. Caço meu celular nas minhas coisas e vou ao meu quarto, me jogando na cama e procurando o número do Kiri para eu dar um “Alô".
Encontro com facilidade e ligo, não dando nem três segundos e sendo prontamente atendido.
– Alô? – Escuto a voz incrivelmente máscula soar pelo aparelho, e eu abro um sorrisinho. Ele devia estar ou dormindo, estudando, brincando com os seus um milhão de pets inusitados ou malhando. Por quê? Porque Eijirou Kirishima só sabe fazer essas coisas da vida dele.
– Eai Kiri! É o Denki. – Coloco o celular ao meu lado e me deito de bruços, deixando no viva-voz.
– Oi brô! Tudo bem ai? – Na hora eu consigo sentir a energia boa que Eiji conseguia exalar mesmo que por uma ligação. Se eu me deixar influenciar, vou ficar falando baboseiras com ele até eu esquecer o meu nome.
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Purplish Vampire
Fanfiction" Kaminari Denki é um universitário de vinte e um anos que cursa artes em uma faculdade pública. Um simples jovem adulto nerd que posa de artista e que é viciado em mitologias e crenças, que passa noites e mais noites em claro fazendo pinturas ou pe...