Um novo olhar

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Até que ponto estamos dispostos a lutar pelo amor de alguém? até que ponto conseguimos enxergar o quanto alguém pode nos amar intensamente? Bem, para nenhuma dessas perguntas eu tinha uma resposta pronta. Não somos ensinados em como amar, isso nasce em alguma parte do nosso coração e não morre quando queremos, às vezes um sentimento pode durar a vida inteira mesmo que você não dure, em muitos casos somos obrigados a lidar com a falta de alguém por muito tempo e nunca aprenderemos como reagir a isso, os conselhos são a pior parte pois você não quer ouvir e mesmo assim precisa lidar com os infinitos caminhos que alguém faria se estivesse no seu lugar por exemplo. Sempre será assim, modelos de vida perfeitos, relacionamentos ideais e pessoas psicologicamente preparadas para lidar com o que você sente se estivesse no seu lugar, mas e você? Bem, precisa enfrentar tudo de cabeça erguida, ser forte por que é isso o que os livros ensinam, devemos ser fortes mas ser forte o tempo todo cansa.

Ouvir conselhos sobre sua própria vida cansa, escutar o modelo ideal de vida também cansa e assim como qualquer outra pessoa eu estava cansada, esgotada de não conseguir tomar decisões sobre a minha vida sem ter que lidar com olhares de indignação pela minha atitude ou até mesmo de surpresa pois no lugar dessa pessoa eu agiria diferente. Se você ama alguém,você conta. Mesmo que esteja com medo de que não seja a coisa certa. Mesmo que esteja com medo de que isso cause problemas. Mesmo que esteja com medo de que isso destrua a sua vida. Você deve contar, em alto e bom som. Mesmo que todos o peso e os olhares negativos te consumam, você precisa contar ou terá que viver com o pior monstro que tomará conta de você: o arrependimento. Tudo se desfaz em algum momento, vai acontecer com qualquer um, não importa, é a lei da física. Precisamos encarar, aceitar, e tentar nos manter inteiros o máximo que pudermos sem seguir de exemplo o padrão fantasia que o outro vive, é a sua vida e você precisa mudar, precisa contar, precisa se enxergar através dos próprios olhos antes que alguém enxergue por você.

Foi exatamente assim que eu me senti quando saí da casa dos Cullen em direção ao Alasca procurar por Edward. Eu tinha que dizer, ele precisava saber que nada em mim havia mudado e que não me importava se ele não aceitasse minha nova versão, ainda sou eu mesma a humana não mais tão humana apaixonada por ele, nada me impediu nem mesmo as infinitas barreiras que Damon colocou entre mim e a realidade, eu precisava vê-lo. Sabia onde estava e não consigo descrever a imensa alegria que senti quando pude observa-lo deitado sobre a neve observando as estrelas, nossa prima Tanya estava com ele sentada sobre a neve e foi a primeira a me ver, embora pudesse jurar que Edward já havia sentido meu cheiro a metros de distância. Apenas vestindo um vestido curto ela se levantou e sorriu ao meu ver, não saberia dizer se era um sorriso verdadeiro.

- Bella, disseram que viria - Tanya se aproxima de mim esticando os braços para um abraço - é um prazer te conhecer

- Obrigada… Edward?- curvo o pescoço e percebo que seu olhar estava em mim - preciso falar com o ele me particular - afasto uma mecha de cabelo do rosto

- Claro, vou estar lá dentro se precisarem - ela então aponta para uma casa no fim da floresta - com licença.

Esperei até que Tanya se afastasse o suficiente para me sentar ao seu lado, Edward estava deitado sobre a neve com as mãos apoiadas na cabeça, nasceu um sorriso fraco em seus lábios assim que nossos olhares se encontraram.

- Alice disse que viria. - ele foi o primeiro a quebrar o silêncio

- Eu tinha que vir, você não responde minhas mensagens e está sumido a dias Edward, não me disse mais nada… - fecho os olhos irritada

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