Capítulo XXXVIII

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平和と愛
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Sentada na única cadeira do sala branca, pisquei devagar os olhos ainda me acostumando com a claridade do ambiente. Ontem a noite tia Bela levou Ryoko para tomar um banho e, talvez, descansar um pouco. Algumas horas depois, Stefany e Giovanni foram para casa, me deixando sozinha no hospital. Decidi ficar onde Keisuke estava, achei que seria menos perigoso.

Bocejei me espreguiçando e fechando os olhos novamente. Estou exausta, ontem não dormi direito e hoje também não. Encostei minha cabeça na parede cruzando os braços em frente ao peito.

Estava quase voltando a dormir quando ouvi um murmúrio. Abri os olhos rapidamente, olhando para os quatro canto mas não vendo ninguém. Me levantei, me aproximando lentamente de Keisuke ainda um pouco desconfiada. Em frente a cama de hospital, encarei o rosto tranquilo do garoto.

Acho que foi o cansaço...

Fiquei mais alguns poucos minutos encarando-o de perto, depois dei as costas. E novamente ouvi como um chiado, dessa vez foi atrás de mim. Me virei de forma brusca, procurando de onde veio o som.

Parei os olhos no moreno novamente, encarando seus olhos fechados. Do jeito que estava fiquei. Não tem como ser outra pessoa, o barulho foi atrás de mim e só tem nós dois aqui dentro. Também pensei na possibilidade de ter alguém em baixo da cama, mas a mesma é baixa de mais para caber alguém. Olhei tanto que acabei me perdendo, só voltando quando senti algo encostar em minha mão.

Me estremeci dos pés á cabeça, pulando com tudo para trás. Fiquei de longe olhando para todos os lados assustada. Estava em um puro silêncio, silêncio esse que não demorou para ser cortado.

— Aí caralho – a figura, que até agora estava "dormindo", levou a mão ao peito onde foi atingido, fazendo uma expressão dolorosa após rir.

— Keisuke? – me aproximei rapidamente, o encarando com os olhos arregalados – Você a-acordou...

— E isso não é bom? – levantou as sobrancelhas em confusão – Parece até que viu fantasma.

— Seu idiota – enxuguei as poucas lágrimas que desceram, o xingando irritada – Você quer me matar?

— Foi muito bom te ver assustada – brincou

— E agora? – olhei para a porta da sala e depois para o moreno – Eu tenho que chamar um médico, né? Você acordou, acho que eles tem que saber.

— Uma médica passou aqui logo cedo, não precisa chamar ninguém.

— Você tá acordado a tanto tempo assim? – olhei as horas no relógio acima da porta de entrada. 09:20am

— Acho que sim. – ele fez que ia levantar, mas impedir

— Tá pensando em fazer o que? Não pode fazer esforço! – apontei séria – E que ideia foi essa de entrar na minha frente? Tá maluco?

— Eu tô vivo, não tô? – sorriu provocativo – Eu faria tudo de novo, porque gatos tem sete vidas.

— Eu tô falando sério! – reclamei – Se você morresse... – senti que iria chorar, então deixei a frase morrer – Baji, me desculpa por meter você nisso!

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora