A morte espreita nas sombras

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Poderosa! Atrevida!
Ninguém se mete mais
na minha vida
Se eu tô dançando
Tô te tocando
Não significa que estou
Me apaixonando!

Ok, voltei ao normal. Ou quase. Só estou feliz por ter chegado nesse capítulo, o meu favorito!


Um bom surto pra vocês! ❤

***


Do lado de fora de um prédio barulhento, escondido nas sombras, via-se a silhueta de um homem sorrateiro, era quase imperceptível no meio de tanto breu, mas lá estava ele, espreitando seu alvo. Observar aquele mesmo prédio todos os dias, já se tornara de seu habitual. Era sempre assim, escondia-se e observava. Era como uma caça predatória a qual ele não podia deixar fugir. 
Havia dado a sorte de encontrá-lo após um mês perdido no mundo, através de um vídeo na internet. Não foi nada complicado reconhecer aquele rosto e muito menos a placa do carro que trouxera até ali, para a cidade do amor, Paris – França. 
E dessa forma, poucas noites atrás, arriscara dar seu primeiro bote, havia sido fácil adentrar o local sem ser visto por ninguém, e mais fácil ainda, roubar as filmagens de sua entrada. Ainda podia escutar as lamúrias de seu alvo, que implorava tão veemente por misericórdia. A qual não lhe foi concedida. Ele nunca falhava em seus trabalhos, sempre ia até o fim, mesmo que naquele caso em especial, tivesse de confessar sentir certo remorso… Aquele sem dúvida fora seu trabalho mais difícil, encarar diretamente em seus olhos verdes chorosos e despedaçados enquanto ele escrevia aquele bilhete, só não fora mais complicado do que o que fizera a seguir, arrastar seu corpo apagado até o banheiro e afundá-lo dentro da água da banheira e então sair, sem fazer nada para ajudá-lo, apenas esquecendo tudo e o deixando para morrer. Ele mesmo poderia ter feito aquilo, mas sua consciência não o permitiu, fora muito mais fácil daquela maneira… 
Se fechasse os olhos, ainda podia ouvir duas últimas palavras dirigidas a ele com clareza: “Não precisa fazer isso! Podemos achar um jeito.” E talvez, assustadoramente, ele estivesse certo, mas o assassino sabia que não podia. Uma vez naquela vida, não havia mais forma de sair, e se saísse, seria enterrado em uma cova rasa qualquer. 
Contudo, de nada lhe adiantaria a reflexão, pois lá estava o até então morto, vivo e saudável, comemorando sua vitória com uma festa animada. O levando a concluir que aquela mestiça intrometida havia o salvado ao retornar para casa. Não tinha certeza se ele era estupidamente corajoso ou incrivelmente burro. O loiro deveria ter aproveitado sua falsa morte, e sumido novamente do mapa, e dessa vez para nunca mais ser visto. Seria mais fácil assim, mais fácil para ambos.
Mas lá estava ele, parado naquela esquina e tendo de cumprir o trabalho pendente, e dessa vez, com ele dobrado. A mensagem no visor de seu celular era clara: "Os mate e não cometa erros dessa vez!”. Respirou fundo, domado pela dor, mas não teria mais jeito. 
Adrien Agreste e Marinette Dupain-Cheng, era melhor que rezassem pelas suas vidas pois elas estavam prestes a ter um fim trágico.



Notas finais:

Yes, isso quer dizer que a tentativa de suicídio do Adrien, na verdade, foi uma tentativa de assassinato! :)

O cara do apartamento 27Onde histórias criam vida. Descubra agora