Hanna Blunt
Mexo-me de um lado para o outro e estranhamente não sinto meu corpo cair sobre o chão. Usa as mãos passando na cama que repousava, estava confortável até demais para mim, sinto um cheiro diferente e gostoso, é masculino. Sugo toda o ar, aprovando a fragrância que exala o ambiente.
Lembranças me vem: Boate, dança,bebidas, elevador, homem,carro,beijo e sexo…
Abro os olhos e me levanto rapidamente, não reconheço o lugar. A luz incomoda minha visão, e uma leve tontura me incomoda por ter levantado rápido.
Volto minha cabeça para o travesseiro confortável. Olho em volta e é bonito, o quarto que estou possui poucos detalhes que é diferente mas não deixa de ser bonito.
Quarto? Esse cheiro masculino, eu estou no quarto de um homem que por acaso deixei entrar entre minhas pernas ontem.
— MDS! O que eu fiz?! — coloco as mãos na cabeça.
— Acordou. Bom dia, Hanna!
Ouço aquela voz de repente, pegando-me de surpresa, espantando os pensamentos, me assustei. Olho por debaixo do cobertor e estou completamente nua. Que vergonha.
Fecho os olhos, e respiro fundo.
— B-o..Bom dia! — criei coragem e respondi.
— Dormiu bem? — pergunta atencioso.
— Acredito que sim, e você? — olho para meu lado o lugar vago está bagunçado.
— Perfeitamente bem — ele sai da porta e caminha para um espelho que corre deduzir ser um guarda roupa. Tamanha elegância esse homem tem, e me pego o admirando.
Opa. aquilo é o closet dele que diferente. Eu preciso sair daqui, sumir da vista desse homem. Ele com certeza deve pensar que sou uma qualquer que caiu em seu charme, o que seria impossível alguém recusar.
" Mas, Hanna, sim, se estivesse sóbria. Acusa minha consciência "
Não irei colocar a culpa na bebida, sendo ela que sim, contribuiu para certas atitudes. Mas eu quis fazer.
Aproveito que entrou em seu closet e me levanto da cama, mas logo volto a deitar.
— Huuum..
Sinto uma dorzinha em minha parte íntima quando dobro meu corpo ou seja quando sento. Fecho os olhos e tento novamente, e não ligo para o desconforto dessa vez, só quero sair daqui e não tenho muito tempo.
Olho em volta do imenso quarto à procura da minha roupa e a vejo em cima de uma poltrona. Ando até lá olhando para onde o homem foi, não quero ser flagrada nua. Não mesmo.
— Aconselho a não usar novamente essa roupa.
Sou flagrada por ele, e logicamente levei outro susto. Sua voz me causa arrepios.
Ele agora está vestido num impecável terno. Impossível não babar olhando esse homem, seus olhos são tão lindos e estão olhando para baixo.
Sigo seu olhar e ruborizo, raiva e vergonha se apossam do meu ser. Estou completamente nua pela segunda na frente deste homem.
— Vista isso!
Mostra a roupa que está em suas mãos.
— Eu agradeço. Mas não precisa, eu irei usar minhas roupas.
Tento com minhas mãos cobrir os meus seios e minha parte íntima. Esse homem não vê meu desconforto, ele continua me olhando descaradamente.
— É para vestir isso aqui, Hanna, não irei repetir novamente — agora ele está começando a me assustar. — E faça logo isso. Tenho uma viagem para fazer, e se continuar nua na minha frente irei te foder só que dessa vez de verdade.
Diz num tom rouco, e sem pudor nenhum. Suas palavras atingiram em cheio minha vagina que contraiu dando leves mortal, fiquei sem reação alguma a não ser continuar olhando embasbacada por suas palavras.
— Pelo menos vire, para que eu me vista. E por favor! jogue o vestido — peço.
Ele sorri de lado, e joga.
Pego o vestido, virei de costas para ele que também se encontrava virado. Visto a calsinha e em seguida o vestido que não precisava de sutiã. Um pouco confortável por finalmente estar coberta, não foi surpresa saber que ele em todo momento ficou me olhando.
— Eu preciso ir .. — olho para baixo. Escuto seus passos e tenho vontade de sair correndo.
— Vamos tomar café! — Isso não foi uma pergunta, ele está na largura de um braço de distância de mim.
— Eu realmente preciso ir. Minha mãe deve está preocupada — dessa vez o encaro, seus belos olhos não expressam nada.
— Quando nos veremos novamente? — pergunta, fico surpresa e penso em algo.
— Declan, O que aconteceu ontem foi um erro. Não que tenha sido ruim, mas... eu não sou assim, não costumo fazer isso, na verdade é a primeira vez que faço, sair com um desconhecido e ...
— Transa!.. — completa a frase, ele presta atenção em cada palavra que sai da minha boca.
— Isso. Não sou o que você precisa ou pensa, eu não sou pra isso! Me desculpe.
Sei que esse homem está atrás de um brinquedo sexual por mas que tenha sido bom noite passada. Não quero um relacionamento assim.
— Não precisa pedir desculpas. Eu entendo. Teremos tempo para discutir sobre isso.
O olho sem entender.
— Danilson te levará até sua casa em segurança.
Beija no canto da minha boca. Suspiro.
— Quem é esse?
— Um dos meus motoristas. Derik vai me levar até meu jatinho.
Responde minha pergunta. Derik trabalha com ele, então isso quer dizer que ele é um Goode.
— Você é irmão da Agatha? — pergunto, não evito a surpresa em minha voz.
— Sou. Você não sabia?
— Sabia que ela tinha um irmão, mas não que era você.
— Parece decepcionada.
— Não, só estou um pouco surpresa.
Ele nada diz. Pega minha mão e me conduz para fora do quarto, sua cobertura é muito linda. Quando entramos no elevador lembro do episódio na boate e tenho vontade de me enterrar no lugar.
Saímos do edifício e um homem moreno que imagino que seja o Danilson abre a porta para mim.
— Quando voltar da Itália conversaremos melhor. E não quero que trabalhe mais naquela lanchonete.
Beija minha boca e não consigo o rejeitar. Fico sem fôlego.
Entro no carro ofegante, e um pouco atordoada com suas últimas palavras.
Onde fui me meter. Bato de leve na minha testa...