Hanna Blunt
Pelo resto da semana, dedico-me aos estudos e ao meu trabalho, irei fazer uma prova e estou confiante de que conseguirei passar para retornar à faculdade.
As meninas estão ocupadas também, essa semana é de prova para elas.
Meus dias tem sido muito cansativos, as coisas vão bem graças a Deus. Quase não tenho tempo para mim, muito menos para mamãe que está trabalhando dia e noite, e isso me preocupa. Mesmo recebendo meu salário, ela insiste que precisamos ter mais dinheiro, para qualquer emergência. Essa que sei exatamente qual é.
Hoje é minha folga e dei uma geral na casa, mamãe só chegará pela noite. Ela disse que têm uma ótima notícia para me dar e eu estou curiosa para saber.
Resolvo ligar para tia Marta a fim de saber como está , sempre ligo as quartas porque sei que não está muito atarefada. Ela foi minha cuidadora desde quando ainda era um bebê, ela fazia isso por amizade que têm com mamãe , ela é a única que sabe do que papai fazia e consequentemente comigo. Ela sempre me ajudava e chorava comigo pois não podia falar nada, foram tempos difíceis.
No terceiro toque ela atendeu e meu coração se alegra só em falar com ela. Já deveria ter feito isso, mas não sei qual será sua reação ao saber que voltamos.
◇◇ Ligação ◇◇
— Como você está, filha? — por um momento, hesitei, e tenho toda atenção nela
— Estou bem. E a senhora?. Estou com muitas saudades — digo com coração apertado no peito. Escuto ela fungar, não quero que ela chore. — Tia não chore, logo nos veremos novamente.
Ela também fazia curativos na mamãe, e me dava comida quando não tinha. Sei que quando fala comigo ou com a mamãe, ela se lembra das coisas desagradáveis.
— Espero filha, quero ver vocês . E sim eu estou bem. E Fernanda como está? ela está se cuidando?
— Ela está ótima tia. Só anda trabalhando muito, é muito teimosa.
— Ah! Eu fico muito feliz por isso. Ela precisa se cuidar, não estamos mais tão nova — rir.
— Realmente! — concordo, tirando graça.
— Não é para concordar mocinha! — se finge chateada. — Hanna, você conheceu alguém?
Ela não dá nem uma pausa, fico rindo. Tenho vontade de falar que conheci alguém, mas me envergonho do que deixei acontecer.
— Não, tia. você seria a primeira a saber caso tivesse conhecido.
— Hanna, você precisa realmente sair mais, querida. Você me preocupa.
— Tia , eu estou bem. Como Arley está? —
como sempre, distrair é a melhor política.◇◇◇◇
Mais tarde naquela noite, liguei para Arley meu amigo de infância , que é filho da Marta ele estava fazendo faculdade de direito. Éramos inseparáveis, na verdade ele quem tirou meu BV foi minha primeira paixão de adolescência . Namoramos escondido, e acabei perdendo a virgindade com ele.
Eu tinha 15 anos quando isso aconteceu, faz bastante tempo, acho que foi por isso que senti dor quando fiz com ...
Como sempre meus pensamentos me levam a esse homem, que não consigo esquecer as vezes sinto seu toque e o olhar fulminante dele na minha pele.Depois de ter entrado no carro não mostrei onde realmente era minha casa, o motorista com certeza informaria ele, e não sei se devo confiar, ele pode ser um maníaco, nunca se sabe.