14- O Veneno e o Salvamento

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CHERYL Point of View

《Cinco dias depois》

- Numa escala de zero a dez, o nível de estupidez é noventa!- ouvi a voz de Veronica vinda do quarto de Toni. Paro na porta entreaberta e espio. As duas estavam em pé no meio do quarto, pareciam discutir algo sério.

- Não é estupidez, é um risco calculado e necessário.

- Eu não tenho metade de sua inteligência e posso falar uns cinco jeitos de dar errado agora mesmo.- Veronica fala mais brava ainda.

- Não vai dar errado, porque você vai garantir isso.- Toni estende algo para ela, não consigo ver o que era. Veronica encara, com uma expressão não muito boa o que quer que seja e depois a a princesa, ela não estava contente.

- Nós vamos direto para o inferno!- falou pegando o objeto e colocando no bolso.- Sem direito à escala!

- Em um tobogã de navalha e caindo direto numa piscina de limão. Sim, eu sei.

- Eu faço, mas você me deve uma.

- Você é a melhor!

- Eu sei.- como Veronica iria sair do quarto, fingi que estava entrando bem naquele momento.- Bom dia, Cheryl.- ela disse sorrindo amigavelmente.

- Bom dia, Veronica.- foi tudo que consegui responder antes dela sair para o corredor. Fecho a porta e ando até a mesa, colocando os documentos que Toni pediu em cima.- Sobre o que vocês estavam conversando?

- Você não quer saber. Se desagradou até a Ronnie, imagina você.- não insisti no assunto. Toni senta na mesa e puxa os documentos para si.- Odeio quando tenho que pular o treino para ler papelada. Quer saber, não estou a fim de fazer isso agora.- ela empurra os papeis para longe de si. Do nada sinto minha mão ser puxada, e quando percebo, estou sentada em seu colo.

- Toni!- ela ri em divertimento do meu susto.- Alguém pode entrar em seu quarto e nos ver.

Não tínhamos uma relação definida, não chamamos de ficantes, de amantes muito menos de namoradas, mas era uma relação de afeto e se alguém descobrisse, eu não só estaria morta, mas Toni sofreria consequências pesadas. Devido a isso, tinha que ser tudo escondido. Não é algo que que eu queria, que fosse proibido e escondido, mas é o melhor que tenho e sou grata por isso.

- Se alguém se aproximar, eu vou saber.- ela me dá um beijo no pescoço, me fazendo rir.- E nesse continente doido, um superior transar com seu servo é mais comum do que você imagina.- ela tenta me dar um beijo, mas desvio o rosto. Ela faz uma expressão de indignação falsa.

- Mas não vamos fazer isso!

- Mas eles não precisam saber. Deixem acreditarem que é só sexo. Agora fica quieta e deixa eu te dar um beijo!- Toni cola nossas bocas, me dando um selinho demorado.- Bem melhor agora.- disse rindo.

- Você disse beijo.- fingi estar chateada por "não ganhar o prometido". A princesa junta nossos lábios novamente, os movendo contra os meus. Minhas mãos vão até seu cabelo e puxo sua cabeça para mais perto. Sinto sua língua passar no meu lábio, abro um pouco a boca, deixando que ela invada a minha boca e explore cada canto. Nem adiantava tentar dominar o beijo, Toni não "perdia" nessa disputa.

Suas mãos sobem por minhas costas, apertando com firmeza minha pele e forçando mais o meu corpo contra o seu. Ela torna o beijo mais intenso ao torná-lo mais selvagem, mais apressado e mais necessitado. Sua língua mexia mais rápido contra a minha e seus lábios pressionavam mais os meus. As coisas estavam ficando quentes muito rápido, mas ela encerra o beijo, puxando meu lábios inferior e com alguns selinhos.

Sombra e LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora