Capítulo 30

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Capítulo 30

Fred Toledo

Chegamos na ilha em Angra e meu filho foi animado contar para o avô sobre a viagem. Mari se divertiu quando Bruninho nos contou, ainda em Arraial sobre o beijo que deu na Sofia. Eu olhava para a delinquente, queimada de sol, loirinha de olho azul.

— Doze anos — rosnei para Marina, que fez pouco caso.

— Jordana começou a namorar com essa idade também — ela falou — eu até que demorei, mas não acho que isso seja parâmetro pra decidir se o menino vai pegar todas...

— Ele é uma criança — eu continuei, indignado, mas voltei ao ponto importante — Jordana namorou com doze anos?

— Doze — ela contou, segurando o riso — mas não adiantou nada, ficou só com um cara a vida toda.

— Sorte de Eduardo — eu falei incrédulo e ela me encarou desprezível — eu não ligo pra essas coisas, mas ele deve se sentir o macho alfa por ter sido o único cara da esposa.

— Claro, claro — ela revirou os olhos, mas começou a rir.

— Ela transou com quantos anos? — perguntei preocupado e olhei na direção do meu filho, quase entrando em pânico.

— Com quatorze — ela contou e eu a olhei, crescendo os olhos. Era difícil imaginar que Jordana tenha iniciado a vida sexual tão cedo.

— E se ele engravidar alguém? — sussurrei apavorado e minha noiva começou a rir da minha loucura.

— Ele não vai fazer isso, ele só deu um selinho na menina. Você é tão exagerado, Fred — ela falou condescendente — imagina se tivesse uma menina?

— Não tenho coração pra ter uma menina — eu falei e ela cerrou os olhos — se tivermos um, vai ser menino, eu sinto.

— Coitada da Helena. Jordana vai precisar esconder muita coisa de Edu — Mari constatou — se você que eu achava ser tranquilo é assim, ele vai ser completamente louco.

— Principalmente porque ele foi um canalha — eu repliquei — ele vai querer proteger a filha dos brutamontes desse planeta.

— Ela nem completou dois anos, ele tem...

— Dez anos até começar a pensar nisso — eu completei e Marina começou a rir. Depois prometeu que conversaria um pouco sobre namoros com meu filho. Que pediria conselhos para minha mãe, sobre o que dizer, para me tranquilizar.

— Quando você tinha onze anos, sua mãe falava o que? — ela perguntou, deitando ao meu lado no chaise da área externa da casa.

— Nada, eu não beijava ninguém com onze anos — falei bravo.

— E você beijou com quantos anos?

— Com quatorze.

— E transou quando? — ela perguntou, se sentando para me olhar.

— Dezessete — resmunguei — e depois conheci Bruna, achei que era o maior transante da face da terra. Quando eu tinha dezenove, ela engravidou — comecei a rir — aí eu casei. Não tive muitas mulheres.

— Consegue contar? — Jordana perguntou, vindo se sentar conosco e eu a olhei — porque a vida sexual de Eduardo é um show de horrores. Me dá ciúme só de lembrar — ela fez um gesto impaciente.

— Menos que Eduardo — falei e Marina me olhou presunçosa — acho que Edu perdeu uma lista quando estava chegando em cento e cinquenta.

— Tá vendo? — Jordana parecia incrédula, enquanto Marina parecia se divertir.

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⏰ Última atualização: Sep 18, 2021 ⏰

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