•CAPÍTULO VINTE NOVE•

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HANNA — NARRANDO

Passaram-se minutos, talvez horas dentro desse carro, estou à beira de ter um colapso, estou enjoada, preciso esticar minhas pernas. Não quis mais perguntar para onde Arley está me lavando. Olho pela janela e vejo agora somente mata, de um lado e do outro, na frente aparece só a estrada de terra.

— Precisa ir para tão longe me matar, Arley..

Meu tom é irônico, o deboche vem acompanhado dessa gravidez, estou ousada e sem paciência, quase bati no meu próprio pai o que é errado apesar de tudo que ele tem feito.

— É, preciso, Hanna! — respondeu o que ao menos foi uma pergunta.

Dei de ombros, minha coragem está maior que o medo que sinto nesse momento. Se não estivesse grávida, teria atacado Arley aqui dentro sem ligar para o que poderia acontecer por minha imprudência.

Voltei a me concentrar em descobrir onde estávamos, agora vi o que  parecia um prédio abandonado. Abri a janela para ter melhor visão, era realmente um prédio mal acabado, à medida que o carro ia se aproximando,ia vendo com mais clareza.

Arley apertou no botão fechando o vidro da janela fazendo-me tirar meus olhos do lugar. Ele parou o carro, fiquei atenta, quando saiu e abriu a porta para mim, o mato estava húmido.

— Fique quieta! — disse.

Começamos a andar para dentro do lugar, havia carros velhos ali. Chegando perto de uma porta de ferro velha, Arley pegou no meu braço e percebi sua intenção, ele ia me jogar lá dentro. Quando ele abriu a porta fui mais esperta, e tirei sua preciosa arma de sua cintura e apontei para ele.

Assustado ele me olhou.
— Hanna, me dá essa arma!

— Não confio em você, Arley.

— Não vou fazer nada com você.

— Você matou o Declan, sua palavra não vale de nada para mim.

Através da porta ouvir vozes, barulho de coisas batendo, parecia que alguém estava discutindo.

— Quem mais está aqui? — perguntei.

— O pessoal do seu pai — respondeu.

Suspirei. Não ficaria aqui para ter prova do que ele disse, pouco me importa conhecer essa turma. Devagar Arley veio se aproximando de mim, mas eu o fiz parar, está com uma arma na mão te faz se sentir poderosa, sente que está no controle da sua vida, e de quem está sendo seu alvo.

— Vamos voltar para a mansão!

Continuei parada olhando apontando a arma para ele.

— Vai atirar, Hanna? — perguntou.

— Porque não atirar?

— Você não é uma assassina.

— O sangue de Alaric corre em minhas veias.

— Mas, você não é ele, não sabe o que está fazendo apontando essa arma para mim.

Ele começava a ficar tenso, o suor escorria por sua testa, o jeito que engoliu em seco e olhou ao redor.

| Minha Mulher | Romance Dark🔞 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora