Um pouco mais

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O barulho dos grandes copos de milkshake soaram pelo salão da lanchonete que os quatros haviam se acomodado. Brittany foi quem deu a idéia de irem ao Pop's, sua lanchonete preferida, com a decoração vintage, tendo pôsteres de séries em algumas partes, além de servirem o melhor milkshake que ela já experimentara. Quinn queria muito ter ido ao bar mais próximo brindar com tequila a promoção da amiga, mas Brittany usou o argumento sensato de que no outro dia, todos precisariam acordar cedo e óbvio que Santana nem contestou, apenas balançou a cabeça em comum acordo, sorrindo para os olhos azuis, o que fez Quinn revirar os olhos. Só Santana que não se dava conta, ou não aceitava o quão apaixonada, gamada, ela estava. Era tão nítido.
Santana tomava milkshake de morango, enquanto Brittany, de chocolate, Kurt de baunilha e Quinn de ovomaltine. E quando já haviam tomado dele, Santana e Brittany trocaram os seus, com a desculpa de experimentarem o sabor uma da outra. Trocaram as taças, olhares, tocaram os dedos, sorrisos e suas mãos por debaixo da mesa se encontraram.
Kurt e Quinn se viram sobrando ali por alguns minutos até as garotas voltarem sua concentração aos dois.

- Então... - Kurt limpou a garganta, chamando a atenção da garota - Brittany, né?! Você é professora de dança?.

- Sim... Isso mesmo, eu ensino toda as idades.

- Sant comentou mesmo que você estava a ensinando. Ela já pisou no seu pé? - Quinn falou divertida, enquanto recebia um olhar feio da amiga sentada a sua frente.

- Muito engraçado Quinnie, nossa. - Revirou os olhos.

- Haaaa... - Brittany falou com a voz derretida, olhando os olhos castanhos - Ela dança muito bem, apesar de termos feito apenas uma aula. Mas iremos retornar agora, os gatinhos que adotamos já estão mais espertinhos e...

- Eles já estão independente? - A Lopez exclamou - Nossa...

- É... eles ainda não são adolescentes, mas estão andando melhor e querendo comer sozinhos. Deve ser a pré puberdade. - Quinn e Kurt se entreolharam. Que diabos essa garota estava falando sobre gatos serem adolescentes? E o mais insano para eles, era a Lopez dando corda, sem fazer nenhuma piada daquilo.

- Me diz que não fui o único a ouvir isso - Kurt cochichou, chegando bem próximo de Quinn, sorrindo estranhamente.

- Abstrai e finge demência.

- ... Sabe um fato curioso San?

- Que fato? Sobre os gatos?

- Não. Não sobre eles. Mas, você sabia que os tubarões são golfinhos gays. Bem que eu desconfiava.

- Puta que pariu... - Quinn falou quase inaudível, fazendo apenas Santana lhe dar um olhar mortal.

- Isso realmente é um fato interessante, Britt-Britt.

Na verdade, Santana mal estava prestando na conversa da Pierce. Toda sua atenção estava nos toques que recebia pela mão alva por baixo da mesa, aquilo estava entorpecendo seus sentidos. E para Brittany, o nível estava bem mais elevado, muito mais. Aquele carinho por toda a extensão da coxa, fazia a respiração pesar e o coração martelar o peito, fora o calor que emanava. A culpa daquele carinho começar, foi um site que Brittany clicou sem querer, enquanto escolhia uma versão de música no YouTube e num segundo, os olhos azuis agora olhava na tela do celular, o gif rápido de duas garotas se beijando, apertando a coxa uma da outra e subindo aos mãos ao seios. A cena fez Brittany virar brasa, e seus pensamentos logo correram para Santana, imaginando, desejando fazer o mesmo. Agora estava com a mão na coxa da amiga, coberta pela calça jeans e ainda sim, ela sentia o calor que Santana liberava, fazendo-a falar sobre qualquer assunto só para desviar a atenção dos novos colegas de seu rosto. Sabia que estava fazendo papel de boba, adolescente e tudo mais, porém, quando se estava perto de Santana, tudo era diferente.

- E-eu vou ao banheiro. Já volto. - A voz de Brittany fez Santana pousar sua concentração a todos a sua volta e ela levantou para dar passagem a amiga. - Vem comigo, San? - Aquele pedido foi surpresa para Santana, mas ela não se importou com o que os amigos pensariam, ou se pensariam algo e apenas foi.

- Aposto 20 pratas que elas vão se pegar. - Quinn falou para Kurt, olhando as duas se afastarem.

- Mas isso é óbvio. Tá na cara.

O banheiro não era muito grande, havia duas cabines coloridas, dois espelhos na frente em forma oval grande, duas pias e um secador para as mãos. Quando Brittany entrou primeiro e notou que não tinha ninguém, deu meia volta e trancou a porta principal, fazendo os olhos castanhos se abrirem um pouco mais.

- Britt, acho que não pode trancar essa porta e...

- Desculpa San, mas eu preciso fazer isso.

Isso... fazer isso...

As palavras ficaram no ar e então Brittany encoxou Santana da forma mais decidida que conseguiu ali e sua boca beijou os lábios carnudos. Envolveu a cintura com um braço, pressionando ainda mais seu corpo ao outro. Santana sentiu seu corpo derreter naquele braço, estava mole e sua intimidade pulsou no instante que os lábios finos começaram a descer pelo seu pescoço, e a mão da amiga chegou até um de seus seios. Porra, aquilo estava enlouquecedor. Dois botões de sua blusa social foram abertos em seguida, e dedos ousados passearam explorando cada pedaço do colo moreno, indo até o sutiã, tentando invadir mesmo que milimetricamente até chegar ao bico.

- Dios mio... Br-Britt...

Brittany retirou sua mão da blusa da amiga e continuou explorando aquele corpo. Esqueceu do lugar que estavam, dos amigos a mesa, do marido. Brittany se esquecia do mundo quando Santana estava  colada em seus lábios, e aquela chupada em sua língua, só fez com que seu corpo fervesse e precisasse de mais contato. Era loucura, ela sabia, mas também era necessidade, e sua vontade de tocar a intimidade de Santana aumentava cada vez que um suspiro escapava da amiga. O fecho da calça se abriu como um presente e os compridos dedos de Brittany sentiram a umidade da calcinha a sua frente, em movimentos circulares. Santana nunca havia sido tocado com aquela delicadeza, e ao mesmo tempo, com intensidade. Seus olhos reviraram em delírio, seus lábios abafaram um gemido no pescoço alvo, dando uma chupada em seguida, marcando a área, avermelhando.
Se não fosse as batidas intensas na porta, com certeza teria gozado e seu cérebro mal teve tempo de voltar o raciocínio quando sentiu Brittany se afastar, com um sorriso nos lábios.

- Preciso abrir a porta.

- O-ok... - Falou, ajeitando-se desconcertada sua blusa e calça. Quase havia gozado com sua amiga, e um quase, nunca foi tão foda para ela.


Destinos Cruzados [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora