Capítulo LXV

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平和と愛
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Modifiquei boa parte da luta, beleza?

Tem morte, se for sensível, não leia.
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Kisaki correu como louco, gritando com "você" e te culpando por estragar o plano dele. Chegou a tropeçar várias e várias vezes na correria, pois olhava constantemente para trás e se assustava com sua imagem correndo atrás dele.

Distante, Takemichi o seguia e se perguntava que diabos estava acontecendo com o Tetta. Parecia atordoado.

Kisaki parou de correr quando suas pernas pediram descanso, ou o abandonaria. Olhava para os lados, tampando os ouvidos para silenciar sua voz, enquanto procurava por aquela imagem que seguia-o.

— Kisaki. – Takemichi chegou, parando passos de distância.

— O que você quer? Que caralho! Por que você e ela estão sempre no meu caminho? – Kisaki está descontrolado, isso é nítido. Tirou as mãos das orelhas, percebendo que sua voz não estava mais presente. – Aquela demônia está sempre estragando tudo. Tudo! – Começou a andar de um lado para o outro, puxando os cabelos da cabeça – Começou quando éramos crianças. Por que [Nome] sempre tinha mais a atenção de nossos pais, e eu não? Por que ela ganhava os melhores brinquedos? Por que tinha as melhores roupas? Por que tinha muito mais amor? – Takemichi franziu o cenho, se perguntando se acabaria logo com ele ou deixaria terminar de falar. – Ela estragou tudo o que eu tinha com meus pais! Só foi aquela desgraça nascer e tudo virou de cabeça para baixo.

— Do quê você está falando? – Ergueu uma sobrancelha, começando a perder o resto da paciência que tinha.

— Aí eu comecei a me vingar. Tirei a vida dos nossos pais, depois que descobrir que fui adotado. Eu queria acabar com eles, mas o que me motivou foi ver aquele demônio chorando. – Ele rosnou como um cão, dando um tapa na própria cabeça. – Já tentei matar aquela garota várias vezes que até perdi as contas. Mas ela tá sempre se livrando! Foi quando pensei que ela poderia ser útil em alguma coisa, mas a desgraçada nem para fazer as coisas direito serve. – Parou, ficando de costas para Hanagaki e olhando para cima, soltando uma risada fraca. – Eu arrumei aquele garoto para ela, fiz com quê a besta se apaixonasse mais ainda, depois o matei. Você não sabe, Hanagaki... você não sabe o ódio que eu tenho de pessoas que atrapalham meu caminho. – Continuou parado, agora sério.  – Você também é outro que adora acabar com meus planos, não é, herói?

— Quê?

— Estragando meus planos desde quando éramos crianças. Você conseguiu o amor dela, não foi? – O olhou por cima do ombro. Olhos vermelhos e esbugalhados. – Não importa quanto eu tente, ela sempre vai preferir você. Agora... por quê? Por quê ninguém me escolhe? – Saíram lágrimas de seus olhos, Kisaki estava se permitindo desabafar naquele momento. – Meus pais... a Hinata... o quê você e a [Nome] tem que eu não tenho? – Takemichi ficou em silêncio, o que deixou Kisaki mais irritado. – RESPONDE, HERÓI!

— Kisaki... eu entend-

O Hanagaki estava mesmo assustado com tudo que saiu da boca do outro garoto. Como alguém pôde ir tão longe por causa de um amor não correspondido? Como alguém pôde machucar tantas pessoas por causa de inveja?

— VAI FALAR QUE ME ENTENDE? – Se virou completamente, encarando o mais novo. – VOCÊ TEM TUDO O QUE QUER! TEM A HINATA, UMA MÃE QUE TE AMA E BONS AMIGOS. VOCÊ NÃO ME ENTENDE NEM UM POUCO!

— Só queria te falar que-

— Nem amigos eu tenho! Os que estão ao meu lado foram manipulados. Estão comigo por medo, não por querer. – Disse mais baixo, interrompendo o garoto. – Eu não tenho nada! Exatamente nada! E tudo isso graças a vocês dois... mas agora ela está morta. – Riu, passando a mão pelo cabelo. – Só falta você! – Puxou outra arma que tinha em sua cintura, apontando para o mais novo. – Eu não vou deixar você ganhar mais uma vez! Se eu não posso ter nada, você também não terá!

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora