HANNA — NARRANDO
Encaro Declan esperando que fale alguma coisa, mas somente fica calado, solto seu braço e me ajeito para beira da cama, por estar nua tomo cuidado.
— Não .. — segura meu pulso, apertando levemente.
— Preciso ver minha mãe, Declan — tiro sua mão.
— Filha, não precisa ficar preocupada.. — ela fala parcialmente calma, tia Diana tenta disfarçar sua preocupação.
— Impossível tia, Alaric.. ele vai … — não consigo terminar, olho para cima, para evitar deixar lágrimas cair. — Tia me dê esse roupão, por favor!
— Não! — tia Diana se atém quando Declan fala. — Mãe, nois deixe a sós.
Ela apenas acena e sai do quarto.
— O que pensa que vai fazer? — me levanto da cama, ficando de costas para ele, não me importo por estar nua.
— Vou ver minha mãe — pego o roupão. — Por favor, não me impeça ..
Tento desviar dele, sei que está atrás de mim, mas é inútil. Suspiro cansada fisicamente e agora mentalmente por minha cabeça estar lembrando várias cenas do passado.
— Se acalme — passa as mãos pelo meu rosto.
— Preciso ir embora, com a mamãe... Ele vai fazer de novo, eu não quero, Declan, não quero que minha mãe seja machucada de novo... — suspiro aflita.
— E me deixar, Hanna? — expressa aborrecimento. — Quer ficar longe de mim?
— Não se trata disso, pode ir atrás , posso mandar o endereço depois — sugiro esperançosa.
— Faria isso? — sua voz é ácida. — Me diria onde estar?
— Você me encontraria.....
— Sim, e não sei o que faria com você — aquele não era o momento para ser rude, abraço sua cintura. — Na cama.. — completou.
— Não duvido disso — engulo em seco, sentindo efeitos de suas palavras. — Não faça isso agora, tem que me ajudar a sair daqui.
— Isso não vai acontecer — aperta meu rosto, passando de algum jeito segurança.
— Você não conhece ele, ele vai fazer de tudo para acabar de vez com ela — meu peito dói em pensar nisso.
— Hanna, prometi que iria proteger vocês, e é isso que vou continuar fazendo.
— Mas ... leve pelo menos a mamãe para longe daqui..
— Silêncio, se acalme, pode passar mal — me puxa para cama onde se senta, faz eu ir junto sentando em seu colo, cada perna ao redor dele. — Confie em mim, ele não vai fazer nada com a Fernanda, muito menos com você.
Me concentro em suas palavras que trazem conforto para mim.
— Alaric não manda em nada, ele está abaixo de mim, sou o líder dele. Deixarei claro a questão de Fernanda, ele não tem direito sobre ela.
— Você pode fazer isso?
— Posso — afirmou. — Esse filho da puta não tem poder em nada, ele tem medo de mim.
— Medo você?
— Sim, sou pior que ele — diz.
— Pensei que ..... — recordo de uma briga nossa.— Sou pior em resolver questões do trabalho, não em relação a cuidar da minha mulher.
— Declan, eu não....
— Shiii, nada vai acontecer — encosto minha cabeça em seu ombro.Fecho meus olhos, me sinto uma criança sendo acalentada por quem menos poderia esperar. Ah, Declan você é tão tão...