16- Viva Para Me Odiar Outro Dia

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IMPORTANTE: esse capítulo vai ter uma cena bem pesada. Não estou falando no sentido sexual, mas sim no sentido de violência. Vai ter um *Aviso* onde começa e um *fim de aviso* onde termina, se não gostarem é só pular. Vocês vão saber do que se trata quando chegarem nessa parte.

Boa leitura!


NARRADOR Point of View

《Dez dias depois》

Assim que Betty ia entrar no quarto de Veronica, ela para ao ouvir a voz de Toni. A loira espia pela porta bem a tempo de ver a maga de água dar um tapa estalado no rosto da princesa.

- Você vai desfazer essa cara de cachorro que caiu no caminhão de mudanças e vai colocar sua expressão mais convincente de vadia sem coração. Você vai entrar naquela sala com sua pose mais indiferente e vai se comportar como todos esperam que você se comporte. Você vai lá e vai fazer a cena que sua mãe quer ver, que sua mãe precisa ver. A Cheryl vai te odiar? Sim, ela vai. Mas para ela te odiar, ela tem que estar viva. Você entende bem o que está em jogo. Repita comigo: para ela me odiar, ela tem que estar viva.

- Para ela...- a voz de Toni trava e sai trêmula, nem parecendo a da princesa guerreira, da Morte Sombria.- P-Para ela me o-odiar, ela tem que estar v-viva.

- Exato. Se sua mãe não tiver convencida que você não liga para a Cheryl, para uma serva, ela vai matar a ruiva sem pensar duas vezes. Ela provavelmente mandaria você matar a garota que você está apaixonada. Então seja bem convincente. Se recomponha e garanta que sua amada vai viver outro dia para te odiar.

- Você... faria o mesmo com a Betty?

- Para mantê-la viva, eu despedaçaria meu próprio coração.- Betty não sabia o que estava acontecendo, mas tinha certeza de que não era nada bom.

《Quebra de Tempo》

Toni entrou na sala com sua expressão neutra de sempre. Ela andou calmamente até o seu lugar ao lado de sua mãe e sentou. Os outros Goulies, Hiram e Veronica também estavam lá, assim como um único guarda, que proferiria a sentença dada pelo grupo.

Esperou-se alguns minutos e Cheryl entrou, algemada e escoltada por dois guardas. Toni usou toda sua força para não desviar o olhar quando a ruiva a encarou. Ela agiu com indiferença, como ordenava o figurino.

- Vamos começar.- falou Hiram.- A prisioneira foi pega mandando uma mensagem para alguém do outro continente, utilizando uma lacrima de comunicação que não lhe pertencia, mas sim à princesa. Essas são as acusações. E sendo elas comprovadas, a devida sentença deve ser dada. Toni, você errou em deixá-la chegar a um objeto que ela poderia usar para passar informações do reino, então também terá um julgamento e um sentença. Entendido?

- Se é o que você acha que deve ser feito, então entendo perfeitamente.- falou como se fosse um robo.

- Ótimo. Cheryl é sua serva, como acha que devemos puni-la?

- Estamos falando da Lady Demônio, não é mesmo?- ela esboça um sorriso maligno.- Eu diria que ela aguenta nossa pena mais pesada. Me pergunto quantas chicotadas levam para fazê-la quebrar completamente.- Elara sorri, aprovando a atitude da filha. Toni já estava se odiando, a aprovação de sua mãe só a fez se sentir pior.

- Seria uma pena desproporcional ao crime.- falou Veronica.- Desculpa interromper, Imperador. Mas fui eu que interceptei a mensagem, e Kurtz pode confirmar. Cheryl só disse que ela e Betty estavam vivas e vivendo relativamente bem no palácio. Ela não passou nenhuma informação sobre Alvarez.

- Então essa reunião é só para isso?- pergunta Nick.- Temos mais coisas para fazer do que punir alguém que tem saudade de casa.

- Se o Imperador decidiu que devemos proceder assim, você fique quieto e obedeça.- respondeu Toni de forma ríspida.

Sombra e LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora