22- A Tarada e a Bêbada

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CHERYL Point of View

Quando o ferro gelado da sua espada tocou meu pescoço, eu parei meu ataque. Toni me olhou séria, não demonstrando um pingo de empatia em sua expressão. Aquele olhar era de quem estava pronto para matar em qualquer que fosse a situação, não importava quem estivesse do outro lado da lâmina.

- Você perdeu... de novo.- soltei um grunhido frustrado e ela faz a espada sumir.- Você tem que levar os treinos mais a sério, Cheryl!- seu olhar volta ao normal, mostrando o carinho que tem por mim. Eu dos motivos que eu odiava treinar com ela: Toni sempre levava muita a sério e ficava com aquele olhar que odeio.- Eu sei que você não gosta de lutar e sei que você gosta menos ainda quando é alguém que você gosta, mas nunca se sabe o que pode acontecer.

- Não é como se eu fosse um dia lutar contra você!

- Você não pode ter certeza. Eu consigo falar duas situações agora mesmo: minha mãe usa um feitiço que possa controlar minha mente ou se Malacai usar a magia dele em você e criar uma imagem minha para lutar. São duas possibilidades e não posso ter esse risco.

- Vamos lá, Toni. Eu já consigo controlar meu Take Over mesmo sem tocar no alvo e treinamos todos dia técnica de combate. Sei que está fazendo isso porque se preocupa comigo, mas eu não ganhei o título de Lady Demônio nem o título de uma das mais forte sem motivos. Podemos dar por encerrado?

- Desculpa...- ela solta um suspiro.- Às vezes eu fico tão preocupada em te perder que acabo exagerando e esquecendo que você é tão forte quanto eu.- ela esboça um sorriso um pouco sem graça.- Me desculpa?

- Só porque você é muito fofa.- ela cora um pouco.

- Eu não sou... fofa.- enlaço seu pescoço e lhe dou um beijo na bochecha.

- É sim. Quando quer. Agora chega de treino, ok?

- Os treinos estão oficialmente encerrados.- ela abraça minha cintura e me dá um selinho.- A partir de hoje, podemos gastar o tempo do treino fazendo outras coisas.

- Você ainda não largou essa ideia.

- Primeiro, em minha defesa, eu pensei em piquenique, filmes e conversas. Segundo, eu nunca largaria a ideia que você pensou que eu tive. Não entendo porque você é tão resistente a isso.- meu rosto todo ficou ardeu, eu com certeza estou mais vermelha do que os cabelos dela.- Espera... você é virgem?

- E-Eu nunca disse isso!

- Ah, agora faz mais sentido! Mas ei! Eu não iria te machucar.- seus beijos dão outra impressão. Ou melhor, tudo que faz dá a impressão de qualquer coisa menos gentil.- Você disse que eu posso ser fofa quando quero, eu também posso ser gentil.

- Não quero mais falar disso.

- Como quiser. Então mudando de assunto. Veronica pediu para encontramos com ela numa das salas de estar assim que pudermos.

- Ué, para quê?

- Sei lá. Ela só pediu. Vamos?

- Claro!

《Quebra de Tempo》

Assim que Toni abriu a porta, Veronica abriu a garrafa do que acredito ser champanhe. A rolha voou na direção da ruiva, antes que a acertasse, ela foi dividia em dois e acertou a porta. Fico impressionada com o quão rápido Toni conseguiu invocar a espada, cortar a rolha e "desinvocar" em apenas um segundo.

- O que diabos você está fazendo, Ronnie?

- Vamos beber!- ela gritou animada. Ela levanta a garrafa e abraça Betty com o braço livre.- E fazer qualquer coisa. É o primeiro dia do ano em que todas nós estamos livres de trabalho.

Sombra e LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora