Any Gabrielly Urrea Deinert
Depois da briga e da surra que minha família deu na Emily eu resolvi sair para passear e espairecer um pouco.
Estava andando no parque quando vejo um garoto sentado em um banco olhando as crianças brincarem, podia ser só isso, mas não. Ele estava chorando.
Any: Oi? - me aproximo bem devagar, ele se vira e enxuga os olhos. - você está bem?
- bem não é a palavra que me descreve no momento. - ele dá um sorriso amargo e abre espaço para eu me sentar ao seu lado. - me chamo Will.
Any: me chamo Any. - Ele sorri e eu aperto sua mão. - então, Will, porque você estava chorando?
Will: Não é um assunto que eu conversaria com alguém que acabei fé conhecer, mas... eu preciso desabafar. - toco em sua mão novamente.
Any: eu sei que nos conhecemos agora, mas pode confiar em mim. - ele respira fundo.
Will: eu tenho câncer, leucemia. - seu olhar muda de direção e se fixa nas crianças que continuam brincando. - está em estágio avançado e... bem... quase não há chances da minha sobrevivência.
Continuo olhando para ele e vejo mais e mais lágrimas descendo de seu rosto.
Seu olhar se volta para mim e ele sorri.
Will: Obrigado. - minha feição muda de preocupada para confusa. - por não me olhar com pena. Você foi a única pessoa que não me olhou com pena, como se eu pudesse quebrar.
Any: eu não tenho pena de você. Eu espero de verdade que haja uma solução.
Will: você é muito legal.
Any: Você também.
Vejo que ele, não tem muitas pessoas por perto.
Any: o que acha de darmos uma volta? - levanto e ele me olha confuso.
Will: o que? Quer dar uma volta comigo? - ele levanta e fica na minha frente.
Any: Claro! Por que não?
Will: Bem, todos os meus amigos se afastaram quando eu descobri o câncer.
Está aí por que ele se surpreendeu.
Pego sua mão e entrelaço na minha.
Any: eu não sou como eles! Vamos? - ele assente e eu o puxo para meu lugar favorito.
As barraquinhas de algodão doce.
...
Any: o que acha de irmos ao parque?
Will: mas já está tarde. - pego meu celular e arregalo os olhos ao ver que são sete e meia.
Any: tem razão! Eu devia estar em casa faz tempo. - guardo o celular no bolso. - podemos nos ver de novo em breve?
Will: Claro - ele tira um papel do bolso. - esse é meu número. - pego e guardo no bolso da calça. - tchau, Any e obrigado.
Any: por que?
Will: Por não se afastar ao descobrir minha doença. - sorrio e pego sua mão.
Any: eu jamais me afastaria, a não ser que você fosse um maníaco... - ele gargalha.
Will: ainda bem que eu não sou. Bom, eu também tenho que ir. - tchau. - ele dá um beijo em minha bochecha e sai.
A tarde com Will foi excelente, ele é legal, engraçado e vê o mundo com outros olhos, gostei de conversar com ele, mas notei que mesmo sorrindo, Will não vê a vida como via antes de descobrir o câncer, e perder os amigos deve ter sido horrível e é por isso que eu decidi que vou ficar do lado dele.
Eu não vou abandoná-lo.
...
Já fazem algumas semanas que eu e Will nos conhecemos e estamos muito próximos, descobrimos um lugar lindo em um campo, onde é tipo um lugar nosso, é perto da casa dele o que facilita nas vezes que ele se sente mal, é um campo cheio de flores que é bem vazio e é o lugar favorito dele. As vezes sentamos entre as flores e falamos pelo que somos gratos, nesses momentos esquecemos a doença dele e suas limitações.
Eu estou convicta de ajudar ele.
Minha família nem sonha com ele, mas não porque eu tenho vergonha de contar e sim porque ele me pediu pra não falar nada. Motivo? Não sei.
Desenvolvemos uma amizade muito forte e bem íntima (sem beijos, pervertidos!)
Eu também conheci a família dele, eles são uns amores comigo, a tia Melissa que é a mãe dele é um amor, o pai dele, César é mais sério mas quando você o conhece ele é uma das pessoas mais sorridentes que alguém pode ser e o irmão dele, Dylan.
Hoje é quarta, estou em meu quarto esperando o pessoal quando meu celular toca.
Any: Alô?
Mel: Any? Graças a Deus!
Any: Tia, Lissa? O que foi?
Mel: Any, o Will, ele passou mal, trouxemos ele pro hospital.... ele está na sala de cirurgia!
Any: Eu já estou indo! - desligo o celular e salto da cama, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo apertado, calço rapidamente meu tênis, pego o celular e guardo na minha bolsa que estava no tripé perto da minha cama e saio correndo.
Sina: Pra onde vai?
Any: Mãe, não dá pra explicar, só garanto que volto para a janta. - digo rápido, beijo sua testa e saio correndo na direção da porta.
Assim que abro dou de cara com todos.
Bailey: está perdida minha filha? - ele pergunta me segurando pelos ombros.
Any: eu amo vocês. - saio correndo de casa e vou na direção do hospital correndo mesmo.
Sina: ANY GABRIELLY! - escuto o grito mas ignoro.
O mais importante agora é o Will.
...
Cap inspirado pela: FairyMaju
Lhes apresento
Will
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O melhor amigo dos meus pais {Concluída}
FanfictionAny Gabrielly Urrea Deinert, filha de Noah Jacob Urrea e Sina Deinert Urrea acaba se apaixonando pelo melhor amigo de seu pai. Joshua Kyle Beauchamp. O que pode acontecer? Noah e Sina estão dispostos a permitir o relacionamento de sua única filha co...