Capítulo XXII

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平和と愛  

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   Sentada na cadeira dura da escola, batucava meus dedos impaciente na mesa almejando a hora de ir embora.

Bla pra lá, bla pra cá, e nada entra na minha cabeça. Me encontro observando os movimentos de Aika, a professora que está na sala. Ela, parada em frente ao quadro, tenta explicar o máximo do assunto para seus alunos, seguindo seu conhecimento. Sua boca abre e fecha, dela sai frases que, provavelmente, os alunos estão escutando, mas eu não consigo ouvir sequer uma palavra. Não, eu não estou surda, só não estou conseguindo prestar atenção em nada.

Meu corpo está na sala, mas minha mente está em outro lugar. Um lugar? Nao, minha mente está em uma pessoa.

A que ponto eu cheguei? Nunca imaginaria que um dia ficaria tão obcecada em uma pessoa como estou agora. Não consigo mais conversar com alguém sem ter que manda-la repetir o que foi dito várias vezes, pois, por mais que eu tentasse prestar atenção, a voz dele invadia minha mente sem nem pedir permissão, tirando toda minha concentração.

Ah, quem me dera estar agora abraçando aquele corpo cheiroso, enquanto o ouvia reclamar dos restaurantes que não lhe davam bandeirinhas. Céus, como eu daria tudo pra ter ele agora, pelo menos para ficar olhando para aquela cara linda.

Mikey, que diabos você fez comigo?

— [nome], você pode entregar esses papéis para os alunos? — a professora pediu, deixando os papéis com as atividades em cima de minha mesa.

Com o pedido inesperado, me estremeci assustada. Balancei a cabeça várias vezes para espantar os pensamentos não bem vindos na hora da aula.

— Claro. — que não! - quis acrescentar -.

Peguei-os nas mãos e me levantei para entregar as atividades. Quando terminei, tirei o meu e entreguei o que sobrou para a professora, ela agradeceu e eu me sentei.

— Essa atividade é para vocês fazer em casa e me entregar na próxima aula. — ela disse — Estão liberados!

Levantei num pulo, pegando minhas coisas e andando apressadamente para o lado de fora da sala.

Ontem, quando todos fomos para casa, Mikey disse que passaria na escola para me buscar, disse que iria me levar em um lugar.

No corredor me bati de frente com Lucca, ele estava saindo de sua sala. Nos olhamos por alguns segundos, depois cada um foi para um canto, é estranho ver que não sinto mais nada por ele em tão pouco tempo.

Em frente a saída, vi uma pessoa que não queria ver de jeito nenhum hoje. — Kisaki? — o chamei

— Finalmente saiu, né? — disse irritado — Vem, sobe aqui!

— Mikey disse que vem me buscar.

— Eu sei, mas ele não vai vir. — respondeu impaciente

— Como você sabe?

— Não te interessa, agora sobe nessa porra logo! — Kisaki

— Pra que-

— Sobe logo, [nome]!!! — me interrompeu

Olhei ao meu redor e percebi algumas pessoas nos olhando com uma certa curiosidade no olhar. Kisaki estava soprando de tanto ódio, certeza que, se eu tentar debater, ele me quebra na porrada aqui na frente de todo mundo. Então subi em sua garupa sem nem falar um "a".

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Quando entramos numa rua conhecida, percebi onde ele está me levando.

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora