Capítulo LXXI

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Notas iniciais.

Antes de julgarem quaisquer comportamento dos personagens, tentem entender tudo direitinho. Falo isso para evitar comentários chatos.

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A música chata e lenta foi pausada, causando cochichos por todo salão. A maioria aqui está sob efeito de alguma coisa, não querem saber se a música estava sem graça, o importante era dançar.

— Se acalmem, seus putos. – O sorrisinho gritou, chamando a atenção de algumas pessoas, inclusive a minha. – Vou movimentar essa festa, hehe.

Assim que se calou, os primeiros sons da música já me fez sorrir, sei exatamente qual é. Olhei para Hina, dando uma risadinha sapeca e recebendo um da mesma.

Esse foi o resultado de eu inventar de levar Smiley para o Brasil, e, para ser bem sincera, está sendo incrível.

— Movimenta, ah experimenta. – Cantei, acompanhando algumas das pessoas em um único som. – Me dá o cu, como se fosse sua buceta.

— ENTÃO VEM, MULHER... – Baji, Chifuyu, Kazutora, e Yuri passaram gritando, abraçados um no outro e pulando como loucos. – QUERO VER SE TU AGUENTA...

Quem sabia estavam gritando (os que eu levei para passar uma temporada no Brasil em uma viagem que eu e Mikey resolvemos fazer, e os amigos que arrumei lá e convidei para o casamento), já os que não entendem a língua, apenas dançam curtindo a batida.

Pulei, erguendo o copo de vodka e cantando. Mesmo que esteja tudo muito divertido, sinto que ficaria melhor se ele estivesse aqui comigo. Logo no dia do nosso casamento, o cara não se anima.

— SE ENGASGA... VAAAAI – Tomei um susto com Smiley passando por trás de mim. Olhei, rindo quando o ruivo tentou dar uma sarrada, que ficou até um pouco legal, mas foi engraçado. – MAS NÃO PODE BABAR NO...

— [Nome]! – Olhei para Hina, que apontou o copo vazio para mim. – Bora encher?

— Só se for agora. – Ri, virando o que sobrou do meu copo, depois a pegando pelo braço e correndo para o bar.

Quando consegui passar pelas pessoas, e chegar no meu destino, encontrei Mikey sentado em um dos bancos, com uma cara nada boa enquanto toma um refrigerante de garrafinha. Entreguei meu copo para Hina, pedindo que coloque a bebida para mim, depois fui até ele.

— Que foi, paixão? – Pergunto, sorrindo amigável, parando em sua frente e sentando em seu colo. Meus braços passaram pelos seus ombros, enlaçando-os em seu pescoço. Deixei um selinho no biquinho que formou em sua boca. – Tá triste?

— Tô normal. – Respondeu seco, se negando a colocar as mãos na minha cintura, como sempre faz quando sento em seu colo.

— Então vem curtir comigo. – Dei outro beijinho, agora no canto direito de sua boca.

— Tô de boa aqui.

— Por que você tá assim hein? Não tô te reconhecendo. – Levantei uma sobrancelha, falando um pouco mais sério.

— Eu já falei que tô normal.

— Não tá! – Saí do colo dele. – É sério que curtir em outras festas você sabe, mas na do seu casamento não?

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora