HANNA — NARRANDO
O silêncio se fez presente no quarto de Declan, depois daquele momento excitante na cozinha, pelo qual ainda me recuperava, restava agora somente um clima estranho.
Declan se fechou, o que me deixou constrangida, sentir como se tivesse feito alguma coisa errada. Se fosse por meu pequeno deslize, estava sossegada pois não sentia dor em parte alguma, a não ser minhas nádegas que estavam ardidas pelos tapas, mas nada sério.
Aproveitei enquanto estava no banho, para pensar com clareza se contava o que aconteceu na farmácia.
— Não vai tomar banho? — primeira coisa que perguntou, quando saiu do banheiro.
— Pensei que fosse me levar junto com você — comento, sua atitude foi surpresa para mim, na verdade tudo está sendo.
— Hanna, conversamos a respeito disso — diz impaciente. — Enquanto não estiver boa, vou evitar ao máximo.
— Vai começar a me ignorar?
— Fiz isso hoje com você? — abaixo a cabeça, talvez esteja sensível demais.
— Preciso te contar uma coisa — decidi não esconder nada.
— Conte! — se senta na poltrona, ainda não se vestiu.
— Hoje na farmácia, um homem falou comigo — sua atenção que estava nas próprias mãos, se voltou para mim. — Sabia meu nome.
— Como ele era? — pergunta.
— Não lembro, não prestei atenção — descrever aquele homem não conseguiria, mas se o visse novamente o reconheceria.— Tocou em você?
— Apenas no meu cabelo — me encolho entre os lençóis, quando ele se levanta e esmurra a porta do quarto.— Só isso?
— Perguntei como sabia meu nome, e apenas respondeu que uma amiga havia lhe dito. E falou sobre a barra de chocolate que certos tipos precisavam ser quebradas — sinto medo apenas de lembrar. — O jeito que ele falou, foi insinuando alguma coisa.— Mais alguma coisa? — me olha aterrorizante, suas feições são de puro ódio.
— Dois homens ficaram me observando lá, um acenou e o outro quis se aproximar, mas Agatha apareceu e eles apenas foram embora.
Tampei os ouvidos, para não enlouquecer com os barulhos causados pelos socos, nada sutis que Declan desferia. Preocupada, desço da cama para tentar acalmá-lo.
— Não se aproxime! — fala sem se virar para mim.
Fico em alerta, sua voz odiosa me deixa assustada. Mas, não posso deixá-lo nesse estado, sem dar atenção para seu aviso, o abraço por trás. Penso que dá certo, por sua respiração desacelerar.
— Não sairá da porra dessa casa, sem mim, Hanna — num movimento brusco, suas mãos estão em meu pescoço. — Estou sendo claro? — aproxima seu rosto, balanço a cabeça concordando, ele me solta.
Afasto-me dele, para minha segurança, seu autocontrole para se perder está por um fio, não tenho como ajudá-lo, pelo menos ainda não sei como.
Optei ir para o banheiro, tirar os vestígios de gozo que ainda há no meu corpo.
• • •
DECLAN — NARRANDO
Olho para o estado da porta do quarto, respiro fundo, tomo minha atenção rumo ao banheiro. Vontade de entrar lá, e tomar Hanna novamente, somente para aliviar a raiva e preocupação que começo a sentir.
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| Minha Mulher | Romance Darkđ [CONCLUĂDA]
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