Capítulo XLVIII

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平和と愛
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— Keisuke, por favor, não inventa de sair sem mim. – falei enquanto andávamos pelo aeroporto – Ou se eu não tiver por perto, chame um dos meus homens para ir com você. Mas nunca, em hipótese alguma vá a algum lugar sozinho! Kisaki está por aí e pode ser perigoso.

— Você fala como se fosse minha mãe, é engraçado. – ele riu, passando seu braço esquerdo em meus ombros – Mas isso também serve pra você, viu? Nada de sair sozinha!

— Serve mais pra você do que pra mim. – sorri, desviando meu olhar para frente.

— Tá dizendo que eu não sei me defender? – gargalhei com seu tom de voz ofendido.

— Tô dizendo que não quero ver você ferido novamente, Keisuke. – o olhei pelo canto dos olhos, com a cabeça ainda virada para frente – Eu pouco me importo se vou ser pega ou não, só preciso que você fique bem. Não quero que outra pessoa que eu goste sofra por minha causa...

Desviei meus olhos novamente, lembrando do que aconteceu com Lucca.

— Ei, por que tá me falando isso? Aquilo que aconteceu comigo não vai se repetir, eu prometo. – suas palavras me confortaram um pouco por dentro, mas não o suficiente para tirar a imagem de Lucca morrendo. Dói, dói muito saber que ele morreu achando que eu mandei.

— Mesmo assim, Keisuke! – dessa vez, virei minha cabeça para direta, ficando com o rosto perto do dele – Me prometa que não vai sair sozinho.

— Ok... – ele sorriu de olhos fechados – Eu prometo.

— Melhor assim. – sorri também, o braço direito passando pela sua cintura.

— Quanta melação. – Bela falou alto, eu e Keisuke rimos juntos.

Rolei os olhos pelo lugar em busca de Hinata, mas vi tudo menos ela. Sentamos em umas cadeiras vazias e esperamos um pouco, ainda é cedo e talvez ela nem acordou.

7h15m

Peguei meu celular quando já estava demorando muito. Desbloqueei o aparelho telefônico antes de discar o número de Takemichi e ligar. Chamou, chamou, e chamou, mas ninguém atendeu. Tentei outra vez e nada.

— Acho que ela não vem. – me levantei da cadeira, o celular na orelha – Vamos?

— Você acha? Eu tenho certeza. – Bela se levantou também, bocejando em seguida.

Caminhamos para o lado de fora, onde já encontramos um táxi se aproximando. Ryoko acenou com a mão e, quando o carro parou, entregamos as malas e mochilas para o homem, depois entramos no veículo. Meu corpo pede descanso, tô contando as horas para chegar na casa dos Baji.

Tinha a cabeça apoiada no fundo do banco traseiro, enquanto observo a vista pela janela ao meu lado. Minhas mãos presas no meio de minhas coxas e meus pés impacientes, se mexendo o tempo todo. Me pergunto o que Hinata estava fazendo para não conseguir ir me encontrar. A garota nunca foi de faltar com uma promessa, o que me deixa um pouco incomodada pensando que algo aconteceu. Talvez tenha esquecido, ou pode mesmo ter acontecido alguma coisa. Prefiro muito que seja a primeira opção.

Tudo estar movimentado, acho que porque é virada de ano, tem festival. Vi as pessoas passarem com sacolas nas mãos, casais e crianças nas praças, todos aparentemente felizes. Céus, como eu queria.

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora