Apenas uma noite

Capítulo 55

~Sinistro on~

Acordo no susto sentando rápido na cama sentindo uma dor fodida de cabeça.

Olho pro lado vendo o Serpente de cara fechada me olhando, postura toda rígida.

Engulo em seco passando a mão na nuca olhando ao redor vendo o lança jogado no chão e branquinha espalhada pra todo canto.

Serpente: Eu falei pra você não se drogar- fala alto e eu volto meu olhar pra ele que tava com a bochecha roxa.

Sinistro: Não grita porra- falo calmo apoiando na parede me levantando fraco.

Serpente: Yasmin quase morreu caralho- olho pra ele na hora- injetaram algum bagulho no soro dela, teve sei lá quantas paradas cardíaca. Ela tá em estado grave- encosto minha cabeça na parede olhando pra frente com a respiração acelerada- descobriram dela lá- olho pra ele que olha pro chão.

Sinistro: E a Mirela?- ele olha nos meus olhos respirando fundo.

Serpente: Sumiu- fala baixo e eu me afasto rápido da parede.

Sinistro: Tá de brincadeira com a minha cara- dou uma risada nervosa nem ligando pra dor de cabeça no momento.

Serpente: Se você não tivesse se entupido de droga, teríamos uma chance de resgatar ela ainda, mas não, tinha que usar sabendo que a situação ainda tá mó complicada.

Ando pra fora ignorando por um momento ele, mesmo sentindo que no fundo ele tá certo.

Eu só precisava sair um pouco dessa situação, e agora ela só piorou.

Pego a chave da minha moto que eu achei jogada no chão enquanto andava pra fora da boca.

Ajeito o boné na cabeça só me dando conta dele agora.

Saio rápido subindo na minha moto toda largada na rua já ligando ela.

Dirijo até o hospital nem ligando muito pro risco agora, só preciso saber que a Yasmin vai aguentar enquanto eu vou até o inferno pra buscar nossa filha.

Entro no hospital indo pro quarto dela escutando alguma médica falar algum bagulho, nem dou muita moral.

Abro a porta vendo um médico com a Yasmin que tava toda pálida. Me aproximo ignorando o médico e pego na mão dela olhando bem pra ela.

O médico sai depois de falar alguma coisa que eu não dou moral também.

Apenas dou um beijo na testa dela sentindo uma vontade fodida de chorar.

Respiro fundo ficando calado olhando pra ela que respira com ajuda de aparelhos.

Passo a mão na nuca me virando e saindo do quarto passando a mão no rosto.

Subo na minha moto não sabendo nem pra onde ir ou o que fazer. Eu tava fodido após tirarem a minha base de mim.

E então eu liguei a moto indo pro lugar que eu sabia que poderiam tá com ela. Eu tava disposto dá a minha vida pela da minha filha se fosse preciso.