Capítulo XLIV

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平和と愛
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Pisei no acelerador, levando uma das minhas mãos até meu vestido, impedindo de subir. Óbvio que não sei andar direito de carro, mas com as poucas aulas de Giovanni eu aprendi um pouco. Abri as janelas deixando o vento entrar e bagunçar meus cabelos, olhei para Yuri e o vi colocando o cinto.

— Tá com medo? – indaguei tirando a concentração da pista e rindo do meio a meio.

— Olha pra rua! – ele gritou assustado, apontando para frente. Eu gargalhei de seu drama e voltei a atenção para pista.

Vi, de longe, a moto do Baji curvando a rua. Entrei no mesmo lugar sem nem diminuir a velocidade do veículo. O garoto continuou entrando de rua em ruas, me deixando irritada com tal gesto. Keisuke sabe que estamos seguindo, ele mesmo olhou várias vezes para trás. O que custa parar a porra da moto?

— Segura firme aí. – avisei antes de pisar fundo no acelerador. As mãos suadas me causa incômodo, mas ignoro isso as apertando no volante.

Passei da moto de Keisuke, me distanciando um pouco para surpreende-lo depois. Com uma distância segura, girei todo o volante, jogando o carro de lado e pisando no freio. Ouvi o barulho dos pneus e soltei todo o ar que havia prendido quando percebi que deu certo. O Baji parou sua moto, arrancando o capacete.

— Tá maluca, porra? – alterado, Keisuke perguntou em um grito.

Abri a porta do veículo e sai, descendo o vestido.

— Se eu não fizesse isso, você não pararia. – respondi me apoiando na lataria.

Me assustei quando Yuri saiu correndo do carro, com as mãos na boca. Ele se agachou no canto da rua e vomitou.

— Você tá bem aí, garoto? – questionei fazendo careta de nojo.

— E-eu tô sim. – levantou, andando desengonçado até o carro.

— O que você quer? – Baji tomou minha atenção.

— Saber o motivo de você agir daquele jeito. – direcionei meu olhar ao dele.

— Que jeito? Eu apenas resolvi andar de moto, não posso? – ele pode não saber, mas é um péssimo mentiroso, seu rosto logo entrega.

— Claro que pode, não tô falando disso. – me agachei e tirei os saltos, jogando-os dentro do carro e andei até Baji. – Por que ficou tão irritado do nada?

— Eu não fiquei irritado! Por que acha isso? – ele soprou, levando as mãos até os fios grudados no rosto e os tirando de lá.

— Talvez porque foi isso que você fez parecer quando quase quebrou minha unha só pra tirar seu braço de mim. – retruquei, parando em frente ao moreno – Qual é, Baji! Eu sei que não gosta do Yuri, mas precisava mesmo fazer aquilo?

— Não vi nada demais, você é dramática. – revirou os olhos, evitando contato visual.

— Então vamos voltar pra festa. – tentei segurar em sua mão, mas o mesmo a tirou do caminho quando percebeu.

— Vá você e o Enzo. – suspirei pesado, tentando - a todo custo - ter um contato visual.

— Isso tem nome, hein. – avisei, sorrindo em provocação – Você tá com ciúmes?

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora