Capítulo XLIII

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平和と愛

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Comecei a cantarolar quando uma música que eu conheço tocou. Já faz um bom tempo que a festa começou e até agora não tem nada de legal. Tomei um gole do meu refrigerante, batendo os pés no ritmo da música e apoiando a cabeça nas costas de minha mão.

— Festa chata do caralho. – Baji reclamou voltando com um copo em mãos.

Keisuke tinha saído porque a mãe dele chamou, parecia que Chifuyu ligou. Ele se sentou na cadeira à frente e me imitou no gesto. Nossos olhos se encontraram, pareciam falar comigo. Eu sorri de canto, entendendo perfeitamente o que queria dizer com aquele olhar.

— Só vamos. – me levantei rapidamente, segurando a mão do garoto.

[...]

— Rápido, Keisuke. Isso é tudo que consegue? – provoquei o moreno, que sorriu malandro.

Meu peito subia e descia, e minhas pernas já estão doloridas. De fato, correr usando saltos não é coisa boa.

Chegamos na garagem, fiz com que o grande portão subisse e adentramos o local. Descansei minhas mãos em meus joelhos, recuperando o ar que perdi.

— Como consegue ser tão rápida usando esses caralhos? – o de cabelos longos indagou ao parar do meu lado.

— Eu fui até devagar, você que é molenga. – coloquei a mão em seu ombro, empurrando com leveza.

Desfilei até um dos carros, sentando em seu capô. Chamei Keisuke com o dedo indicador, sorrindo sapeca. O Baji se aproximou e sentou ao meu lado, encarando os próprios pés.

— No que tá pensando? – perguntei, levando uma das mãos até seu joelho.

— Meus gatos. – respondeu tristonho.

— Relaxa, Chifuyu tá cuidando deles. – afirmei deitando na lataria, colocando as mãos por trás da cabeça.

— É, eu sei. – ele continuou sentado – Poderíamos andar de moto, não acha?

— Acho, mas não podemos. – soltei o ar pelo nariz, fechando os olhos em seguida – Já vou levar um bom sermão só por deixar a festa antes de acabar.

— Que merda. – resmungou.

— Parece que quem tá amando a festa é sua mãe. – troquei de assunto, abrindo os olhos – Você viu ela com aquele velho?

— Aquele fudido de cabelos brancos? – ele me olhou com as sobrancelhas erguidas. Eu confirmei com a cabeça, então ele virou o rosto – Eu vi, espero que ele morra!

— Keisuke! – repreendi o mesmo – Qual é? Ele é um velho bonitinho e parece que sua mãe gostou dele.

— Ele vai ganhar um soco na garganta, isso sim. – seu tom é grosseiro, me fazendo gargalhar – O que é engraçado?

— Você com ciúmes de sua mãe. – respondi ainda rindo – Ryoko é nova, Keisuke. Deixa a mulher aproveitar a vida!

— Ela não precisa de outro homem, já tem eu. – ele se levantou – E se você continuar insistindo nisso, eu vou voltar pra festa.

— Calma aí. – me sentei – Eu não vou falar mais nada.

Ele resmungou algo baixinho antes de voltar ao seu lugar. Eu segurei a risada para não deixá-lo irritado, mas estava difícil.

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora