Capítulo 54

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~Sinistro on~

Já fazia algumas horas de confronto, e pra falar aqui, tô quase recuando de novo.

O bagulho tá feio, já caiu vários aqui, até eu quase caí. Tô com um sensação estranha também, tô ficando agoniado pra caralho.

Não desisti ainda aqui porque percebi que eles estão sustentando aqui só pra dá um de fodão, estão quase caindo, minha tropa tá mais forte.

Fui no morro do Caveira, pedi uma moral pra ele que não negou. Tava me devendo, a ajuda dele foi forma de pagamento.

Tentei apelar pro comando, mas eles estavam resolvendo um b.o maior, então só fui em parceiro mesmo.

Minha mente não saia da Yasmin e da Mirela. Tava com essa sensação ruim e sabia que eu não tava perto pra proteger caso alguma coisa acontecesse. Confiava no Ryan, mas com um pé atrás.

Caveira: Coé parceiro, tamo invadindo a base, o comando tá contigo de volta parceiro- ele dá um tapa na minha costa virando o fuzil pra cima e eu assinto me encostando no muro pra acalmar a respiração.

Passo a mão na nuca escutando os disparos pro alto confirmando que o comando tá de volta pra mim.

Ligo logo meu celular mandando uma mensagem pro Serpente falando que tinha dado tudo certo, e perguntando como tava tudo lá.

Mando uma mensagem pro Ryan estranhando quando a mensagem não chega pra ele.

Converso um pouco com o Serpente que já tava preparando tudo pra ele e o resto dos caras voltar.

Olho ao meu redor vendo os caras começando a fazer a limpa, provavelmente comandado pelo Caveira.

Me afasto do muro jogando o fuzil pra trás depois de conferir se tava travado. Olho para os meus vapores ali que ajudava aos outros na limpeza.

Dou uma olhada pra minha quebrada não sentindo a emoção que eu achei que sentiria quando tivesse meu comando de volta. Tem algum bagulho errado.

Pego meu celular vendo que até agora a mensagem não chegou pro Ryan.

Caveira: Os meus vão só ajudar aqui na limpeza e tamo vazando- olho pra ele que olhava os corpos sendo retirados e alguns sendo ajudados.

Sinistro: Vai rolar bailão pra comemorar, cola aí- ele me olha assentindo.

Faço um toque com ele começando a subir o morro olhando pra cima vendo escurecer. Respiro fundo subindo pra principal só pra ver a bagunça.

~:~

Olho ao redor dando um gole no líquido no meu copo enquanto escuto o som na maior altura.

Me encosto na grade olhando lá pra baixo vendo várias novinhas jogando tentando chamar atenção daqui de cima.

Nego com a cabeça pegando meu celular vendo a hora que já marcava três da manhã, entro na conversa vendo que o Ryan ainda não olhou a mensagem.

Passo a mão na nuca agoniado e desligo a tela colocando no meu bolso sentindo vontade de relaxar com algum bagulho.

Tava com a mente cheia, minha goma tava acabada, os caras acabaram com ela, na boca tive um prejuízo enorme com as drogas e com o dinheiro, e ainda tinha a Yasmin e a Mirela.

A sensação ruim ainda tava lá, e tudo que eu mais queria aqui agora era a minha pequena e a arrombada. Queria tá em casa apenas cuidando da Mirela esquecendo a porra dos problemas que eu tinha que enfrentar.

Eu precisava usar alguma coisa, qualquer coisa, mas eu sabia que ia dar problema. Quase não usava nada por saber que quando eu começava, eu não conseguia controlar e me afundava total.

Mas nesse momento eu não liguei muito pra isso, apenas me virei pra um vapor ao meu lado e peguei o cigarro de maconha dele.

Sinistro: Pega lança lá pra mim, e branquinha também- ele assentiu saindo.

Coloco o cigarro na boca tragando calmamente olhando pra ele mal embolado negando com a cabeça.

Tiro da minha boca soltando a fumaça lentamente sentindo a tensão começar a ir embora.

Fico nessa até o vapor voltar com o que eu pedi, mas antes que eu pudesse usar escuto Caveira me chamando.

Caveira: Eai pô- olho pra ele que se aproxima com seu braço direito ao lado.

Faço um toque com ele e com o Cabeça batendo o pé no chão doido pra voltar a mexer nos meus bagulhos.

Cabeça: Cadê a mulher uai? Fiquei sabendo que tava de fiel- passo a mão na nuca começando a soar.

Sinistro: Tô com fiel não, é só uma garota aí- pego meu celular olhando a mensagem.

Cabeça: Quer que eu arrumo uma pra tu aí? Relaxar um pouco- ele sorri de lado se encostando na grade.

Sinistro: Tô muito afim não, hoje vou curtir sozinho- ele assente.

Cabeça: Então é isso, vou descer pra garantir uma lá- fala olhando pra baixo e eu olho também vendo um monte rendendo aqui para os de cima.

Não vai ser muito difícil pra ele conseguir uma não.

Assinto pra ele me afastando vendo que o vapor que tava aqui sumiu me fazendo sentir uma raiva do caralho.

Serpente: Eu senti que tinha que vir aqui, você não tá nem doido Sinistro- olho pra ele sentindo minha boca seca.

Sinistro: Cadê o cara com os meus bagulhos?- pergunto outro vapor que aponta pra saída- fala pra ele voltar agora- ele assente se afastando com o radinho.

Serpente: Sinistro, não faz isso porra- viro pra ele me sentindo agoniado.

Olho ao redor indo em direção de um vapor que tava vendendo branquinha lá em baixo.

Serpente: Você não vai cara- fala entrando na minha frente me empurrando.

Sinistro: Não me estressa caralho- tento ir mas ele me empurra de novo.

Dou um murro no rosto dele com força vendo ele cambalear um pouco soltando um gemido de dor.

Ele cospe sangue no chão e eu tento passar sentindo ele me empurrar de novo.

Serpente: Para com isso Sinistro- fala mancando na minha direção.

Empurro ele que cai no chão colocando a mão na perna, mas nem dou muita moral.

Ando em direção do vapor que tava voltando com o lança e a branquinha pegando rápido da mão dele.

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Apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora