Apenas uma noite

Capítulo 58

Bônus

~Serpente on~

Olho ela pela câmera vendo que a Mirela tava chorando e respiro fundo.

Rezo um pai nosso rápido antes de pegar minhas coisas e olhar pela última vez a Yasmin vendo que tava tudo em ordem. Inclusive ela já tava se arrumando pra sair sa sala.

Ela deve tá puta comigo, mas isso é irrelevante no momento.

Passo o fuzil na bandoleira e saio da sala subindo na minha moto. Olho a localização e olho para os caras que esperava a minha ordem.

Aceno com a cabeça acelerando pro caminho que leva até a localização. Fico o tempo todo olhando pelo retrovisor vendo eles me seguirem.

Chego no lugar olhando ao redor, e desço da moto pegando o fuzil.

Ando em passos lentos pra dentro escutando vozes lá. Aceno pra alguns irem pro outro lado e eles assentem indo.

Respiro fundo chutando de uma vez a porta fazendo ela abrir mostrando um corpo no chão e várias homens por ali conversando atoa.

Atiro escutando os outros disparando também sem dar tempo deles se quer pegar a arma.

Vou me aproximando do corpo jogado no chão vendo meu mano jogado no chão todo sujo de sangue e terra.

Me ajoelho ao seu lado colocando meu dedo no pulso dele pra ver se ainda tinha sinal.

Não sinto nada.

Passo a mão na frente do nariz dele não sentindo a respiração dele.

Solto uma risada nervosa começando a fazer aquelas paradas pra voltar a viver lá.

Faço careta antes de fazer uma respiração boca a boca.

Ele puxa o ar com força logo depois tossindo no chão só o sangue.

Respiro mais aliviado ajudando ele a se virar de lado enquanto ele tosse quase um litro de sangue.

Olho pra trás vendo os mano roubando as coisas tudinho, mas logo volto meu olhar pro Sinistro que tava fechando os olhos.

Serpente: Bora viado, ainda tem muito pra viver, e uma filha pra cuidar- ele abre um pouco os olhos olhando pra frente- ajuda aqui ó caralho, leva ele pro carro- falo pra dois vapores que se aproximam- leva pro carro e já mete o pé logo.

Observo ele pegarem e levanto respirando fundo sentindo o cheiro ruim daqui.

Saio pra fora com os outros vapores e subo na moto metendo o pé também logo atrás do carro.

~Yasmin on~

Me jogo na cama cansada pra caralho e logo sinto meu estômago roncar, considerando que eu não comi nada até agora.

Olho pra Mirela que finalmente tinha dormido e me levanto indo pro banheiro.

Tomo meu banho tranquila e pego só uma blusa do Sinistro e uma calcinha minha vestindo.

Confiro meu celular se não tem nada e vou até a cozinha procurando alguma coisa pra esquentar.

Coloco uma pizza congelada no forno e faço um suco já que não tem refri gelado.

Escuto a porta se abrir e me viro assustada indo pra sala.

Me assusto mais ainda vendo o Serpente jogar o Sinistro no sofá todo machucado.

Yasmin: Que merda- me aproximo olhando pro Sinistro que quase não aguentava ficar com os olhos abertos.

Ele parecia procurar minha voz, mesmo fraco.

Serpente: Preciso que você cuide dele- solto uma risada nervosa e faço o que eu tava com vontade desde que eu saí do hospital hoje, dou um soco nele que vira o rosto com o impacto- tá maluca?- pergunta alto passando a mão na onde eu dei um murro.

Yasmin: Isso é estranho- olho pra minha mão, mas logo volto a realidade- você que tá maluco, primeiro acha que eu sou sei lá o que, e agora acha que eu sou médica?- pergunto indignada.

Serpente: Era só pra você colocar ordem naqueles cuzão porra, eu já tô aqui não tô? Nem era tão difícil assim- cruzo os braços sorrindo debochada pra ele- e agora temos uma coisa maior- fala apontando pro Sinistro.

Yasmin: Coloca maior nisso- olho pro Sinistro que tinha fechado os olhos e me aproximo- Sinistro- chamo baixo me abaixando ao lado dele no sofá.

Ele abre os olhos com a respiração lenta e vira a cabeça um pouco pro lado me olhando.

Seguro na mão dele sorrindo fraco pra ele que pisca várias vezes pra não fechar os olhos.

Yasmin: Pega as coisas pra cuidar disso, sei lá- o Serpente assente saindo de casa rápido.

Sinto ele dá um aperto fraco na minha mão e olho pra ele de novo que me olhava sem desviar o olhar.

Yasmin: Vai ficar tudo bem- falo baixo pra ele- a Mirela vai ficar doidinha quando ver você- solto uma risada e desvio o olhar dos olhos dele olhando pro corpo dele.

Olho pra sua blusa toda manchada de sangue e logo percebo que o sofá também tá vermelho de tanto sangue.

Engulo em seco voltando a olhar pro seus olhos preocupada com a quantidade de sangue que ele tá perdendo.

Coloco minha mão no seu rosto passando o polegar na sua bochecha sentindo sua pele quente.

Ele faz uma pequena careta quando meu dedo passa por cima do corte em sua bochecha.

A porta se abre e o Serpente entra com uma sacola e logo uma mulher passa atrás dele.

Serpente: Acabei de lembrar que tem uma médica aqui no morro. Sortuda você Yasmin- reviro os olhos pra ele e volto meu olhar pro Sinistro.

Yasmin: Agora sim vai ficar tudo bem- dou risada tirando minha mão da bochecha dele e quando vou pra me afastar ele segura minha mão mais forte- tudo bem, vou ficar aqui do seu lado- me sento de novo olhando pra ele fecha os olhos mas logo abre.

- Vou aplicar uma anestesia que o Serpente roubou- fala fazendo cara feia pro Serpente que retribuí.

Encosto minha cabeça no braço do sofá cansada e com fome, e isso me faz lembrar da minha pizza.

Yasmin: Serpente- ele me olha- vai olhar minha pizza lá- ele sorri de lado indo pra cozinha sem falar nada- é minha viu? Traz pra mim- falo alto e olho pra médica que já estava pra aplicar a anestesia.

Olho pro Sinistro que tinha fechado os olhos e levo minha outra mão pro seu cabelo fazendo um leve carinho.

Ele abre os olhos me olhando e solta um suspiro fraco voltando a fechar os olhos enquanto eu apenas fico ao seu lado repetindo mentalmente que tudo vai ficar bem.

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