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Se passou exatos dois dias em que Toga invadiu minha casa e eu levei um bofetão na nuca pela pergunta vulgar que fiz à ela sobre a reprodução dos vampiros. Hitoshi não podia me culpar, ele não me respondeu no dia em que tentei perguntar!
Cara chato, hein. Ainda apanhei de graça na minha própria casa!
Bom, saindo um pouco disso: Estamos na tal Semana de Lua Cheia, e nesses dois dias eu quase não falei e me esbarrei no Shinsou. Quando essa semana se iniciou, ele se manteve afastado de mim — Ou pelo menos foi o que eu notei. Ele nem ao menos andou me mandando mensagens, mesmo que ele só tenha feito isso uma vez.
Mas isso não é completamente ruim! Tipo, eu ando tendo mais tempo de fazer as minhas coisas, já que a minha inspiração voltou misteriosamente. E mesmo eu estando um pouco longe dele, Sero ainda me ignora como se eu não passasse de uma criança insignificante. Mas tudo bem! Tenho certeza de que nossa situação irá melhorar!
De qualquer forma, eu me encontro na faculdade, mais especificamente na minha sala escutando a aula maravilhosa do escandaloso do Yamada. E apertado.
— Ei, Izuku — Sussurro ao seu lado. Midoriya tira a sua atenção do professor e me olha de relance. — 'Tô indo 'pro banheiro rapidão.
— Ok, mas não demore muito para não perder muita coisa. — O esverdeado me dá um joinha e olha novamente para o Yamada.
Abro um sorriso, pegando meu celular com os fones e saindo da sala o mais rápido possível. Ligo os fones no celular e coloco na minha playlist, erguendo um pouco minhas mãos e balançando meus dedos ao som de GUY.exe do Superfuit. Jesus, música boa!
O banheiro mais próximo é no andar de cima, então eu subo as escadas de dois em dois degraus para ir mais rápido. Eu até tentaria três, mas minhas pernas são curtas demais para isso. Chego no andar e vou caminhando pelos corredores, dando uns passinhos e me arrependendo em seguida por eu quase me mijar por isso. Ficar mijado na faculdade é tudo o que eu menos preciso na minha vida.
Finalmente encontro o banheiro masculino e entro feliz. Mas isso dura pouco quando eu tomo um susto ao ver uma pessoa batendo a cabeça de forma bruta contra a parede.
E me assustei mais ainda por reconhecer Hitoshi fazendo isso.
— Shinsou? — Tiro meus fones. Shinsou para com o que estava fazendo e me olha. Mano, ele 'tá chapado?
Seus olhos estavam um pouco avermelhados; suas olheiras maiores; pele pálida e pupilas dilatadas.
— Kaminari. — Faço uma careta ao escutar a sua voz terrivelmente muito mais rouca do que os dias anteriores. Ele se afasta da parede, colocando a mão na testa, o local onde ele estava batendo na parede. — O que está fazendo aqui?
— Eu vim aqui mijar mas... cara, por que estava batendo a cara na parede? 'Tá doidão? — Me aproximo, tentando colocar minhas mãos em seu rosto, mas Shinsou cambaleia para trás, provavelmente um pouco tonto pelas batidas. — Calma, não vou te machucar.
— Eu sei, é só que... eu estou na semana da Lua Cheia e... — O arroxeado faz uma breve careta em dor. — Eu... ah...
— Shinsou? Você está bem? — Me aproximo novamente.
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Purplish Vampire
أدب الهواة" Kaminari Denki é um universitário de vinte e um anos que cursa artes em uma faculdade pública. Um simples jovem adulto nerd que posa de artista e que é viciado em mitologias e crenças, que passa noites e mais noites em claro fazendo pinturas ou pe...