Arranged marriage // Manjiro Sano

Capítulo XV

Capítulo grande com 7207 palavras, desculpem.

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— Acabou de se arrumar? Tô morrendo de fome. - ele te gritava enquanto estava na sala.

Não fazia nem dois minutos que você tinha saindo da sala para se arrumar, e o Sano já estava berrando que já estava demorando.

— Espera, cacete! - gritou de volta.

Tomou um banho só para deixá-lo esperando. Ao acabar, vestiu uma calça jeans não muito colada com rasgões nos joelhos, e uma camisa preta comum. Passou o pente pelos fios do cabelo só para arrumar. Depois escovou os dentes e calçou algo nos pés.

— Vamos. - saiu do quarto depois de passar perfume no corpo e pegar mais algumas coisas: celular, fones...

Manjiro não falou mais nada, mas estava feliz por finalmente você sair do quarto. Andou até a porta, a abrindo e tirando a chave da fechadura, e você foi logo atrás. Dali foram direto para o elevador, não falavam nada durante o caminho.

Saíram do prédio e você pediu para irem andando, já que você estava com dor de cabeça e não queria ouvir muito barulho. Ele disse que tinha um restaurante ali perto, e então te levou até lá.

No caminho iam conversando pouco pois você tentava evitar muita conversa. Ao chegar, vocês sentaram em uma das mesas que estavam desocupadas, logo trataram de fazer os pedidos.

Não era muito longe do seu prédio, então nem cansava a andada. O restaurante não é lá muito grande ou chique, é bem simples e pequeno mas também não deixa de ser confortável. É bem ventilado pelo ar que saia tanto pelas várias janelas quanto pelo ar-condicionado.

Antes dos pedidos chegarem, Manjiro tagarelava como nunca. Te contava tudo o que aconteceu durante o dia na escola, pois achava que você estava interessada, mas aquilo só estava fazendo sua cabeça doer ainda mais.

Quando os pedidos chegaram, você pensou que ele iria fazer o mesmo show da última vez por não ter bandeirinha. Mas não. Ele havia trazido sua própria bandeirinha que você lembrou logo quem deu.

Você sorriu mínimo e começou a comer o que havia pedido, mas, para o azar da sua dor de cabeça, Mikey continuou tagarelando.

— Mikey. - o chamou já sem paciência - Cala a boca!

Naquele momento, toda a animação que o garoto estava sentindo foi embora. Era horrível a sensação de estar todo animado contando algo e a pessoa simplesmente o mandar calar a boca.

— Tá... - disse baixo, colocando um mini sorriso no rosto.

Ele abaixou a cabeça por alguns poucos segundos e depois a ergueu só para comer. Tentava comer sem fazer nenhum barulho sequer para não te incomodar, enquanto você continuava a comer.

Os minutos foram passando e quando a sua comida estava acabando, olhou para Mikey que estava meio triste, mas, quando percebeu que você olhava para ele, colocou um sorriso pequeno no rosto.

Você não sabia ao certo o motivo daquilo, mas sentiu uma pontada no peito quando o viu triste.

— Termina a sua história, Sano. - mandou. Não queria saber se sua cabeça iria doer ou não, só queria ver a empolgação no rosto dele novamente.