Capítulo 37

3.2K 214 29
                                    

~Yasmin on~

Isadora: Seu café da manhã- fala jogando a bandeja no chão a minha frente.

Yasmin: Isadora, por que tá fazendo isso? Eu pensei que a gente fosse amigas- falo baixo e ela se abaixa na minha frente.

Isadora: Seus pais me deram uma proposta ótima- fala jogando o cabelo pra trás do ombro- e eu também queria saber meu nível de psicopata, eu acho que eu não sou uma, então tô testando- nego soltando uma risada.

Yasmin: Só de você tá pensando em me matar e matar minha filha já prova que você é uma psicopata- ela rir.

Isadora: Não, a única maneira de provar é se eu sentir alguma coisa enquanto te vejo morrer lentamente, enquanto isso eu fico de boa- ela levanta.

Neguin: E antes que você faça a mesma pergunta pra mim, tô nessa porque eu amo pra caralho a Isadora, e sempre vou apoiar ela em tudo- olho pra ele.

Yasmin: Vai matar a melhor amiga de vocês por esse simples motivo? Eu estive com vocês sempre, apoiei vocês, ajudei vocês pra no final vocês me falarem que estão fazendo um teste pra ver se é psicopata e que tá apoiando por amar ela demais?- pergunto alto chorando- eu esperava isso de qualquer pessoa, menos de vocês, porque eu confiava vocês- limpo minhas lágrimas e o Neguin se abaixa na minha frente.

Neguin: Nunca confie em ninguém- fala e eu nego olhando pra ele e depois pra Isadora.

Ele se levanta, e os dois sai fechando a porta.

Olho pra bandeja vendo as coisas que tem, e empurro a bandeja pro lado do Ryan pegando apenas uma maçã pra matar um pouco a fome.

Olho pro meu corpo todo sujo de poeira, e levo um susto quando um vapor entra do nada.

- Vamos nos divertir bonequinha- fala vindo com outro cara e eu olho pra eles assustada, enquanto eles se aproximam com um sorriso.

~:~

Me encosto na parede chorando e abraço meu próprio corpo sentando no chão.

Abaixo minha cabeça chorando mais só querendo que eles me matem logo.

Ryan: Yasmin porra, o que foi que tu tinha sido levada pra lá- ele encosta a mão em mim e eu me afasto rápido olhando pra ele- eles...- ele deixa a frase no ar e eu choro mais me encolhendo.

Yasmin: Por que eles não me matam logo?- pergunto sem voz chorando mais.

Ryan: Ei pô, fala isso não, nós vai sair vivo daqui, vamos viver nossa vida lá fora ainda. Eu não sei como é essa dor que tu sente agora, mas imagino que é horrível. Nós tamos juntos nessa, tô aqui porra, eu vou sair daqui e venho te buscar depois- olho pra ele- a gente vai conseguir sair dessa, posso te abraçar?- olho pra ele chorando.

Assinto e ele se aproxima de vagar me abraçando com força.

Choro mais sentindo ele fazer carinho em mim, abraço a cintura dele.

Ryan: Vai ficar tudo bem- fala baixo no meu ouvido- vai ficar tudo bem- repete.

Yasmin: E se a gente não conseguir sair vivos daqui?- pergunto abafado contra o peito dele.

Ryan: A gente vai pô, nós vamos sair dessa e daqui uns dias você vai tá se formando no terceiro ano, e eu vou tá lá na sua formatura gritando pra todo mundo escutar o quanto você é forte- abraço ele mais forte- tô contigo aqui pô, e vou te ajudar a sair dessa- fala fazendo carinho no meu cabelo.

Fico quieta apenas sentindo uma dor enorme em todas as partes do meu corpo, principalmente na parte íntima.

~Sinistro on~

Sinistro: Eu não sei mais o que fazer, não sei se a gente arrisca invadir o morro dele porque nem sabemos se ela tá lá porra- ajeito o boné respirando fundo.

Serpente: A gente vai ter que arriscar, porque o tempo tá passando, não podemos ficar parados- assinto.

Sinistro: A gente pode inventar uma coisa- ele me olha ajeitando o boné- eles querem a Mirela, se a gente inventar que a Mirela foi pra um orfanato sei lá, podemos preparar uma armadilha- ele assente- consegue resolver o bagulho pra mim? Tenho que ir ver a Mirela- ele assente de novo.

Saio da sala pegando a chave da minha moto no bolso, e ajeito o boné.

Chego na minha goma tirando a Glock da cintura e o fuzil colocando ao lado da porta.

Vou até meu quarto ouvindo o choro da Mirela, e olho pra minha mãe tentando acalmar ela.

Sinistro: Vai pra casa, eu fico com ela- ela assente com cara de cansada entregando a Mirela pra mim.

Silvia: Qualquer coisa me liga- assinto dando um beijo na testa dela.

Sinistro: Papai chegou- falo com ela que chorava um pouco- bora tomar um banho, tá um calor de fuder aqui- falo colocando ela na cama.

Tiro a roupa dela que vai se acalmando um pouco, e tiro do minha bermuda ficando de cueca já que eu não tava com camisa.

Vou pro banheiro com ela que solta uns soluços baixos.

Sinistro: Se machucar tu chora viu?- falo com ela que me olha com a cara vermelha molhada- eu não sei cuidar de criança não tá ligada? Mas tô tentando aqui, então leva em consideração isso viu- falo ligando a água gelada- eu vou colocar na água gelada porque tá quente pra porra- falo olhando pra ela que me olha toda atenta.

Banho ela com cuidado, e já tomo um banho também.

Saio secando ela que solta um suspiro baixinho deitando a cabeça no meu ombro.

Coloco ela na cama pegando uma fralda, e depois de uma luta pra colocar eu consegui.

Deixo ela só de fralda mesmo, e me afasto pegando uma cueca e uma bermuda pra mim.

Visto minha roupa de olho nela que vira na cama engatinhando até o urso dela que tava encima da minha cama.

Termino passando desodorante e pego ela que me olha deitando a cabeça no meu ombro.

Vou pra cozinha fazendo o leite dela igual minha mãe ensinou, e vou pra sala sentando no sofá.

Deito ela dando a mamadeira com cuidado pra ela.

Sinistro: É pô, eu falava que não ia te assumir e agora tô aqui cuidando de tu sem nem saber como- ela bate a mãozinha na minha mão que tava na mamadeira- tu é linda demais, dou conta não- ela coloca a mãozinha por cima da minha quase fechando os olhos.

~~~~~~~~~~~~~~~~~:~~~~~~~~~~~~~~~

Apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora