•CAPÍTULO ONZE•

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Hanna Blunt

Aquelas palavras "Vamos Brincar" fizeram meu corpo congelar, sentir como se minha alma tivesse saído. Declan estava falando, sentia o toque de suas pesadas mãos, mas não conseguia reagir.

Minha mente parou em uma lembrança horrível, que não consegui apagar da memória.

Gritos, barulhos de tapas, cinto, correntes. Gritos horripilantes que saíam da garganta da minha mãe.

O som da voz de Alaric no meu ouvido. Palavras sujas, humilhantes. Que ele falava para ela.

Acordei no meio da noite, estava com sede, queria água. Chamei a mamãe e não obtive resposta alguma, levantei e olhei pela janela do meu quarto e vi o carro Alaric.

Ao abrir a porta, quando comecei a caminhar pelo corredor, ouvi um gemido sofrido. Continuei a andar e cheguei na escada, e o som de correntes encheram meus ouvidos, cada degrau que descia, ouvia sons, parecia que alguém estava levando uma surra.

Meu coração estava disparado, e tudo em minha volta parou, quando vi o que acontecia com minha mãe. Ela estava acorrentada, Alaric alternativa em golpes com cinto e suas mãos, nas nádegas e costas da mamãe.

Está gritando muito — ele disse. — Não quer acordar nossa filha, quer? — perguntou rindo. Havia uma blusa minha por ali e ele a pegou e enfiou sem delicadeza alguma na boca dela. — Vamos brincar, mais um pouco!

Não consegui mover nenhum músculo,só fiquei ali parada somente assistindo.

— Porra , Hanna!!! — alguém falou alterado.

A voz fez com que eu saísse do meu pesadelo, minha vista antes com aquelas imagens, foi aos poucos vendo o rosto de Declan, que estava  chamando-me. Sentir sua mão em meu rosto,o virando de um lado para o outro.

— PORRA, ACORDA! — dessa vez falou mais alto.

— Não sou surda.. — consigo falar, e mexo meu corpo. Percebo que estou no colo de Declan.

Ele passa as mãos por minha testa e faz uma trilha pelo meu rosto, verificando se realmente voltei.

— O que aconteceu? — pergunta.

— Você me deixou apavorada — respondo, movimento meu corpo para sair de seu colo mas ele me puxa e meu sexo se encontra com o dele. Ele ainda está nú.

— Não se mexa! — sua voz sai um pouco arrastada, ele não está com uma cara boa. — Me explique!

— Explicar o que?

— Porra — ele se levanta, e me põe no chão. Me encosto na parede, ele fica de costas. — Tem pânico do que exatamente, e porque?

— Não tenho.. — digo, olho para baixo.

— É melhor responder — se vira para mim. — Se não, na próxima vez, irei continuar, sem problema algum.

— Você não viu? — pergunto. — Você me deixou assustada, fazendo essas coisas.

— O que te assustou?

— Suas palavras, essa droga de pano na minha boca — digo aflita.

— Isso não é bastante, para a forma que ficou.

— Tenho traumas....  quando vejo,ouço certas coisas meu corpo paralisa — falo, e meu corpo treme.

— Tem que ir ao psicólogo! — fala e vai até um caderno, acredito que de anotação.

— Não é necessário, Declan — falo. — Não preciso disso.

— Precisa sim — me olha passivo. — Não quero você com problemas.

| Minha Mulher | Romance Dark🔞 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora