~Sinistro on~
Olho pra ela que conversa com a outra de longe.
Serpente: Pô cara, presta atenção aqui mano- olho pra ele- se a Emily ver isso ela surta pô- nego.
Sinistro: Vou pegar meu rumo, tu já falou pro linguiça que não é pra sequestrar o playba e a mina?- ele assente e eu faço um toque com ele- libera todo mundo aí- ele assente.
Olho pra ela uma última vez, e ela retribuí o olhar, mas logo desvia.
Vou até minha moto subindo nela e indo pra goma dos meus coroas.
Augusto: Oi garoto- sorrio me sentando ao lado dele e abraço ele de lado- já tava sentindo saudades, quase nem vem aqui.
Sinistro: Tô ligado, tô mó ocupado pô, mas tô tentando, cadê a coroa?
Augusto: Tá dormindo, almoçou e já foi logo deitar- dou risada e me levanto.
Sinistro: Eu só dei uma passada rápida aqui, vou ver se consigo vir passar a tarde aqui amanhã- tiro o boné colocando de novo- se cuida coroa- faço um toque com ele que ri.
Fecho a cara saindo e subo na moto.
Respiro fundo já esperando o surto da Emily.
Estaciono a moto de qualquer jeito e entro na goma vendo ela sentada no sofá de cara fechada enquanto arruma a unha.
Emily: Aonde você tava?- ignoro passando pro meu quarto e escuto seus passos atrás de mim- deve que tava com alguma vagabunda né?- continuo ignorando e entro no meu quarto- eu estou grávida de um filho seu- ela fala alto.
Sinistro: Abaixa o tom que ninguém tá gritando aqui não- falo baixo me virando pra ela- eu só te assumi por talvez estar carregando meu herdeiro, te devo nada não, e foi porque tu insistiu, já que eu ia apenas patrocinar- ela me olha com cara de choro- agora sai do meu quarto- aponto e ela nega- eu não vou repetir.
Me viro pegando minha toalha e escuto a porta se bater com força.
Tranco e entro na banheiro deixando a porta aberta mermo.
Tomo um banho tirando o suor e saio vestindo um cueca e uma bermuda.
Me deito na cama ligando o ar e pego o celular vendo várias mensagens.
Ignoro e ligo a TV vendo passar no jornal sobre o assalto que nos fez antes de ontem.
O bagulho foi sinistro, quase perdemos um monte de parceiro.
A polícia cercou um, mas conseguimos ajudar né pô?!
Conseguimos roubar e ajudar os nossos parceiros, saímos sem machucar ninguém mermo.
Não é porque nós ia roubar que tinha que machucar inocente também né caraí?
Mó mancada.
Teve tiroteio com os viados lá, mas foi apenas durante a fuga mermo, então foi de boa.
Ninguém sabe minha identidade não, tá ligado?
É todo mundo de máscara, só descobre quem é mermo se for preso, ou se for morto.
Mas esse é um bagulho que eu faço de tudo pra evitar.
Me sinto meio culpado quando vou dar notícias pra família, é foda pra caralho.
Mas o pior mermo é quando invade.
Eles não ligam se são inocentes ali não, só saiem atirando.
É foda ver inocentes mortos pô, pior coisa namoral.
Tento ajudar ao máximo a comunidade, mas aí vem esses cuzão e mata quem tiver na frente.
Por que ao invés deles estarem aqui matando inocente eles não estão ajudando?
Fico puto com uma parada dessa.
~:~
Emily: Vou no banheiro- fala se levantando.
Olho ao redor vendo que tá bem movimentado.
Neguin: Aí chefe- chega fazendo toque comigo- vou poder trabalhar amanhã não, pô eu faltei vários dias lá no colégio, queria correr atrás, o senhor não se importa não né?
Sinistro: Tranquilo pô, corre atrás do teu futuro mermo, precisa trabalhar nem amanhã e nem depois.
Neguin: Pô, valeu chefe- ele faz outro toque se afastando.
Olho na direção da entrada vendo a Yasmin entrando com a outra lá.
Tava com mó carão de choro, tendi foi nada.
Serpente: Aquela mina é uma deusa- fala olhando pra amiga da Yasmin enquanto dá um gole na bebida dele.
Nego com a cabeça olhando elas que olham ao redor.
A Yasmin para seu olhar em mim e fala algum bagulho pra outra que assente se afastando dela.
Ela vem andando na minha direção e se senta ao meu lado.
Yasmin: A gente precisa conversar, mas não aqui- fala baixo e soluça.
Sinistro: Bora ali fora pô- me levanto e jogo o meu copo já vazio na lixeira.
Olho pra ela que se levanta também e vem atrás de mim de cabeça baixa.
Vou andando até um beco que só tem uns drogados, que amanhã vai nem lembrar o que aconteceu.
Sinistro: Manda o papo- cruzo os braços vendo que ela começa a chorar de novo.
Yasmin: Eu tô grávida- ela fala baixo olhando pro chão.
Sinistro: E o que eu tenho haver com isso aí?- ela levanta o olhar olhando nos meus olhos.
Yasmin: Eu tô grávida de você, eu tô de um mês e duas semanas mais ou menos- ela suspira- eu transei com o Ryan duas semanas depois, se fosse dele eu taria apenas de um mês, e a gente não transou antes, fazia tempo na verdade que não transavamos- fala chorando mais.
Sinistro: Quer abortar?- ela nega rápido.
Yasmin: Não, eu não vou tirar a vida desse feto, eu não teria coragem- ela soluça e levanta o olhar- eu só queria avisar mesmo, não precisa assumir, é só pra depois não vim falar que eu não falei e tals- ela limpa as lágrimas e pega um papel no bolso do short- tá aí o exame de sangue, se ainda duvidar de mim- ela se vira saindo do beco.
Acendo a lanterna do celular e leio vendo que tudo que ela falou era verdade mermo.
Saio do beco voltando pra festa e procuro ela pelo o olhar, mas não acho.
Serpente: Se tiver procurando a mina, ela já foi, entrou aqui chorando pra caralho e foi embora junto com a Isadora- apenas assinto me sentando na minha cadeira.
Sinistro: Consegue o número dela pra mim, pede o Peixe ou o Neguin se tu não tiver da amiga dela lá- ele assente.
Serpente: Pra agora?- assinto e ele pega o celular.
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Apenas uma noite
Fanfiction"Aconteceu, e o que era pra ser apenas uma noite, hoje faz parte do meu dia a dia"- Yasmin e Renan